Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

quinta-feira, 18 de junho de 2020

1963 - 3ª. Divisão Nacional - Zona C - 6ª. Série.


# 1ª. JORNADA: CALDAS, 5 - OLIVAIS, 1 (17 de Março de 1963).

Na Crónica do jogo, o Jornal "Gazeta das Caldas", titulava, na sua edição de 19 de Março de 1963: "Só no 2º. tempo os Caldenses construíram uma merecida vitória".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Fernando Simões, de Santarém,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Ulisses; Ramiro, Evaristo e Ramos; Catita, Rui, Janita, Lenine e Anacleto. Treinador: Ramón Ibañez (Espanha).

CENTRO CULTURA E DESPORTIVO OLIVAIS SUL: Longle; Álvaro, Gama e Severino; Traquina e Américo; Rui, Firmino, Rebelo, Orlando e Natividade. Treinador: ?

Marcadores: REBELO (15 m); CATITA (59 m); JANITA (61 e 83 m); LENINE (76 m); ANACLETO (80 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): Bem porfiaram os caldenses nos primeiros 45 minutos por tentos, mas o seu ataque, mal secundado pelos médios, não obtiveram nenhuns, embora não lhes tivessem faltado (…) [Na segunda parte] CATITA obteve um golo, o primeiro da sua equipa, aquele que tornou possível o estado de espirito sempre necessário para a realização de uma boa contenda e resultado airoso (…) os últimos quinze minutos terão sido, contudo, os mais brilhantes tecnicamente no que diz respeito ao sector atacante e intermediário, agora plenos de confiança e a tentar rectificar, a todo o transe a desoladora impressão daquele mau e longo primeiro tempo".


# 2ª. JORNADA: SINTRENSE, 1 - CALDAS, 0 (24 de Março de 1963).

Na Crónica do Jornal "Gazeta das Caldas", publicada na edição de 26 de Março de 1993, titulava-se: "Falha de iniciativa por parte dos visitantes".

Campo Manuel Soares Barreto, em Sintra,

Árbitro: Manuel Ferreira Júnior, de Setúbal,

SPORT UNIÃO SINTRENSE: Rui; Pardal, Trindade e Faria; Franco e Vitor, Espirito Santo, Mário Pereira, Pechilga, Sérgio e Barros. Treinador: ?.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Ulisses; Ramos, Evaristo e Rui; Catita, Janita, José Nascimento, Garnacho e Lenine. Treinador: Ramón Ibañez.

Marcador: SÉRGIO (13 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "O jogo revestia-se da maior expectativa e a melhor prova estava patenteada na presença de numerosa assistência, que ocorreu ao campo desejosa de presenciar uma boa contenda (…) [Após o golo, aos 13 minutos] a equipa caldense deu mostras de apatia, quase que desinteressada do resultado da pugna, falha de iniciativa (…) vivendo a equipa dos esforços isolados de um ou outro elemento, com especial predominância para GARNACHO (…) Resultado: o que está à vista, nem um tento obtido, nem mesmo qualquer jogada com possibilidade para isso. Ainda houve um potente remate de Rui à trave, mas a oportunidade gorou-se por lentidão dos dianteiros caldenses que não forão lestos na recarga, do remate do seu médio. Aguardava-se a todo o instante o golo do empate, bem batalhou GARNACHO, mas tal não apareceu, devido à péssima toada táctica adoptada".


# 3ª. JORNADA: LOURES, 4 - CALDAS, 0 (31 de Março de 1963).

Na Crónica do Jornal "Gazeta das Caldas", titulava-se, na sua edição de 02 de Abril de 1963, que: "A Actuação foi de mais para uma equipa com pretensões".

Campo da Areeira, em Loures,

Árbitro: J. Freitas Maia, de Santarém,

GRUPO SPORTIVO DE LOURES: Cachopo; Walter, Quintela e Gonçalves; Soares e Malhão; Balico, Cruz, Lopes, Carvalho e Domingos. Treinador: ?.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Ulisses; Ramos, Evaristo e Rui; Janita, Garnacho, Jorge, Lenine e Anacleto. Treinador: Ramón Ibañez.

