Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

quinta-feira, 24 de março de 2022

E na Época 1953/1954 o CALDAS continuou na 2.ª Divisão Nacional...

 # CALDAS SPORT CLUBE, 0 - ALMADA ATLÉTICO CLUBE, 1 (06 de Setembro de 1953) - (JOGO PARTICULAR).

Na sua edição de 13 de Setembro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS", titulava que: No primeiro encontro da época os CALDENSES fizeram exibição bastante discreta, principalmente na primeira parte. E continuando a sua análise a este encontro de carácter amigável, o mesmo Jornal comentou da seguinte forma:

CAMPO DA MATA, ÀS 17 HORAS,

ÁRBITRO: EVARISTO SILVA,

CALDAS: VÍTOR; VASCO e AMARO (ex: GRUPO UNIÃO SPORT DE MONTEMOR-O-NOVO); ANTÓNIO PEDRO, GUILHERME WILSON e FONSECA (ex: CASA PIA ATLÉTICO CLUBE); BARNABÉ MORROS, MARTI (espanhol, ex: ALICANTE CLUB DE FÚTBOL), ANACLETO, TABORDA (ex: GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE) e ORLANDO. TREINADOR: LOZANO.

ALMADA: OCTAVIANO; GILBERTO e LEONEL; ESPIRITO SANTO, JOSÉ AUGUSTO e TEIXEIRA; VIEGAS, MOISÉS, ALMEIDA, RIBEIRO e FADIÉ.

(...) A equipa CALDENSE sobretudo no primeiro tempo, actuou sem homogeneidade, mais nitidamente sempre que a bola se encontrava em poder da linha avançada do que resultou a incapacidade verificada para transformar em tentos uma ou outra jogada certa e bem delineada, ou acção pessoal dum ou outro elemento que conseguia levar o esférico até à possibilidade de golo. Tudo isto, para um observador atento reflecte, acima de tudo, o pouco contacto  que os jogadores tem tido com a bola, e por consequencia o quase nenhum conhecimento que há entre si, e pouco mais do que isso. Três dos lugares básicos da equipa, isto é, do quadrado mágico, eram ocupados por elementos novos - FONSECA, MARTI e TABORDA e daí a falta de conjunto revelada (...) No fim do primeiro tempo os jogadores que fixamos como mais notados pelo valor do seu trabalho foram no CALDAS, WILSON a contas com um n.º 9 dificílimo [ALMEIDA] e sempre calmo e certo quando de posse de bola a entregar em condições jogáveis; ANTÓNIO PEDRO, como sempre o eixo e cérebro da equipa e MARTI, que deu sempre batalha e concebeu alguns lances que a falta de conjunto não conseguiu finalizar (...) No segundo tempo a equipa CALDENSE sofreu uma profunda alteração, pois apenas o trio defensivo se manteve como inicialmente. Na balisa LOURO; na linha média, ANTÓNIO PEDRO à esquerda e ALEIXO à direita; na frente pela direita, NECA (ex: BOAVISTA FUTEBOL CLUBE), ORLANDO, MARTI, TELES e BARNABÉ. Esta formação melhorou um tanto o nível de futebol desenvolvido até aí (...) De qualquer modo a melhoria no geral foi notória e os CALDENSES passaram a disfrutar de um insistente domínio que justificava sem favor a modificação no resultado. Isso afinal não aconteceu, umas vezes por infelicidade e outras pela mesma falta de preparação já apontada (...) Um apontamento interessante: todos os jogadores que permaneceram em jogo os noventa minutos revelaram, além de outras qualidades, boa condição física. Referimo-nos evidentemente a VASCO, AMARO, ANTÓNIO PEDRO, WILSON, MARTI e ORLANDO.


# CALDAS SPORT CLUBE, 4 - ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA, 1 (10 de Setembro de 1953) - (JOGO PARTICULAR).

Este encontro só foi divulgado pelo Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 22 de Setembro de 1953. Assim:

Em primeiro lugar o desafio decorreu [na NAZARÉ] de maneira mais inesperada possível (...) O CALDAS com a exibição feita no domingo anterior [dia 10] frente ao ALMADA não era credor da mínima parcela de favoritismo, e se essa fraca exibição não fosse bastante para o justificar, havia pelo lado da ACADÉMICA as boas referências da crítica a propósito do empate conquistado no ESTÁDIO DAS ANTAS [perante o F.C. PORTO] (...) Os ACADÉMICOS convencidos da sua superioridade de equipa com mais bagagem técnica, iniciaram uma partida com toda a calma, sem pensar em afogadilhos, certos de que uma toada desse geito, isto é, de lances pensados de preferência a improvisos inesperados, havia de chegar ao tempo dos 90 minutos com um resultado que exprimisse bem a diferença de categoria. Os jogadores CALDENSES, porém, não se deixaram influenciar por nenhuma das razões que prognosticavam em seu desfavor, antes preferiram lembrar-se que esse mesmo adversário já havia sofrido um revés um ano atrás [ver "O CALDAS obtêm RESULTADO HISTÓRICO perante a ACADÉMICA DE COIMBRA...em 15 de Maio de 1952"], e portanto não tinham razão para de antemão se considerassem vencidos. Deste modo, decididos e briosos começara desde logo por se mostrar superiores em decisão e em rapidez sobre a bola, ganhando por via disso a maior parte dos lances de disputa. A feliz iniciativa de SARRAZOLA aos 8 minutos, abrindo o activo, transmitiu depois ao team  necessária consciência do valor para que os estudantes não mais pudessem modificar o rumo das coisas. Daí para deante, embora os capas negras exercessem por vezes domínio territorial, a superioridade dos CALDENSES esteve sempre patente, exactamente pela sua maior desenvoltura no ataque e melhor união de todos os seus sectores. Para finalizar diremos que se assistiu a um excelente encontro e que a equipa caldense se exibiu de modo que não esquecerá tão cedo. Ainda para arquivar, o CALDAS alinhou com: LOZANO; VASCO e AMARO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA (ex: GRUPO UNIÃO SPORT DE MONTEMOR-O-NOVO) e ANTÓNIO PEDRO, BARNABÉ MORROS, MARTI, ANACLETO, TABORDA e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO. Na segunda parte LOURO substituiu LOZANO (...) e TABORDA saiu para dar entrada ao júnior ZECA que ocupou a extrema direita passando ORLANDO a interior.


# SPORT CLUBE UNIÃO TORREENSE, 0 - CALDAS SPORT CLUBE, 1 (13 de Setembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 22 de Setembro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS", titulava, este chamado «Derby do Oeste, curiosamente referente à 1.ª Jornada da 2.ª Divisão, da seguinte forma: Vitória difícil, mas conquistada com todo o mérito, que pôs os CALDENSES desde já em plano de evidência. E continuando a sua análise...

À entrada do CAMPO DAS COVAS e à vista do rectângulo do jogo ficou-nos logo uma impressão agradável, que cumula na excelente bancada com que o mesmo foi dotado. Soubemos depois que as cabines dos jogadores e árbitros estão apetrechados com chuveiros de água quente e fria e isso veio aumentar a nossa admiração por essa simpática agremiação de TORRES VEDRAS e pelo esforço e sacrifício dos seus dirigentes no desejo de tornar o limitado espaço de que dispõe, num pequeno estádio acolhedor e airoso para o público, e a merecer os elogios dos atletas visitantes pelo bom piso do terreno e comodidades com que se veem recebidos. Assistência em número apreciável, porém não excepcional, ajunta-se para assistir ao prélio mais importante desta 1.ª jornada do Campeonato Nacional da II Divisão. Nas bancadas, aqui e além, notam-se pequenos aglomerados seguidores do CALDAS, o mesmo sucedendo no peão, prém um número limitado em virtude da falta de transportes. O ÁRBITRO, ANTÓNIO RODRIGUES DOS SANTOS fez soar a primeira apitadela, e os grupos entram no terreno alinhando como segue:

TORREENSE: GAMA (ex: ATLÉTICO CLUBE DE PORTUGAL); MERGULHO e ANTÓNIO AUGUSTO; JOSÉ DA COSTA, AMILCAR e GONÇALVES; TERREIRO, CARAMELO, SIDÓNIO, MARTINHO e HILÁRIO (ex: PORTIMONENSE SPORTING CLUBE).

CALDAS: LOZANO; VASCO e AMARO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e ANTÓNIO PEDRO; BARNABÉ MORROS, MARTI, ANACLETO, EDERLINDO e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Começa o encontro e desde logo se verifica pela colocação dos jogadores CALDENSES no terreno, os cuidados com que a partida foi encarada. Não sabemos se foi essa a ordem, mas vê-se WILSON recuado, numa posição quase a par dos defesas laterais e SARRAZOLA isolado no espaço entre a balisa e esse terno defensivo, a dar a ideia dum «ferrolho» pré estabelecido. Entretanto os CALDENSES passaram ao meio campo adversário, e sempre que o faziam verificava-se em contraste com a defesa visitante um certo pânico no mesmo sector dos torreenses (...) Até que aos 10 minutos uma excelente abertura de BARNABÉ a ORLANDO permitiu a este, fazendo valer o seu perfeito domínio do esférico, marcar o tento que havia de tornar os CALDENSES em vitoriosos [neste jogo].


# CALDAS SPORT CLUBE, 3 - CLUBE DE FUTEBOL «OS MARIALVAS», 1 (20 de Setembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Igualmente na edição de 22 de Setembro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" titulava que: OS CALDENSES dominando intensamente durante todo o encontro não conseguiram mais que dois tentos de vantagem. E continuavam a análise deste encontro da seguinte maneira:

Sob a ARBITRAGEM de LUÍS MAGALHÃES, os grupos alinharam:

CALDAS: LOZANO; VASCO e AMARO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e ANTÓNIO PEDRO, BARNABÉ MORROS, MARTI, ANACLETO, JANEIRO e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

MARIALVAS: NELSON; LINEU e LÚCIO; CAVALHEIRA, REIS e JESUS; SANTOS, ZECA, CARDOSO, GARRIDO e MOISÉS.

Os tentos foram marcados, aos 52 minutos por CARDOSO, aos 58 por ORLANDO, aos 68 por JANEIRO e aos 76 por WILSON.