Marcadores: CRUZ (15 m); LOPES (17, 59 e 63 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "(...) triunfou o Loures, muito naturalmente e com grande justiça. Os números é que serão demasiado ou, por outra, a vantagem é que foi, quanto a nós exagerada. Os locais fizeram jus aos quatro tentos que obtiveram, mas apesar de tudo o Caldas merecia, sem favor, amenizar o resultado (...) [Mas faltou] aos visitantes rematadores à altura (...) [e] manobra de jogo (...) Em conclusão: péssima actuação, sendo mesmo de esquecer (...)".


# 4ª. JORNADA: CALDAS, 4 - VITÓRIA DE LISBOA, 1 (07 de Abril de 1963).

Na Crónica da "Gazeta das Caldas", referente à edição do dia de 09 de Abril de 1963, titulava-se que: "A Pujança de RAMOS, no ataque, deu à equipa local um triunfo justo".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: João Luís Carvalho, de Santarém,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Anacleto; Ulisses, Evaristo e Rui; Tino (expulso na 2ª. parte), Ramos, Janita, Domingos e Lenine. Treinador: Ramón Ibañez.

VITÓRIA CLUBE DE LISBOA: Cunha; J. Jesus e Roque; Chitas, Pinho e M. Jerónimo; Garcia, C. Mendes, Aníbal, J. Manuel e Fernando. Treinador: ?.

Marcadores: RAMOS (31, 48 e 58 m); RITA (88 m, de grande penalidade, devido a carga sobre Ramos que depois de fintar dois defensores visitantes, foi derrubado dentro da grande área); GARCIA (60 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "(…) Detentor de uma melhor organização colectiva, mercê do seu espirito de entreajuda, que nas deslocações parece arredado, os locais, porém souberam impor a sua superioridade, chamando a si o comando do jogo, conseguindo, também, pelos 31 minutos, colocar-se em vantagem no marcador, na conclusão de uma excelente jogada de RAMOS, que patenteou toda a gama da sua pujança física, não só pela obtenção deste tento, como por outras jogadas e, ainda, pelo poder que imprimiu ao quinteto dianteiro (…) Entretanto, a primeira parte concluiu-se, com os locais a vencer pela diferença mínima, embora a sua supremacia territorial e vamos lá técnica (…) justificasse maior vantagem, que, no entanto, viriam a obter ao cabo dos primeiros minutos do reinício (…) [Melhor do Caldas] RAMOS teve uma actuação notável, na linha das melhores exibições que tem realizado na equipa. Pujança atlética, empenho, batendo-se e correndo a todos os lugares".


# 5ª. JORNADA: NAZARENOS, 2 - CALDAS, 0 (20 de Abril de 1963).

Na Crónica do encontro, o Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 23 de Abril de 1963, titulava que tinha sido: "Desastrada Actuação dos Caldenses".

Campo da Comissão Municipal de Turismo, na Nazaré,

Árbitro: Mendonça da Rocha, de Lisboa,

GRUPO DESPORTIVO "OS NAZARENOS": Caixa; Paula Marques, José Nhau e Vitor; Barros e Pimpão; Pelé, José Adelino, António Pedro, Óscar e Lica. Treinador-Jogador: António Pedro.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Anacleto; Rui, Evaristo e Jorge; Janita, Domingos, Ulisses, Ramos e Lenine. Treinador: Ramón Ibañez.

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "O Caldas, mais uma vez, numa viagem mostrou que vive realmente um mau momento. A sua exibição inferior foi eivada de falhas e apenas no início de cada metade do desafio mostrou certa calma a qual não tardava a empalidecer e a extinguir-se como a luz de uma pequena vela (...) Enfim o Caldas fez uma má exibição muito por culpa do adversário e alguma coisa por nível modesto do trabalho de alguns jogadores influentes na equipa (...) os Caldenses podiam e deviam fazer mais (...) [Assim, o Caldas ficou] arredado de passar à fase seguinte [da competição]".


# 6ª. JORNADA: OLIVAIS, 0 - CALDAS, 1 (28 de Abril de 1963).

Na Crónica do Jogo, o Jornal local "Gazeta das Caldas", na sua edição do dia 30 de Abril de 1963, titulava que: "O Forte apego à luta foi o lema dos Caldenses".

Campo do Olivais, em Moscavide (Lisboa),

CENTRO CULTURA E DESPORTIVO OLIVAIS SUL; Longle; Natividade, Gama e Severino; Traquino e Américo; Firmino, Capote, Rebelo, Santos e Rui. Treinador: ?.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, Evaristo e Ulisses, José Nascimento e Rui; Domingos, Anacleto, Mário, Ramos e Lenine. Treinador-Jogador: Anacleto (em consequência do despedimento do treinador espanhol, Ramón Ibañez).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "Parece que a célebre «chicotada psicológica» deu os melhores frutos na equipa caldense que veio a obter a sua primeira vitória fora, nesta competição (...) Isto evidencia claramente que o mal não era só dos jogadores mas de orientação, o que aliás há muito vinhamos dizendo. O resultado embora magro não reflecte bem o dominio exercido pela turma caldense que poderia ter colocado o marcador com maior diferença (...) Ao fim ao cabo o vencedor está certo".


# 7ª. JORNADA: CALDAS, 0 - SINTRENSE, 1 (05 de Maio de 1963).

Na Crónica do Jornal "Gazeta das Caldas", publicada no dia 07 de Maio de 1963, titulava-se que: "Sem Avançados concretizadores não é possível ganhar".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Sebastião Pássaro, de Setúbal,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Anacleto; Ramos, Evaristo e Rui; Domingos, Janita, José Nascimento, Lenine e Tito. Treinador-Jogador: Anacleto.

SPORT UNIÃO SINTRENSE: Rui; Pardal, Fernandes e Barros; Franco e Vitor; Mário Pereira, Furtado, Pechilga, Calado e Pessegueiro. Treinador: ?.

Marcador: MÁRIO PEREIRA (50 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "A primeira ilação que se pode tirar deste disputadissimo encontro é a de que a equipa local perdeu mais um jogo que bem podia ter vencido ou, pelo menos, empatado. E porque sucedeu, uma vez mais, assim?. Apenas porque o Caldas não tem rematadores e ainda porque os defensores caldenses não foram suficientemente expeditos no lance que originou o golo (...) [num] erro de ROGÉRIO e depois de RITA por na marcação de um canto ter deixado o esférico cruzar da esquerda para a direita toda a área da sua baliza, sem que tivesse conseguido a intercepção, antes de Mário Pereira rematar vitoriosamente. Todavia, quem bem podia e merecia ter chegado, no final, com o resultado a seu favor, era sem sombra de dúvida a equipa local, pois foi quem beneficiou (e desperdiçou) maior número de ocasiões de fazer funcionar o marcador JANITA por duas vezes e DOMINGOS por outra, que o digam (...) sendo mesmo a melhor exibição que realizaram esta época".


# 8ª. JORNADA: CALDAS, 2 - LOURES, 1 (13 de Maio de 1963).

Na Crónica do jornal "Gazeta das Caldas", publicada na sua edição de 15 de Maio de 1963, titulava-se: "Futebol aos repelões e sem finalidade prática, foi o que se viu nesta partida".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Galinha Nunes, de Santarém,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Anacleto; Ulisses, Evaristo e Rui; Janita, Domingos, Jorge, Duarte e Lenine. Treinador-Jogador: Anacleto.

GRUPO SPORTIVO DE LOURES: Cachopo; Walter, Quintela e Gonçalves; Soares e Malhão; Jorge, Balico, Lopes, Carriço e Cruz. Treinador: ?.

Marcadores: JORGE, do Caldas, (12 e 53 m); JORGE, do visitante (50 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "A costumada inoperância dos dianteiros do Caldas constitui, já o dissemos, o verdadeiro «calcanhar de Aquiles» dum conjunto que tinha obrigação de praticar futebol bonito para propiciar ao menos bom espectáculo, já não falando em bons resultados. A turma local, não sendo constituída por amadores puros - nesta série, são até os únicos que têm remunerações mensais e ainda prémios - exibe-se, no entanto, como se de facto os seus elementos jogassem futebol... «por desporto» (...) pois parecem satisfazer-se com o pontapear o esférico, mais alto ou mais comprido, conforme a disposição momentânea ou ainda posicional e, passeando, enfim por todo o campo um jogo que não se usa - pelo menos num torneio oficial de certa importância e ainda porque aqueles adversários tinham vencido os caldenses na primeira volta pelo escandaloso resultado de 4-0 (...) e nunca treinou quatro vezes, semanalmente como os caldenses (...) os locais que logo de início tiveram possibilidades de se «vingar» dos 4-0, amoleceram, alguns até se desinteressaram e ganharam dificilmente por 2-1".