(...) A turma CALDENSE, a despeito de ter feito futebol ligado e incisivo não conseguiu fazer chegar a bola às malhas. Umas vezes por intercepções seguras ou felizes do guardião visitante, outras porque os atacantes não acertavam com o remate e outras ainda porque as bolas esbarravam inconcebivelmente nos prumos ou na barra da balisa, certo é que apesar da toada agradável dos CALDENSES, estes não atingiram a finalidade pretendida em futebol e para o que se procura sempre apurar ou melhorar o nível técnico, os golos. A exibição agradou neste primeiro tempo, mas o público da casa ia-se impacientando porque os dois pontos não se conseguem com bonitas jogadas nem com primores de execução. Foi preciso logo no inicio da segunda parte os MARIALVINOS marcarem um tento para que a equipa local se lançasse deliberadamente e com outra ânsia na conquista da vitória, não sem que a sorte continuasse a proteger os visitantes (...) a turma [local] ganhou maior poder de penetração e assim os golos foram surgindo. É justo desde já destacar a acção excepcional e desconcertante para os adversários do extremo-esquerdo e depois avançado centro ORLANDO. Ele não só estabeleceu o empate com um precioso golpe de cabeça, como esteve na origem dos dois restantes tentos que haviam de constituir a vitória do CALDAS.


# CLUBE DE FUTEBOL UNIÃO DE COIMBRA, 3 - CALDAS SPORT CLUBE, 0 (27 de Setembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 29 de Setembro de 1953, a "GAZETA DAS CALDAS" titulava, assim, a derrota caldense: Fraca exibição da equipa CALDENSE perante um adversário animoso, que soube tirar partido da desorientação inicial da sua defesa. Continuando a análise a este encontro, da seguinte forma: 

CAMPO DA ARREGAÇA, EM COIMBRA,

Pelo CALDAS alinharam: LOZANO; VASCO e AMARO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e ANTÓNIO PEDRO; BARNABÉ MORROS, MARTI, BISPO (ex: SPORT LISBOA E BENFICA), TABORDA e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

PELO UNIÃO: CELSO; DAVID e CANDEIAS; GOMES, CARVALHO e FRANCISCO LOPES; LUÍS LOPES, TEIXEIRA, VELHA, NARCISO e NORONHA.

ÁRBITRO: REIS SANTOS, de SANTARÉM,

MARCARAM OS TENTOS: NORONHA aos 2 minutos, LUÍS LOPES aos 28 e 74.

Uma referência que nos ia passando: a expulsão de SARRAZOLA aos 15 minutos do 2.º tempo por comportamento incorrecto.

A partida começou práticamente com o primeiro tento dos visitados, pois eram decorridos apenas dois minutos quando NORONHA interceptando um passe de WILSON a LOZANO pôde bater este sem remissão. Era de crer porém que os caldenses se não deixassem desde logo dominar, mas a sua ofensiva actuando sem a calma que vinha sendo a sua principal qualidade, possibilitou de facto esse dominio. A linha avançada ainda tentou impor o seu ritmo normal e a espaços conseguiu-o, mas a [linha] média também lhe prestava pouco apoio e depois dos primeiros vinte minutos já a sorte do jogo estava ditada (...) O CALDAS perdeu portanto a partida com um adversário que lhe foi sempre superior em todos os sectores, e portanto perdeu muito bem. [Também] Para o facto deve ter contribuido em grande parte, a expulsão do defesa central SARRAZOLA que tirou á defesa aquela solidez de conjunto a que já nos habituara (...) O CALDAS apresentou em COIMBRA o seu novo centro avançado BISPO, que tanta celeuma causou e que afinal veio para esta cidade embora que fosse a peso de ouro.


# CALDAS SPORT CLUBE, 0 - GRUPO DESPORTIVO ESTORIL PRAIA, 4 (04 de Outubro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal Nacional "DIÁRIO DE LISBOA" fez referência a este jogo, na sua edição de 06 de Outubro de 1953, comentando da seguinte forma: O ESTORIL regressou das CALDAS DA RAINHA com um magnifico triunfo que surpreende pela expressão de que se revestiu. Os CALDENSES estão a não corresponder ao brilhante começo de prova.

Também na sua edição de 06 de Outubro de 1953, o Jornal local "GAZETA DAS CALDAS" titulava que: De novo a sorte do jogo não quiz nada com os caldenses. E a análise a este encontro continuava da seguinte forma:

A equipa caldense está (...) enfêrma de males que saltam à vista e que urge eliminar. Em primeiro lugar nota-se na equipa tendencia para a lentidão que de modo nenhum está conforme com as necessidades para um Campeonato de 2.ª divisão (...) Tudo se fez lentamente e em passos miúdos do defesa para o médio, deste para o médio, depois para o interior (...) retem-se a bola mais tempo que o adversário dá-se a sensação de dominio mas não se marcam gôlos. E em tardes aziagas três ou quatro falhanços proporcionaram aos adversários outros tantos tentos (...) Há qualquer coisa que está errada, e que proporciona aos apanijerados CALDENSES amarguras como a de hoje, em que viu a sua equipa dominar no meio campo adversário durante bem uma hora, para o fim e ao cabo perder por 4 pontos sem resposta (...) [Estes 4 golos começaram a sua contagem aos] vinte e seis minutos decorridos WILSON falha lamentavelmente uma intercepção e entrega a bola a CORDEIRO que isolado e sem oposição bateu LOZANO que saira ao seu encontro, sem remissão. Oito minutos depois é LOZANO que deixa cruzar o esferico frente à balisa, e permite a VINAGRE com toda a serenidade coloca-lo na balisa com um toque de cabeça. (...) Numa [das] descidas a bola vai ás mãos de LOZANO que ao pretender entrega-la a um dos seus médios estando no limite da grande area, fê-lo com tanta infelicidade que a pôs nos pés do numero 9 [?] adversário. Este sem perda de tempo calmamente atirou para as redes desertas a contar. Depois aos 39 minutos [da segunda parte] um remate fortissimo que LOZANO não pôde segurar deu oportunidade a FRADE de aumentar a contagem.


# «O ELVAS» CLUBE ALENTEJANO DE DESPORTOS, 4 - CALDAS SPORT CLUBE, 3 (11 de Outubro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 12 de Outubro de 1953, comentava, desta forma, este encontro: Em ELVAS o CALDAS fez uma partida apagada. Todavia, a maior culpa desse facto deve-se imputar aos ELVENSES, os quais fizeram uma exibição assás notável, mormente, no respeito ao sector ofensivo e intermédio. Contudo, os locais sofreram ainda três tentos, precisamente porque ROSA teve tarde expressivamente má.

Na sua edição, no dia seguinte, a 13 de Outubro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS", titulava, desta maneira, este jogo: OS ELVENSES mais felizes na transformação dos lances de golo, venceram. Mas os CALDENSES desta vez convenceram. Continuando o comentário a este encontro, da seguinte forma:

O CALDAS na sua longa deslocação a ELVAS, não conseguiu regressar vitorioso. Embora estivessem vencendo por 1-0 e 2-1 os CALDENSES, sofrendo a expulsão de uma das principais pedras do bloco defensivo, tiveram que sucumbir perante o maior assédio do grupo da casa. AMARO o excelente defesa CALDENSE, foi expulso do terreno, provocando com essa má conduta uma certa desmoralização na equipa e cujo resultado ficou bem á vista (...) É certo e sabido que por circunstâncias várias, LOZANO, guardião e treinador do CALDAS [que] teve discreta actuação, e vemos, uma certa falta de brio desportivo no encontro com o ESTORIL, que não é de admitir num elemento com as pesadas responsabilidades que tem, dentro do clube, e que muito contribuiu para o insucesso verificado.

Jogo em ELVAS, arbitrado por ABEL MACEDO PIRES.

O CALDAS alinhou com: LOURO; VASCO e AMARO; ALEIXO, GUILHERME WILSON e EDERLINDO; ANACLETO, MARTI, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ORLANDO. TREINADOR: LOZANO.

ELVAS: ROSA; PEDRAS e OLIVEIRA, JUSTINO, NEVES e SOUSA, MASSANO, VELASQUES, COSTAL, MÉ e BRAZÃO.

Em virtude da chuva que tinha caido durante a noite e manhã, o campo encontrava-se bastante encharcado, e a breve trecho ficou transformado num mar de lama escorregadia que dificultava a acção dos jogadores mais habilidosos e de menos peso. Tinha decorrido um minuto apenas quando MARTI de posse do esférico, progride um pouco no terreno e por alturas do limite da grande área dispara um potente remate que ROSA não pôde segurar por a bola já se encontrar escorregadia colocando imediatamente o CALDAS em vencedor (...) os ELVENSES porém (...) aos 10 minutos, merecidamente, embora com grande dose de sorte, MASSANO estabelece igualdade. É a vez do CALDAS reagir, iniciando um periodo de jogo brilhante em que a defesa local estava constantemente em dificuldades, e cinco minutos passados, ANACLETO centrando excelentemente permite a ORLANDO, com um golpe de cabeça de boa conta, pôr o CALDAS novamente em vencedor (...) Aos 37 minutos BRAZÃO, nitidamente fora de jogo e bem nas vistas do juiz de linha, estabelece de novo a igualdade. Daí até ao final do primeiro tempo o jogo repartiu-se pelos dois meios campos, e o resultado não se modificou. Reiniciado o encontro logo aos 6 minutos e em resultado da deficiente marcação que vinha sendo feita aos extremos locais, novamente se desfez a igualdade mas agora a favor dos ELVENSES. Foi VELASQUES o autor do tento depois dum excelente serviço de BRAZÃO. Três minutos depois, 4-2 por BRAZÃO (...) e aos 27 minutos numa jogada de insistencia, BISPO consegue antecipar-se ao guarda-redes adversario e tocar o esférico para ANACLETO que à vontade e com toda a calma reduz a diferença. Daí até ao final os ELVENSES procuram assegurar o resultado demorando o jogo o mais possivel, e como todos estão visivelmente fatigados o resultado ficou assim mesmo.


# CALDAS SPORT CLUBE, 1 - GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE, 1 (18 de Outubro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 19 de Outubro de 1953, o Jornal "DIÁRIO DE LISBOA" fazia a análise deste encontro, da seguinte forma: Ás CALDAS DA RAINHA foram os PENICHENSES deixar um ponto. O desafio teve duas partes distintas: nos primeiros quarenta e cinco minutos, durante os quais os donos do campo usufruiram de superioridade territorial, que, justamente, devia ter culminado com mais um tento; a segunda parte, em que os rapazes da praia exerceram dominio claro, mas sem o traduzirem em golos pois, até o unico que obtiveram foi proveniente de uma situação confusa em frente das redes de LOUZANO.

A "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 20 de Outubro de 1953, comentava este jogo, da seguinte maneira:

Perante a maior assistência da época as equipas alinharam:

CALDAS: LOZANO; VASCO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON, LEANDRO e ANTÓNIO PEDRO; TEIXEIRA DA SILVA (também conhecido por NECA, ex: BOAVISTA FUTEBOL CLUBE), MARTI, BISPO, ORLANDO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ MARIA MARQUES (que acedeu graciosamente ao convite da Direcção do CALDAS para exercer interinamente as funções de Treinador, este antigo jogador do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL e do CASA PIA ATLÉTICO CLUBE, substituindo, nestas funções, LOZANO, que devido aos maus resultados foi afastado do cargo).

PENICHE: ALEXANDRE; NASCIMENTO e BARATA; ANIBAL, CONSTÂNCIO e COELHO; BRAZ, BRUNO, RANGEL, JOFRE e DUARTE.

ÁRBITRO: SANTOS MARQUES.

A equipa CALDENSE ainda desta vez não conseguiu a vitória que precisa para se lançar confiante na conquista da posição pretendida (...) assistiu-se a uma partida emotiva até ao último momento (...) os CALDENSES foram os primeiros a marcar, logo aos 6 minutos por ORLANDO mas com larga interferencia de TEIXEIRA DA SILVA pois este é que fintou o guarda-redes ALEXANDRE a ponto de a bola ter chegado às malhas sem que este esboçasse a defesa. Daí para diante e até ao fim do primeiro tempo houve uma boa série de bons movimentos da avançada local a pôr em perigo a balisa adversária, e alguns momentos de golo perdidos ingloriamente. No segundo tempo apesar do acentuado dominio de que disputavam só aos 35 minutos os visitantes puderam marcar o tento do empate por obra de DUARTE com um precioso e muito feliz golpe de cabeça.


# ARROIOS ATLÉTICO CLUBE, 2 - CALDAS SPORT CLUBE, 3 (25 de Outubro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 26 de Outubro de 1953, divulgava este encontro, da seguinte forma: O CALDAS, que adoptou a toada de ataque mais por imposição dos antagonistas do que por mérito próprio, acabou por triunfar com inteira justiça, precisamente devido á desenvoltura dos seus «arietes».

Na sua edição de 27 de Outubro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" fazia a análise a este jogo, da seguinte maneira:

Jogo no CAMPO ALIANÇA, em LISBOA,

Sob a arbitragem de CARLOS MENDES as equipas alinharam:

ARROIOS: ABADE; MENDES e JOSÉ DA CRUZ; ERNESTO, ISAAC e SILVA I; ESTEVES, SILVA II, FERNANDO ALVES, ADELINO e CUSTÓDIO.

CALDAS: LOZANO; VASCO e AMARO; EDERLINDO, LEANDRO e SARRAZOLA; ANACLETO, MARTI, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ORLANDO. TREINADOR: Devido à demissão de LOZANO e à impossibilidade de JOSÉ MARIA MARQUES, continuar a orientar a equipa, a Direcção do CALDAS, entabulou negociações com o antigo Treinador da CUF do BARREIRO, JOSÉ JOÃO, tendo [este] estado presente nos treinos da semana do CALDAS.

O encontro começou em geito de parada e resposta, mas a breve trecho os CALDENSES começaram a exercer dominio, pondo com frequencia em perigo a baliza de ABADE. Até que aos 16 minutos na sequencia de um canto, ORLANDO de cabeça marca o 1.º tento. O CALDAS continua insistindo sobre a defesa do adversário, com algumas jogadas de golo mas até ao intervalo o resultado não se modifica. No segundo tempo (...) e decorridos 4 minutos a finalizar uma bela combinação ORLANDO-BISPO-ANACLETO, este com um potente remate põe o CALDAS em vencedor por 2 bolas de diferença. 6 minutos depois dum lance aparentemente inofensivo junto às redes CALDENSES, a defesa parou e SILVA II entrando rápido diminuiu a diferença (...) Cerca dos 25 minutos os CALDENSES crescem novamente e dominam tendo como prémio aos 30 minutos mais um tento, desta vez por BISPO que saltando com o guarda-redes consegue chegar com a cabeça à bola e fazê-la anichar na balisa (...) Aos 35 minutos o arbitro apita para marcar grande penalidade contra os CALDENSES porque AMARO apanhou com uma bolada no braço. Penalidade injustissima [pois] A bola tinha sido chutada com violência por um adversário e AMARO nem sequer teve tempo para se desviar do seu caminho. Dessa penalidade resultou o segundo golo do ARROIOS. Apontou com muita segurança SILVA I, e LOZANO apesar de se lançar bem, nada pôde fazer. Nos dez minutos seguintes o jogo decorreu em toada de cá e lá, terminando assim com o resultado de 3-2 a favor da equipa do CALDAS.


# CALDAS SPORT CLUBE, 7 - CLUBE DESPORTIVO DOS OLIVAIS E MOSCAVIDE, 1 (01 de Novembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 04 de Novembro de 1953, comentou este encontro da seguinte forma:

CAMPO DA MATA, em CALDAS DA RAINHA,

Sob a ARBITRAGEM de DIAS MENDES, de COIMBRA, os grupos alinharam:

CALDAS: LOZANO; AMARO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON, LEANDRO e SARRAZOLA; ORLANDO, TABORDA, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO (ex- GRUPO DESPORTIVO DA CUF, que entretanto fechou o contrato com a Direcção do CALDAS).

OLIVAIS: RODRIGUES; C. PAIVA e M. PAIS; JOSÉ MARIA, F. PAIVA e GOMES; SILVA, VALENTE, FIGUEIREDO, FERREIRA DA SILVA e REIS.

Marcaram os tentos: ORLANDO aos 7 e 79 minutos, SARRAZOLA, de grande penalidade, aos 47 m, BISPO aos 55 e 84 e ANTÓNIO PEDRO aos 64 e 72. Os OLIVALISTAS foi obtido aos 88 por VALENTE.

Finalmente a equipa CALDENSE disputou um encontro em que viu concretizada a superioridade que demonstrou perante um adversário (...) E estavam precisados dum resultado assim, convicente e ao mesmo tempo proveitoso para a tabela da classificação, visto que fica agora com maior número de golos marcados do que sofridos (...) No aspecto técnico-táctico a equipa actuou de molde a convencer, mas ainda assim teve algumas falhas que esperamos ver afastados com o tempo. Referimo-nos ao periodo decorrido entre os 10 e 20 minutos do primeiro tempo, em que obrigados a actuar na defensiva demonstraram uma certa desorganização visinha do pânico, desorganização esta vista noutras ocasiões anteriores e que tiveram decisiva influência nos resultados obtidos.


# ASSOCIAÇÃO NAVAL 1.º DE MAIO, 1 - CALDAS SPORT CLUBE, 2 (08 de Novembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 10 de Novembro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS", fazia a análise a este jogo, da seguinte maneira:

Jogo na FIGUEIRA DA FOZ sob a ARBITRAGEM de PAULO OLIVEIRA, de SANTARÉM.

NAVAL: PINTO MACHADO; FIGUEIREDO, TÓ PINTO e CRUZ; DIAS FERREIRA e ANTÓNIO MARIA; PINA, SEPULVEDA, JACINTO, JOSÉ COSTA e LÉ.

CALDAS: LOURO (o habitual titular LOZANO que já tinha sido afastado de TREINADOR pediu, também, a demissão de jogador, devido ao facto do CALDAS não ter aceite as condições que propusera para continuar, regressando a Espanha); AMARO, LEANDRO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON e SARRAZOLA; ORLANDO, TABORDA, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

Aos 18 minutos a premiar um labor ofensivo bastante melhor organizado que o seu antagonista os CALDENSES passam a vencedores (...) [num] canto, que excelentemente marcado por ORLANDO permite a WILSON com um golpe de cabeça muito bem colocado anichar a bola num canto da balisa (...) Aos 20 minutos depois dum lance confuso a bola saiu pela linha de cabeceira tocada em último lugar por um jogador local, mas o árbitro ordenou canto, e na sequência dêste que foi marcado por ZÉ COSTA, LOURO numa entrada infeliz fez saltar a bola para a balisa, estabelecendo assim o empate (...). Em linhas gerais pode-se dizer-se, que o resultado deste periodo está certo (...). No segundo período a feição do jogo modifica-se, verificando-se desde logo que os CALDENSES traziam da cabine uma lição estudada, e assiste-se então ao período de melhor futebol praticado durante o encontro que é premiado com novo golo para os visitantes, desta vez por ORLANDO que conseguindo-se isolar-se ramatou imparávelmente para o centro contrário em relação a PINTO MACHADO. [Terminando] o encontro com mais uma excelente vitória para as cores CALDENSES, o que vem animar extraordináriamente o interesse, pela competição, pois assim o CALDAS ainda pode aspirar a uns dos lugares cimeiros da tabela.


# CALDAS SPORT CLUBE, 3 - SPORT CLUBE SCALABITANO «OS LEÕES», 0 (14 de Novembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 17 de Novembro de 1953, titulava que tinha sido um: Brilhante triunfo dos CALDENSES. E continuava a análise a este encontro, da seguinte forma:

Sob a ARBITRAGEM de EDUARDO GOUVEIA, as equipas alinharam:

CALDAS: LOURO; AMARO, LEANDRO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON e SARRAZOLA; ORLANDO, TABORDA, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

LEÕES: MÁRIO; MATOS, FERREIRA e HENRIQUE SILVA; LECA e RODRIGUES; CARLITOS, GARNACHO, JORGE VIEIRA, CASTANHEIRA e PACHECO.