#9ª. JORNADA: VITÓRIA DE LISBOA, 2 - CALDAS, 1 (19 de Maio de 1963).

Na Crónica do jornal "Gazeta das Caldas", publicada no dia 21 de Maio de 1963, titulava-se: "Os Erros da Defesa e um Penalty não transformado por LENINE, comprometeram os caldenses".

Campo do Vitória Clube, em Lisboa,

Árbitro: ?,

VITÓRIA CLUBE DE LISBOA: Cunha; J. Jesus e Gonçalves; Mendes, Jerónimo e Acácio; Garcia, Aníbal, Colorado, Mourão e Roque. Treinador: ?.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita (Ribas); Rogério e Anacleto; Ramos, Evaristo e Ulisses; Janita, Domingos, Mário, Jorge e Lenine. Treinador: Amaro da Silva (antigo jogador do clube e em substituição do seu, também, antigo colega, Anacleto. Continuará a exercer as funções de treinador, durante a Época de 1963/1964).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "Seria de esperar que o onze caldense, agora orientado por AMARO, conseguisse tornear as dificuldades que de antemão se sabia iriam deparar no difícil campo do Vitória, mas isso não veio a acontecer mais pela pouca sorte e erros no sector defensivo do que valia do antagonista. De facto os visitantes que estiveram a vencer por 1-0 cerca de 75 minutos de jogo vieram a sucumbir nos restantes minutos finais, contrariando os vaticínios gerais. Até LENINE no 1º. tempo, desperdiçou uma grande penalidade que a ser transformada poderia ter dado ao encontro uma fisionomia bastante diferente do que a partida tomou depois".


# 10ª. JORNADA: CALDAS, 2 - NAZARENOS, 0 (26 de Maio de 1963).

Na Crónica da "Gazeta das Caldas", publicada na edição de 28 de Maio de 1963, titulava-se: "Espírito de Luta foi a grande arma dos Caldenses".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Diamantino Vidal, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério e Anacleto; Ramos, Evaristo e Ulisses; Janita, Mário, Jorge, Rui e Domingos. Treinador: Amaro da Silva.

GRUPO DESPORTIVO "OS NAZARENOS": Caixa; Paula Marques, Gentil e Vitor; Custódio e António Pedro, Lica, José Adelino, Pé Leve, Óscar e Melro. Treinador-Jogador: António Pedro.

Marcadores: ANACLETO (6 m); DOMINGOS (48 m).

CRÓNICA DO JOGO ("Gazeta das Caldas"): "O Caldas ganhou merecidamente, pois foi, das duas equipas a que mais porfiou no sentido do ataque e no remate à baliza (...) Exibindo um futebol verdadeiramente primitivo, mesmo assim, o Caldas conseguiu impôr-se com frequência, dominar e colocar a defesa contrária em constante sobressalto. Isto no entanto, ficou mais a dever-se ao espírito de luta e entreajuda do sector dianteiro caldense, do que outra coisa (...) [Anacleto] ainda conseguiu ser o melhor em campo e o mais rematador, obtendo até um espectacular golo".


O CALDAS acabou por ficar em 3.º LUGAR (em 10 jogos, 5 Vitórias e 5 Derrotas, marcando 15 golos e sofrendo 13, perfazendo, assim, 10 PONTOS), nesta ZONA C, 6ª. SÉRIE, com os mesmos pontos de "OS NAZARENOS" (que tiveram melhor "goal-average" - 20 golos marcados e 15 sofridos), ficando assim pelo caminho. Continuou em prova o SINTRENSE que ganhou este grupo, com 16 PONTOS obtidos.