O CALDAS mercê de uma excelente recuperação, chegou ao 2.º lugar da tabela, com o mesmo número de pontos que o guia que é o UNIÃO DE COIMBRA (...) Os rapazes do grupo da casa menos vistosos que os visitantes, foram mais práticos e incisivos batendo sem apêlo por 3 vezes a magnifica defesa daqueles. ORLANDO o excelente avançado local, abriu o caminho á vitória com um tento de grande categoria que chegou a bola ás malhas como uma flecha o 2.º golo obtido por BISPO embora não fosse tão brilhante como aquele, foi magnifico de oportunismo de nada valendo a oposição do guardião scalabitano.


# CALDAS SPORT CLUBE, 0 - CLUBE DESPORTIVO DE TORRES NOVAS, 1 (22 de Novembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 23 de Novembro de 1953, deu destaque a este jogo da seguinte maneira:

CAMPO DA MATA, com grande assistência,

ÁRBITRO: SILVÉRIO BEBIANO, de LISBOA,

CALDAS: LOURO; AMARO e LEANDRO; EDERLINDO, GUILHERME WILSON e SARRAZOLA; ORLANDO, JANEIRO, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

TORRES NOVAS: ILIDIO; LUIS e MATOS II; MELEIRO, JOÃO MARIA e JOÃO; LEONEL, MATOS I, SIMÕES, CONDE e VIRIATO.

A primeira parte decorreu com periodos alternados de vantagem, tendo os visitantes marcado um golo, aos 5 minutos, por intermédio de LEONEL. No segundo tempo não se marcaram tentos e o jogo terminou com a vitória do grupo de TORRES NOVAS, por 1-0.


# CLUBE DESPORTIVO PORTALEGRENSE, 2 - CALDAS SPORT CLUBE, 1 (29 de Novembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", comentava este encontro, da seguinte forma: Em PORTALEGRE, perdeu o CALDAS pela diferença de uma bola. Durante o primeiro tempo os PORTALEGRENSES dominaram com bastante insistência. No entanto, a sua linha dianteira não teve inspiração suficiente para se livrar das apertadas malhas do sector defensivo adversário. Após o intervalo, e beneficiando, por seu turno, do favor do vento os caldenses chegaram até ao empate. Conservá-lo, porém até final, não puderam porque logo no lance imediato o perigoso JACINTO o desfez a seu favor. O jogo foi pobre. A constante chuva tornou o terreno em flagelo para os jogadores, que, sem duvida, despenderam energia a rodos na luta contra os dois adversários de ontem - jogadores e tempo.

Na sua edição de 01 de Dezembro de 1953, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS", fazia a análise deste encontro, da seguinte maneira:

JOGO no CAMPO da FONTEDEIRA, em PORTALEGRE,

Sob a ARBITRAGEM de ABEL MACEDO PIRES, os grupos alinharam:

PORTALEGRENSE: AUGUSTO; SANTOS e MASSANO; MORENO, REBELO e ROQUI; REDONDO, CALINE, JACINTO, BICA e SANIRA.

CALDAS: VITOR; VASCO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e ALEIXO; NECA ou TEIXEIRA DA SILVA, ANACLETO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO e ORLANDO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

Antes de iniciar a descrição do jogo convém explicar [que] a função de cada um era bastante diferente daquilo que os números indicam. Verdadeiramente, a posição normal no terreno foi a seguinte:

VICTOR

SARRAZOLA

VASCO-ALEIXO-WILSON-EDERLINDO

ANTÓNIO PEDRO

NECA-ANACLETO-BISPO-ORLANDO

(...) Atendendo à chuva que caíra durante a tarde e parte da noite de Sábado o campo apresentava-se relativamente em boas condições. Soprava, porém vento bastante forte em rajadas trazendo à mistura pingos de água enrelezantes. (...) Assiste-se a mais duas dezenas de minutos com domínio alternado de ambos os contendores, e precisamente ao 39.º, um alívio longo da defesa visitada fez chegar a bola à zona do seu avançado centro. ALEIXO não interceptou, e SARRAZOLA que acorrera foi batido em velocidade, e à explêndida estirada de VICTOR correspondeu JACINTO com um toque súbtil e a tempo que levou a bola às malhas (...) [No segundo tempo, aos 15 minutos] a bola vai até BISPO na extrema esquerda, para onde se deslocara por estar magoado num braço que fintando dois adversários entregou excelentemente a ANTÓNIO PEDRO. Este rematou de pronto e muito bem estabelecendo a igualdade. Estava porém escrito que os CALDENSES perderiam o jogo, pois dois minutos passados, um capricho do destino colocou a bola ao alcance do avançado centro local [JACINTO], sózinho em frente de VICTOR, que sem dificuldade atirou a contar [e fez 2-1].


# CALDAS SPORT CLUBE, 3 - CASA PIA ATLÉTICO CLUBE, 1 (06 de Dezembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 08 de Dezembro de 1953, analisava este encontro da seguinte forma:

O CALDAS, vencendo em sua casa o CASA PIA e beneficiando das derrotas do TORRES NOVAS, no seu campo, e do ESTORIL e ainda do empate do TORREENSE na FIGUEIRA DA FOZ, melhorou a sua posição na tabela estando actualmente no 5.º posto. O triunfo caldense, premeia a turma que melhor actuou sobre o rectângulo, embora ambas jogassem abaixo das suas possibilidades, que apresentou uma formação diferente da sua habitual provocada pelas lesões, de alguns dos seus jogadores.

Alinharam pelo CALDAS: VITOR; VASCO e PITEIRA; ALEIXO, SARRAZOLA e FRAGATEIRO (ex: CLUBE DESPORTIVO DE MONTIJO); NECA, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, EDERLINDO e ORLANDO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

Pelo CASA PIA: ALBERTINO; ARMINDO II e PEREIRA JÚNIOR; GUILHERME, FERNANDES e ARMINDO I; XAVIER, ESTEVES, PRATES, GARÇÃO e LENINE [que viria a ser jogador do CALDAS, a partir da temporada de 1955/1956, já na 1.ª DIVISÃO NACIONAL].

ÁRBITRO: RAUL NUNES, de SANTARÉM,

Os CALDENSES marcaram o primeiro tento aos 13 m. por BISPO, numa jogada das mais belas que temos visto no CAMPO DA MATA, em que interveio 50% do seu êxito, ANTÓNIO PEDRO. Antes perdera já algumas oportunidades como outras havia de perder até à obtenção do 2.º tento a 13 m do reinício (...) Aos 71 minutos da partida, ANTÓNIO PEDRO aumentou a contagem para 3-0, agora por sua vez também com boa colaboração de BISPO que centrou da linha de cabeceira com excelente conta. Os visitantes marcaram o ponto de honra a 10 minutos do fim, num livre directo bem apontado por ARMINDO I, do limite da grande área. (...) O herói do dia foi ANTÓNIO PEDRO. Não só pela perfeição como conduziu o ataque como pelos dois tentos que obteve.


# CALDAS SPORT CLUBE, 1 - SPORT CLUBE UNIÃO TORREENSE, 2 (13 de Dezembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 14 de Dezembro de 1953, o "DIÁRIO DE LISBOA", analisava este encontro, da seguinte forma: Era aguardada com excepcional interesse este jogo entre os velhos rivais da Linha do Oeste. Venceu, mais uma vez, o TORRIENSE que encontrou da parte do adversário a maior resistência possivel para contrariar o triunfo alcançado. Foi uma partida emocionante, não só pelo que se passou no campo, como ainda pela marcha do marcador. Teve duas fases absolutamente distintas e diametralmente opostas este encontro. Até ao intervalo, com o vento forte pelas costas, o TORRIENSE dominou a situação e, quando aos 12 minutos já havia conseguido a obtenção de dois tentos, houve quem supusesse ir assistir-se a uma derrota pesada dos locais. Assim não sucedeu, porém, porque estes apercebendo-se do perigo que constituia a sua formação defensiva alteraram-na, e tal foi o bastante para obstar a marcação de outros tentos do adversário. No segundo meio tempo, foram os CALDENSES que deram cartas, não obstante jogarem com menos um elemento. Favorecidos pelo vento que ajudava até então o antagonista muito deram que fazer ao sector defensivo TORRIENSE, no entanto, não foram além de um golo escasso quando outro talvez merecessem.

O Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 15 de Dezembro, titulava, este encontro, da seguinte maneira: Apesar de reduzida a dez unidades a turma CALDENSE teve uma segunda parte que justificava melhor resultado. E continuaram a análise a este jogo, assim...O CAMPO DA MATA deve ter registado a sua maior enchente de todos os tempos o que deu assim à partida um sabor especial. De TORRES VEDRAS deslocaram-se a CALDAS DA RAINHA cerca de um milhar de pessoas dando àquele rectangulo um bonito aspecto (...) Embora dominassem a maior parte do tempo, na 1.ª parte, os TORREENSES conseguiram obter os dois unicos golos mercê de duas indecisões da defesa CALDENSE. Na 2.ª parte, os visitantes foram a princípio mais perigosos, mas os locais não se dando por vencidos e embora diminuidos numéricamente, fizeram das fraquezas forças e obrigaram o TORREENSE a uma porfiada defesa, conseguindo a marcação de um tento e tendo perdido algumas excelentes oportunidades, que só a boa exibição de GAMA e um pé providencial de GONÇALVES, evitaram que o CALDAS empatasse. Nos últimos vinte minutos da partida, vimos os locais actuarem de maneira briosa e entusiástica, que só por manifesta pouca sorte não conseguiram empatar.

ÁRBITRO: JAIME PIRES,

O CALDAS alinhou com: VITOR, VASCO e EDERLINDO (PITEIRA); GUILHERME WILSON, PITEIRA (SARRAZOLA) e SARRAZOLA (EDERLINDO); NECA, TABORDA, BISPO, ANTÓNIO PEDRO e ORLANDO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

PELO TORREENSE alinharam: GAMA; MERGULHO e ANTÓNIO AUGUSTO; BELÉN (argentino), AMILCAR e GONÇALVES; CARLOS ALBERTO, JOSÉ DA COSTA, SIDONIO, HILARIO e ANDRADE.

GOLOS: VASCO aos 5 minutos na própria baliza, e outro aos 11 minutos em jogada pessoal de certo mérito do extremo ANDRADE e na segunda parte aos 27 minutos marcou ORLANDO.


# CLUBE DE FUTEBOL «OS MARIALVAS», 0 - CALDAS SPORT CLUBE, 1 (20 de Dezembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 21 de Dezembro de 1953, comentava desta forma este encontro: Os CANTANHEDENSES registaram ante o CALDAS, a décima terceira derrota. Desta feita, todavia, o seu adversário não foi além de um escassissimo golo, como que dando indicação justa e lógica de que a vitória dos CALDENSES teve o sabor das coisas dificilissimas de alcançar e até, quiçá, obtidas com certa dose de fortuna.


# CALDAS SPORT CLUBE, 2 - CLUBE DE FUTEBOL UNIÃO DE COIMBRA, 1 (27 de Dezembro de 1953) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 28 de Dezembro de 1953, o Jornal nacional "Diário de Lisboa", comentava este jogo da seguinte forma: Os primeiros momentos foram aflitivos para os locais. EDERLINDO, numa jogada infeliz fez um golo na sua baliza e isso provocou oscilação notória no reduto defensivo. Depois, porém, e desta feita por pouca sorte dos conimbricenses, que ficaram reduzidos a dez elementos, por WILSON ter abandonado o campo, magoado, os locais obtiveram o empate e daí até final foi superior ao adversário (...) Foi, pois, justa a vitória do CALDAS.

O Jornal local "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 29 de Dezembro, igualmente, fez a análise a este encontro da seguinte maneira: Sob a direcção do conhecido arbitro portuense ABEL DA COSTA as turmas apresentaram:

CALDAS: VITOR; VASCO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e FRAGATEIRO; NECA, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, ORLANDO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

UNIÃO: CELSO; VELHA e CANDEIA; GOMES, CARVALHO e LOPES; LUIS, TEIXEIRA, QUIM, NARCISO e NORONHA.

No final do 1.º tempo as turmas estavam empatadas a uma bola, golos de EDERLINDO na sua própria balisa e de ORLANDO num excelente golpe de cabeça após a marcação de um livre de canto (...) No segundo tempo a partida tomou outro aspecto e então já pudemos admirar alguns lances de bom futebol, em maior numero por parte dos avançados caldenses mas sem aquela finalidade prática que lhes era exigida (...) [No entanto] O «quadrado mágico» funcionou no 2.º tempo da melhor maneira. De facto os médios caldenses, mais afoitos e com perfeita coordenação de esforços com os interiores, abriram consecutivas brechas na defesa contrária que passou momentos aflitivos na primeira meia hora desta parte e que só não passou de um golo obtido por ANTÓNIO PEDRO, quando poderiam ter sido conseguidos mais se se deixassem de preciosismos exagerados que só demoravam a entrega de bola com vantagem para os defensores visitantes, dando-lhes tempo para se organizarem.


# GRUPO DESPORTIVO ESTORIL-PRAIA, 4 - CALDAS SPORT CLUBE, 3 (03 de Janeiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO NACIONAL - ZONA B).

Na sua edição de 05 de Janeiro de 1954, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" descrevia este encontro. Assim:

As duas turmas formaram:

ESTORIL: JOSÉ MARIA; NEGRITA e PASTORINHA [seria, mais tarde, jogador do CALDAS, como já vimos]; CASSIANO, ELOY (capitão) e FRADE; ARAGÃO, VINAGRE, FRANCO, RAUL e VLADIMIRO.

CALDAS: VITOR; VASCO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON (capitão), SARRAZOLA e FRAGATEIRO; ORLANDO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, BARNABÉ MORROS e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

MARCARAM OS GOLOS: ANTÓNIO PEDRO (2) e ORLANDO. VASCO numa jogada infeliz marcou o golo do empate dos visitantes nas suas próprias balisas.

O Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 04 de Janeiro de 1954, comentava, este jogo, da seguinte forma: Teve esta partida duas fases distintas - a da primeira parte, em que o comando das operações pertenceu inteiramente ao CALDAS; a da segunda, durante a qual o ESTORIL foi inegavelmente, a grande equipa sobre o terreno. Só se pode formular uma pergunta: foram os CALDENSES os que mais convenceram, ao fim ao cabo, ou foram os ESTORILENSES os que melhor impressão causaram? Talvez o CALDAS houvesse exibido futebol mais ligado, mais certo, mais académico. Mas, o que não há dúvida, e que a reacção do ESTORIL para anular a desvantagem de 3-1 teve mais beleza espectacular e, portanto, o que o grande público mais apreciou. Se a igualdade fosse o resultado final estaria certo, como não deixou de estar a vitória tangencial do ESTORIL.

Na página do diário lisboeta surge-nos esta fotografia da equipa do CALDAS que jogou esta partida: Em pé, da esquerda para a direita: LOURO; EDERLINDO; VASCO?; GUILHERME WILSON; SARRAZOLA; FRAGATEIRO e VITOR. AGACHADOS, pelo mesmo sentido: BARNABÉ MORROS?; ORLANDO; BISPO; ANTÓNIO PEDRO e ANACLETO.




# CALDAS SPORT CLUBE, 4 - «O ELVAS» CLUBE ALENTEJANO DE DESPORTOS, 0 (10 de Janeiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

No "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 11 de Janeiro de 1954, analisava este jogo, da seguinte forma: Venceram os CALDENSES por margem concludente relativamente á forma como a partida decorreu. Com efeito, os locais foram, durante todo o encontro, superiores aos adversários, quer na concepção dos lances, quer na concretização dos mesmos.

Na sua edição de 12 de Janeiro de 1954, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS", analisou este encontro, da seguinte forma:

Jogo no CAMPO DA MATA, sob a arbitragem de LUIS VILAÇA, de LISBOA.

CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e EDERLINDO, GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e ALEIXO; NECA, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, BARNABÉ MORROS e ORLANDO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

ELVAS: ROSA; BRAZÃO e OLIVEIRA; DAVID, NEVES e SOUSA, CASAPINHA, MASSANO, COSTAL, VELASQUES e JUSTINO.

No Domingo, porém, tudo aconteceu com naturalidade. O CALDAS dominou durante todo o primeiro periodo com bastante insistência e no segundo, apesar da melhoria sensivel do adversário, ainda lhe pertenceu o maior quinhão de supremacia. Assim o resultado de 4-0 com que terminou a partida, se em parte foi conseguido depois do adversário ter ficado reduzido a dez unidades.

MARCARAM os tentos - ANTÓNIO PEDRO de grande penalidade, aos 38 minutos, ORLANDO aos 50, ALEIXO aos 85 e BARNABÉ trinta segundos depois.


# GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE, 4 - CALDAS SPORT CLUBE, 2 (17 de Janeiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 18 de Janeiro de 1954, comentava este jogo, da seguinte forma: No primeiro tempo, verificou-se maior dominio dos locais, com contra-ataques dos CALDENSES, e aos cinco minutos já os PENICHENSES venciam por uma bola a zero. Os contra-ataques dos visitantes puseram em destaque a boa fortuna de ALEXANDRE na tarde de ontem. Após o descanso, os lances ofensivos repartiram-se pelos dois meios-campos, o que originou a árdua tarefa às defesas. Foi de facto, agradável de seguir esta partida, que apenas foi emsombrada pela expulsão de ANTÓNIO PEDRO.

Na sua edição de 19 de Janeiro de 1954, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" analisava este encontro, da seguinte maneira: 

Jogo no CAMPO DO BALUARTE, em PENICHE

Sob a arbitragem de ANTÓNIO CALHEIROS, de LISBOA, as equipas alinharam:

PENICHE: ALEXANDRE; NASCIMENTO e BARATA; ANIBAL, CORREIA e COELHO, BRAZ, BRUNO, RANGEL, JOFRE e DUARTE. TREINADOR: CÉSAR FERREIRA.

CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e EDERLINDO; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e ALEIXO; ORLANDO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, BARNABÉ MORROS e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

MARCARAM OS TENTOS: BRAZ aos 5 m., numa jogada que nos pareceu precedida de fora de jogo por parte do marcador; aos 33 por RANGEL na sequência dum pontapé de canto apontado por BRUNO e aos 38 m pelo mesmo jogador a finalizar uma das melhores jogadas de ataque de todo o desafio, com mérito especial para o marcador que partiu para o lance no momento preciso a fim de ficar isolado e com o esférico em seu poder; aos 41 minutos primeiro tento do CALDAS por intermédio de ANTÓNIO PEDRO; aos 23 numa jogada mais de felicidade do que de mérito, BRUNO, pode isolar-se e marcar o 4.º e último golo da sua equipa; aos 37 na sequência dum pontapé de canto e depois de alívio frouxo da defesa local. ORLANDO num remate sem preparação estabeleceu o resultado final da partida.

A equipa do CALDAS colocou-se em campo da seguinte maneira:

        VITOR

 FRAGATEIRO-ALEIXO

         WILSON   

    SARRAZOLA-EDERLINDO

  ANTÓNIO PEDRO-BARNABÉ

  BISPO-ORLANDO-ANACLETO


# CALDAS SPORT CLUBE, 2 - ARROIOS ATLÉTICO CLUBE, 0 (24 de Janeiro de 1954) (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 25 de Janeiro de 1954, o Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", comentava este encontro, da seguinte forma: A primeira parte decorreu com evidente equilibrio, mas o CALDAS, mais afortunado, chegou ao descanso a vencer por 1-0, graças a uma recarga de BISPO, depois de ABADE ter largado o esférico rematado por BARNABÉ. No segundo meio-tempo, depois do árbitro haver anulado um tento aos locais, os lisboetas melhoraram consideravelmente tendo proporcionado bons momentos de futebol. Os CALDENSES jogaram menos do que sabem, sendo no entanto, de registar a circunstancia do seu quadro não haver alinhado com todos os titulares. A despeito disso, e em face das oportunidades criadas por ambas as equipas, a vitória do CALDAS aceita-se perfeitamente.

O Jornal local "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 26 de Janeiro de 1954, também, analisou este jogo, mas da seguinte maneira:

Jogo no CAMPO DA MATA, sob a arbitragem de JOSÉ TRINDADE, de SETÚBAL.

Os grupos alinharam:

CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON, LEANDRO e EDERLINDO; ORLANDO, BARNABÉ MORROS, BISPO, SARRAZOLA e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

ARROIOS: ABADE; MENDES e CRUZ; SIMPLICIANO, ISAAC e SILVA I; SILVA II, GIL, F. ALVES, ADELINO e CUSTÓDIO.

MARCARAM OS TENTOS: BISPO e ANACLETO.

O primeiro aos 42 m., numa recarga a uma bola que BARNABÉ rematara e que ABADE não poude segurar; e o segundo aos 69 m., por ANACLETO, que recebendo um passe de ORLANDO escapou-se a dois adversários, rematou forte e raso tornando inútil a saída do guardião visitante.


# CLUBE DESPORTIVO DOS OLIVAIS E MOSCAVIDE, 2 - CALDAS SPORT CLUBE, 1 (31 de Janeiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 01 de Fevereiro de 1954, comentava este encontro, da seguinte maneira: (...) O CALDAS, que se evidenciou como quadro bem apetrechado, perdeu a momentos do intervalo, optima oportunidade, a qual poderia modificar a disposição dos contendores. Depois do descanso, os locais aproveitando a força do vento que, então passou a soprar-lhes pelas costas, dominou consideravelmente, mas mesmo assim, foram os CALDENSES os primeiros a marcar (...) Os OLIVALENSES tiveram o condão de nos desanimar e perto da meia hora, igualaram, para perto do fim obterem a vitória que foi justa, apesar de tudo.

Na sua edição de 02 de Fevereiro de 1954, o Jornal local "GAZETA DAS CALDAS" analisava este encontro da seguinte forma:

Jogo nos OLIVAIS sob a arbitragem de IZIDORO MENDES, de SANTARÉM.

OLIVAIS: MOUTINHO; VITORINO e PAIS; C. PAIVA, F. PAIVA e GOMES; M. SILVA, JOSÉ MARIA, VALENTE, JORGE e F. da SILVA.

Alinharam pelo CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON, SARRAZOLA e EDERLINDO; ANACLETO (depois BISPO), BARNABÉ MORROS, BISPO (depois ANACLETO), ANTÓNIO PEDRO e ORLANDO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

GOLOS aos 59 m. por ORLANDO de cabeça, a finalisar uma excelente jogada de BISPO; aos 70 m., 1.º do OLIVAIS na sequencia dum pontapé de canto e aos 79 m por JORGE que entrou magnificamente a um perfeito centro da extrema direita feita por M. SILVA.

Este jogo foi daqueles que não deixam saudades, por variadíssimas razões. O campo, de diminutas dimensões, além de já por isso se não prestar à factura de jogo digno da II Divisão Nacional, ainda acumulava um péssimo piso, que lembrava um terreno lavrado à espera que o sol e o vento secassem as poças de água resultantes da última chuva (...) Os CALDENSES deram muito a fraca ideia do que valem e se exceptuarmos o guardião VICTOR, podemos dizer que todos actuaram a baixo das suas possibilidades e saber.


# CALDAS SPORT CLUBE, 2 - ASSOCIAÇÃO NAVAL 1.º DE MAIO, 1 (07 de Fevereiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O "DIÁRIO DE LISBOA", na sua edição de 08 de Fevereiro de 1954, analisava, assim, este encontro: No primeiro tempo, e enquanto não se chegou á igualdade, foi encontro agradável de seguir. Depois os jogadores entraram no capítulo da violência, que o estado do campo facilitava e a acção do árbitro, e a partida deixou de ter qualquer interesse (...) Entretanto, o CALDAS fez ORLANDO mudar de lugar e isso contribuiu necessáriamente para a obtenção do tento da vitória dos locais. E nada mais se registou de bom futebol neste desafio para esquecer.

Na sua edição de 09 de Fevereiro de 1954, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" comentava este jogo, da seguinte forma: 

No CAMPO DA MATA, sob a arbitragem de COURINHA DE SOUSA, de Portalegre.

CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON (capitão), LEANDRO e SARRAZOLA; ORLANDO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, EDERLINDO e BARNABÉ MORROS. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

NAVAL: PINTO MACHADO; PEDROSA e CRUZ; DIAS FERREIRA, TÓ PINTO e ANTÓNIO MARIA (capitão); PINA, SEPÚLVEDA, JACINTO, JOSÉ DA COSTA e LÉ.

GOLOS aos 2 m. por BISPO, aos 23 por JOSÉ DA COSTA de grande penalidade e aos 78 m por ORLANDO.

Vitória merecida da equipa local, mas algo dificil de conseguir em virtude a bem ordenada oposição da turma antagonista, que se bateu com toda a energia e vontade, na mira de alcançar um resultado favorável. Ganhou o grupo que dispunha de melhores valores individuais e que, por consequência disso, dispôs de melhores ocasiões de marcar.


# SPORT CLUBE SCALABITANO «OS LEÕES», 1 - CALDAS SPORT CLUBE, 0 (14 de Fevereiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 16 de Fevereiro de 1954, titulava, desta forma, este encontro: O árbitro teve influência no resultado e prejudicou o espectáculo, mas os LEÕES mereceram a vitória...E continuando a análise a este jogo afirmava o mesmo Jornal: Está escrito que as partidas disputadas pelo CALDAS neste final de Campeonato têm que ser sempre assinaladas por qualquer facto triste. Desta vez coube ao árbitro, ANTÓNIO CALHEIROS, estragar o espectáculo com constantes apitadelas, a interromper a partida (...) a ponto duma parte do público sublinhar com palmas as decisões acertadas (...) Consideramos justa a vitória dos scalabitanos. Foram no geral mais decididos, mais rápidos sobre a bola (...)

O CALDAS alinhou com: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON, LEANDRO e SARRAZOLA; ORLANDO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, EDERLINDO e BARNABÉ MORROS. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

OS LEÕES: MÁRIO; ANTÓNIO MARIA e HENRIQUE SILVA; LEÇA, FERREIRA e RODRIGUES; JORGE VIEIRA, GARNACHO, JOÃO, CASTANHEIRA e LIVRAMENTO.


# CLUBE DESPORTIVO DE TORRES NOVAS, 4 - CALDAS SPORT CLUBE, 1 (21 de Fevereiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 23 de Fevereiro de 1954, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" comentava este encontro da seguinte forma:

Jogo no CAMPO DO ALMONDA PARQUE, em TORRES NOVAS, sob a arbitragem de JAIME PIRES, de LISBOA.

TORRES NOVAS: MARTINS; J. ANTÓNIO e MOLEIRO; JOÃO, ZECA e GOMES; CONDE, J. MARIA, GALAZ, VIRIATO e CAMER. 

CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON, LEANDRO e SARRAZOLA; ORLANDO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, EDERLINDO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

GOLOS: aos 27 m. por VIRIATO, aos 29 e 42 por GALAZ, aos 58 por ANACLETO e aos 70 por LEANDRO na própria balisa.

A história do encontro é dificil, e a apreciação sob o ponto de vista técnico não o é menos. Num campo como aquele, que concerteza tem que ser bem esticado para conter as medidas mínimas regulamentares, é impossivel praticar jogo digno de se lhe chamar futebol, ou seja aquilo que se pretende fazer e que se chama o Campeonato da II divisão. O que naquele recinto se pode fazer, é a nosso ver o que se fez. Pontapé para diante e para o ar, com mais ou menos conta, ou «passaginhas» curtas com a bola pelo chão, que dá melhor ideia do jogo mas que não resulta, pela demora e pelos choques a que sujeita. foi isto, mais ou menos, o que os rapazes de CALDAS fizeram, mas assim mesmo não puderam obstar à derrota volumosa registada. (...) Individualmente não podemos assacar as culpas aos jogadores CALDENSES pela derrota.

O mesmo Jornal referia ainda que infelizmente: BARNABÉ MORROS, o excelente avançado espanhol do CALDAS, que tantas simpatias cativou nesta cidade, segundo conselho médico, não poderá mais praticar futebol.


# CALDAS SPORT CLUBE, 5 - CLUBE DESPORTIVO PORTALEGRENSE, 1 (28 de Fevereiro de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

O Jornal "GAZETA DAS CALDAS", na sua edição de 02 de Março de 1954, analisava este encontro da seguinte forma:

Jogo no CAMPO DA MATA, sob a arbitragem de SALVADOR GARCIA, de LISBOA.

CALDAS: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON, LEANDRO e SARRAZOLA; ORLANDO, ANTÓNIO PEDRO, BISPO, EDERLINDO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

PORTALEGRENSE: AUGUSTO; SANTOS e MASSANO; MORENO, ROBALO e SANINA; REDONDO, EMILIO, JACINTO, BICA e BRITO. TREINADOR: ROQUI (Caboverdeano). 

O CALDAS mercê da brilhante vitória obtida sobre a correcta turma do PORTALEGRENSE, fez desaparecer as dúvidas que subsistiam sobre a sua permanência na 2.ª divisão. Seja qual for o resultado do encontro do próximo domingo contra o CASA PIA, no campo do velho clube do Restelo, a popular colectividade local continuará na próxima época na 2.ª divisão, mas em novos moldes, pois são só 28 clubes que nela participa divididos em duas zonas, apurando 2 de cada zona para a fase final. Depois de uma prova irregular, em que o esforço dos seus dirigentes não teve a devida compensação por parte de alguns atletas que o representaram, o CALDAS manteve-se ainda num lugar que sem prova de dúvida o podemos igualar aos melhores da sua zona. 
No desafio de domingo, verificámos, por parte dos jogadores locais, uma vontade indómita na vitória, que embora fôsse bem preparada durante o 1.º tempo. Só na segunda parte teve o resultado mais lógico. Triunfar por 5-1, sobre uma turma que foi ao ESTORIL vencer a poderosa formação da Costa do Sol além de outros resultados valorosos, não é proeza fácil de conseguir.

GOLOS: ORLANDO, aos trinta segundos da segunda parte; ANTÓNIO PEDRO aos 69 minutos, BISPO aos 74 minutos e 82 minutos [o quinto golo do CALDAS não conseguimos apurar quem o marcou].


# CASA PIA ATLÉTICO CLUBE, 2 - CALDAS SPORT CLUBE, 2 (07 de Março de 1954) - (CAMPEONATO NACIONAL DA 2.ª DIVISÃO - ZONA B).

Na sua edição de 09 de Março de 1954, o Jornal "GAZETA DAS CALDAS" comentava o último jogo do CALDAS nesta Zona B da 2.ª Divisão Nacional, da seguinte forma:

O CALDAS na sua deslocação a Lisboa, onde defrontou o CASA PIA, penúltimo da zona, obteve um empate, depois de ter estado a vencer por 2-0.

Sob a arbitragem de MANUEL BARULHO, as turmas alinharam:

CASA PIA A.C.: LANÇA; LOUSADA e BENTO; FONSECA, FERNANDES e PRATES; CALDEIRA, XAVIER, COUTINHO, GARÇÃO e LENINE.

CALDAS S.C.: VITOR; FRAGATEIRO e PITEIRA; GUILHERME WILSON, LEANDRO e VASCO; ORLANDO, SARRAZOLA, BISPO, EDERLINDO e ANACLETO. TREINADOR: JOSÉ JOÃO.

O CALDAS mais uma vez, depois de chegar ao intervalo a vencer por duas bolas deixou-se igualar. Embora os visitantes fossem mais perigosos nos seus ataques os CALDENSES com um sistema defensivo bem organizado tornou infrutíferos, durante o 1.º tempo os esforços dos gansos. Os visitantes, aproveitando a posição adeantada dos médios do grupo da casa puderam em contra ataques bem delineados obter dois tentos por intermédio de SARRAZOLA, hoje a conhecer um novo lugar na equipa, e ORLANDO. Na segunda parte, o grupo da casa mostrou-se como na primeira, mais ameaçador, mas neste tempo foram mais felizes pois conseguiram aos 35 minutos bater VITOR e aos 40 estabelecer o empate.

Assim, terminado este encontro o CALDAS SPORT CLUBE conseguiu ficar no oitavo lugar, com 13 vitórias, 2 empates e 11 derrotas, marcando 53 golos e sofrendo 43 golos e obtendo 28 pontos, conseguindo ficar na 2.ª DIVISÃO NACIONAL para a ÉPOCA DE 1954-1955, que iria ser de sucesso, como já vimos. 

E assim ficou a CLASSIFICAÇÃO desta ZONA B. Ficando os NOVE primeiros na 2.ª DIVISÃO NACIONAL e os outros CINCO desceram à 3.ª DIVISÃO NACIONAL:

1.º - LEÕES;

2.º - TORREENSE;

3.º - ESTORIL;

4.º - PORTALEGRENSE;

5.º - PENICHE; 

6.º - ARROIOS;

7.º - UNIÃO DE COIMBRA;

8.º - CALDAS SPORT CLUBE;

9.º - OLIVAIS;

10.º - ELVAS;

11.º - TORRES NOVAS;

12.º - NAVAL 1.º DE MAIO;

13.º - CASA PIA;

14.º - MARIALVAS.

sexta-feira, 18 de março de 2022

No encerramento da Época de 1952/1953 o CALDAS jogou com uma equipa chamada de «MILIONÁRIOS de LISBOA» (!), que era na prática a equipa do CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"...

Na sua edição de 28 de Junho de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas", anunciava a realização de o seguinte encontro, realizado no dia 21 de Junho de 1953. Assim as equipas alinharam, do seguinte modo:

CALDAS SPORT CLUBE, 3 - «MILIONÁRIOS DE LISBOA», 1 

Sob a Arbitragem de REINALDO MATOS as turmas apresentaram:

CALDAS: LOZANO; VASCO e AMARO (ex: GRUPO UNIÃO SPORT DE MONTEMOR-O-NOVO); ALEIXO, AIRES (ex: GINÁSIO DE ALCOBAÇA) e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS, TABORDA (ex: GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE), BISPO (ex: SPORT LISBOA E BENFICA), DUARTE (ex: CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES") e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Na 2.ª parte, ANTÓNIO PEDRO entrou para o lugar de EDERLINDO.

«MILIONÁRIOS» (que na prática era o plantel do CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"): JOSÉ PEREIRA; ROCHA, FELICIANO e SERAFIM; CASTELA e DIAMANTINO DA SILVA, DIMAS, MIGUEL DI PACE (argentino), ANDRÉ, MATATEU e NARCISO. TREINADOR: FERNANDO VAZ (que, como já vimos, seria Treinador do CALDAS, na Época de 1956/1957).

Na 2.ª parte entrou REBELO para o lugar de DIAMANTINO DA SILVA.

Resultado do 1.º tempo: 0-0.

MARCADORES: TABORDA, BISPO e ANTÓNIO PEDRO, pelo CALDAS e MATATEU pelos lisboetas.

Os CALDENSES fecharam a época com chave de ouro. Este é o primeiro comentário a fazer (...) Com dois estreantes na equipa - AIRES e BISPO - e três outros jogadores já vistos, mas sem treinos suficientes para oferecerem confiança quanto à sua integração no conjunto - DUARTE, TABORDA e AMARO - o grupo local excedeu toda a melhor expectativa exibindo-se de forma a merecer os melhores elogios. No principio ou talvez, durante os primeiros quarenta e cinco minutos, os alvi-negros apesar de não experimentarem dificuldades sérias, viram porém, com frequencia o seu reducto defensivo em certos apuros para conter as manobras do conjunto mais homogéneo ou mais afinado do adversário que gizava as avançadas com certo à vontade a partir da sua linha de defesa com passagem pela superior concepção, especialmente do médio CASTELA e em parte do interior DI PACE. (...) No segundo tempo com a entrada de ANTÓNIO PEDRO, tudo se compôs, e o CALDAS passou a ser uma verdadeira equipa de futebol, brindando a assistência com a excelente exibição que se viu (...) Pelo trabalho desenvolvido neste periodo, justificava-se perfeitamente um resultado final com quatro ou cinco tentos de vantagem para os CALDENSES. A sorte porém esteve com o adversário (...) porque afinal este actuou muito abaixo do seu verdadeiro valor, e uma tão grande diferença no marcador (...) [No CALDAS] todos actuaram de molde a merecer elogios (...) Dos visitantes (...) deve-se referir com a saliencia merecida a patenteada, real e incontestada classe de CASTELA, e o espectaculo que representa o extraordinário domínio de bola e poder de fintar de DI PACE.

quarta-feira, 16 de março de 2022

Passados dois anos, em 15 de Maio de 1953, o CALDAS voltou a receber o SPORT LISBOA E BENFICA e desta vez conseguiu empatar...

Na sua edição de 24 de Maio de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas", titulava que o CALDAS perante o BENFICA tivera uma: Magnifica exibição (...) e resultado lisongeiro para os visitantes. Assim: 

# CALDAS SPORT CLUBE, 1 - SPORT LISBOA E BENFICA, 1.

Teve foros de grande sensação a visita à nossa cidade da turma principal do SPORT LISBOA E BENFICA, que obsequiosamente aqui se deslocou a convite da COMISSÃO DE TURISMO, afim de tomar parte nas FESTAS DA CIDADE [15 de Maio]. Como era de esperar, o CAMPO DA MATA registou uma grande assistência ávida de ver uma boa partida de futebol. Os lisboetas passado o período inicial em que criaram duas situações de perigo para as redes à guarda de LOZANO e que este defendeu com segurança, deixaram pelo tempo adeante que o adversário tomasse a ofensiva e se tornasse mais perigoso, enleando a sua defesa e obrigando BASTOS a trabalho aturado. Os encarnados, sem entusiasmo dos locais, tiveram sempre dificuldade em ultrapassar a barreira defensiva do grupo da casa, onde ARMANDO COELHO, teve actuação de certo relevo, impondo-se com segurança às investidas do ataque da capital, todo êle constituido por jogadores de boa categoria. O resultado de 1-0, com que se chegou ao intervalo está perfeitamente de harmonia com o jogo desenvolvido por ambos os grupos, pois o da casa foi aquêle que melhor se exibiu e que com mais afinco procurou a vitória. No segundo tempo, o ataque lisboeta sofreu intensa modificação, ao passo que os CALDENSES mantiveram a mesma formação. Neste período, embora os lisboetas se tornassem mais perigosos foram ainda os rapazes do grupo da casa, superiores, quer na condução de jogo quer no desenvolvimento das jogadas. Neste capítulo deve destacar-se a boa actuação de ANTÓNIO PEDRO e DUARTE, aquele a defender e este a atacar e a quem se deve em grande parte a boa exibição fornecida pela equipa. Cabe assinalar que os BENFIQUISTAS, intensificaram nos ultimos quinze minutos os seus ataques às redes CALDENSES tendo sido bem sucedidos nesse dominio, com a obtenção do ponto que lhes deu o empate. Foi, seu autor, ROSÁRIO que de posse do esférico, bateu em velocidade, o defesa à sua guarda, fazendo o golo sem possibilidades de defesa para LOZANO. A equipa CALDENSE actuou em grande plano, fornecendo-nos uma exibição de que há muito não estamos habituados. A transposição do jogo da defesa para o ataque, fez-se da melhor maneira, com passes rasos e precisos que confundiam a defesa encarnada. O empate, podemos dize-lo em abono da verdade, pode considerar-se resultado lisongeiro para a turma visitante que só por manifesta infelicidade dos dianteiros locais não saiu derrotada. Os encarnados que durante o primeiro tempo não actuaram com aquela velocidade que lhes é peculiar, viram-se e desejaram-se para não sairem derrotados. O público apesar  do pouco rendimento fornecido pela turma lisboeta ainda pôde admirar algumas desmarcações oportunas do ataque BENFIQUISTA, durante o primeiro tempo, a superior classe de FELIX e o excelente comportamento de BASTOS que se creditou de primorosa exibição. À equipa local, teve em LOZANO, ANTÓNIO PEDRO, ARMANDO COELHO, DUARTE e BARNABÉ, os elementos que melhor se comportaram no decorrer de todo o encontro. Arbitrou a contento o Sr. REINALDO DE MATOS, que se houve da sua missão com certo acerto. Algumas deslocações mal assinaladas, não empanaram o seu trabalho que foi criterioso e bem conduzido. As equipas alinharam:

CALDAS: LOZANO; VASCO e OLIVEIRA; ANTÓNIO PEDRO, ARMANDO COELHO e EDERLINDO; CARNEIRO, ORLANDO, ANACLETO, DUARTE e BARNABÉ MORROS. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

BENFICA: JOSÉ BASTOS; JACINTO e BAPTISTA; CALADO, FÉLIX e FERNANDO CAIADO; ARSÉNIO, VIEIRA, JOSÉ ÁGUAS, ROGÉRIO "PIPI" e GONZAGA. TREINADOR: RIBEIRO DOS REIS. Na segunda parte, o ataque do BENFICA alinhou [com] CORONA, VIEIRA, ROSA, MONIZ e ROSÁRIO.

Resultado no primeiro tempo: 1-0.

MARCADORES: BARNABÉ, pelo CALDAS e ROSÁRIO, pelos encarnados.

domingo, 13 de março de 2022

Ainda durante a Época de 1952/1953 o Caldas disputou a chamada «TAÇA CENTRO DE PORTUGAL», organizado pela Associação de Futebol de Leiria...

# CALDAS SPORT CLUBE, 3 - SPORT CLUBE SCALABITANO «OS LEÕES», 2 (29 de Março de 1953)

Na sua edição de 05 de Abril de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas", analisava este primeiro encontro da «TAÇA CENTRO», da seguinte forma:

CAMPO DA MATA, CALDAS DA RAINHA (com muito vento),

ÁRBITRO: EVARISTO SILVA, de LEIRIA,

CALDAS: LOZANO; VASCO e OLIVEIRA (emprestado pelo SPORT LISBOA E BENFICA); ANTÓNIO PEDRO, GUILHERME WILSON e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS, MÁRIO (emprestado pelo SPORT LISBOA E BENFICA), ANACLETO, MONIZ (emprestado pelo SPORT LISBOA E BENFICA) e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

«LEÕES»: MÁRIO; LEONETO e JUVENAL; LEÇA, FERREIRA e RODRIGUES; JORGE VIEIRA, CHOLO (depois GARNACHO), JOÃO, CASTANHEIRA e PACHECO.

Resultado do 1.º tempo: 2-0.

MARCADORES: MÁRIO, MONIZ e BARNABÉ pelo CALDAS e GARNACHO e JORGE VIEIRA, pelos visitantes.

O CALDAS obteve o seu 1.º tento aos 21 minutos da primeira parte por intermédio de MÁRIO que aproveitou da melhor maneira um excelente passe de ANACLETO.

Aos 36 minutos os CALDENSES fazem o 2.º ponto por MONIZ depois da bola ter esbarrado no corpo de um defensor adversário.

O 2.º tempo foi de dominio quase absoluto dos jogadores de SANTARÉM, que só o concretizaram aos 33 minutos por GARNACHO a passe de JOÃO que derivou para a extrema direita.

No minuto seguinte ORLANDO aproveitando uma indecisão de JUVENAL, correu pela linha lateral e no limite da grande área disparou um grande pontapé que o guardião dos «LEÕES» não blocou com segurança, aproveitando BARNABÉ para fazer a recarga vitoriosa.

JORGE VIEIRA aos 39 minutos a passe de GARNACHO obteve o último golo da sua turma e fazendo o resultado final de 3-2 a favor dos CALDENSES.

Já aqui o dissemos, este torneio foi organizado pela ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LEIRIA, no intuito bem patente de manter em actividade os clubes melhor apetrechados da região, e, senão com a intuição, pelo menos com a possibilidade desses clubes poderem estudar os recursos de novos possiveis recrutas para as suas fileiras. 

O CALDAS aproveitando essa faculdade logo neste primeiro encontro fez alinhar três elementos nessas condições [OLIVEIRA, MÁRIO E MONIZ], e quanto a nós não acautelou devidamente a representação das suas cores, pois nenhum dos experimentados logrou fazer esquecer a prata da casa, antes pelo contrário. Não é que discordemos da utilização desses elementos estranhos duma forma radical, pois sabemos até quão proveitosa ela pode ser na análise das faculdades dum provável novo recruto (...) a equipa perdeu a coesão de que vinha dando mostras (...) Por parte dos alvinegros há a destacar o trabalho certo e seguro de VASCO, a calma e utilidade de WILSON, a regularidade de LOZANO, BARNABÉ, ORLANDO, EDERLINDO e ANTÓNIO PEDRO e a vivacidade e espirito de sacrificio de ANACLETO (...) Dos elementos em experiência, OLIVEIRA, o defesa esquerdo foi o que mostrou melhores aptidões.


# CALDAS SPORT CLUBE, 1 - GRUPO DESPORTIVO DE TORRES NOVAS, 3 (05 de Abril de 1953).

O Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 12 de Abril de 1953, comentava este segundo jogo, da «TAÇA CENTRO», da seguinte maneira:

CAMPO DA MATA, CALDAS DA RAINHA,

ÁRBITRO: AMÉRICO SANTOS,

CALDAS: LOZANO; VASCO e LEANDRO; EDERLINDO, GUILHERME WILSON e ANTÓNIO PEDRO; BARNABÉ MORROS, JANEIRO, ANACLETO, ORLANDO e DUARTE (emprestado pelo CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"). TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

TORRES NOVAS: MARTINS; CUNHA e JOÃO; JORDÃO, MATOS II e MATOS I; FRAZÃO, GILBERTO, VALENTIM, VIRIATO e LEONEL.

O CALDAS foi o 1.º a marcar aos 6 minutos do 2.º tempo por intermédio de JANEIRO que recebendo um passe de ANACLETO teve um potente «tiro» do limite da grande área que levou a bola a colar-se ás malhas.

8 minutos decorridos os visitantes obteem o seu 1.º tento, por VIRIATO a passe de FRAZÃO.

No minuto seguinte, LEONEL aproveitando uma indecisão do defesa VASCO pôs a sua equipa em vencedora.

Aos 21 minutos o n.º 8 visitante [GILBERTO] obtem o 3.º tento para a sua turma e fazendo o resultado com que terminou a partida.

O CALDAS nos últimos 15 minutos bem procurou modificar o resultado mas a defesa visitante aliada á ineficácia de ANACLETO que perdeu 2 golos certos, frustou-lhe os intentos.

De salientar a vitória do último, na nossa cidade, batendo o CALDAS adversário que esta época ainda não tinha sido vencido no seu campo em encontros oficiais. Os atacantes CALDENSES em tarde manifestamente infeliz, privaram o seu clube de um resultado mais compatível com as suas aspirações, dando margem a que o TORRES NOVAS vencesse de convincente maneira. A partida técnicamente foi fraca, embora o grupo visitante nos desse em certos periodos do 2.º tempo, algumas imagens de bom futebol. No declinar da partida o CALDAS bem procurou modificar o resultado mas os seus avançados e principalmente ANACLETO, perderam excelentes oportunidades de golo feito (...) os CALDENSES voltaram a fazer uma má partida, e desta sem a atenuante apontada no Domingo passado - o caso dos dois interiores em experiência [MÁRIO E MONIZ], pois o único elemento estranho à equipa que dela fez parte foi o extremo esquerdo DUARTE figura de futebolista mais que conhecida e portanto de uma categoria técnica à prova de quaisquer reservas.

Antes do inicio do encontro os jogadores visitantes deram uma volta ao Campo transportando as bandeiras das duas colectividades, o que o público devidamente apreciou, e com eles entrou também um jovem canideo que os acompanhou na volta ao recinto, o que para muitos dos assistentes foi considerado de bom augúrio pois sempre que isso tem acontecido a vitória tem bafejado os da casa. No fim do desafio algum comentou: - Afinal aquele cão não era o do costume!...

Também é hábito (...) a quinze minutos do fim lançar um morteiro para advertir os jogadores de que entraram no último quarto de hora. Pois o de Domingo passado subiu, subiu, mas não se houviu. Desabafo dum DIRECTOR DO CALDAS: - Até o foguete foi chôcho...


# CALDAS SPORT CLUBE, 1 - GRUPO UNIÃO SPORT DE MONTEMOR-O-NOVO, 1 (12 de Abril de 1953).

Na sua edição de 19 de Abril de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas" analisava este terceiro jogo a contar para a «TAÇA DO CENTRO», da seguinte forma:

ÁRBITRO: RAUL FILIPE,

CALDAS: LOZANO; VASCO e ALEIXO; EDERLINDO, GUILHERME WILSON e ANTÓNIO PEDRO; BARNABÉ MORROS; JANEIRO e ANACLETO, PASCOAL (BARRETO, júnior do CALDAS SPORT CLUBE) e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

UNIÃO SPORT: JOSÉ LUIS; AMARO e SARRAZOLA; MUÑOZ, RITA e CARMO; BENJE, QUIM, PASCOAL, CAMACHO e CLARO.

As oportunidades de golo surgidas na 1.ª parte foram muito escassas, terminando o 1.º tempo com o marcador 0-0.

No 2.º tempo, só aos 40 minutos surgiu o 1.º tento da partida. CAMACHO de posse do esférico dominou VASCO e acto continuo cruzou jogo para o centro do terreno e CLARO oportuno meteu a cabeça à bola enfiando-a nas redes de LOZANO, perante o espanto deste que ficou pregado á baliza, não interceptando o cruzamento. Nos derradeiros segundos o CALDAS empatou. ANACLETO, rápido, surgiu inesperadamente a uma bola que ia a passar rente ao poste, dando assim finalidade a uma jogada de insistência de JANEIRO que levou a melhor sobre o defesa SARRAZOLA rematando fraco mas de modo que o guardião de MONTEMOR só pôde desviar a trajectória da bola.

O CALDAS que em dois encontros seguidos, perdeu 3 pontos no seu campo, comprometeu seriamente as suas aspirações, sendo-lhe até muito dificil, visto ter encontros da 2.ª volta no campo do adversário, classificar-se nos lugares de honra.


# CALDAS SPORT CLUBE, 4 - GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE, 0 (19 de Abril de 1953).

O Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 26 de Abril de 1953, comentava este quarto jogo a contar para a «TAÇA DO CENTRO», da seguinte forma:

ÁRBITRO: EVARISTO SILVA, de LEIRIA,

CALDAS: LOZANO; VASCO e VASSALO (emprestado pelo CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"); ANTÓNIO PEDRO, GUILHERME WILSON e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS, JANEIRO, NEVES, ORLANDO e DUARTE (emprestado pelo CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"). TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

PENICHE: OLIVEIRA MARTINS (emprestado pelo SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, depois substituído por CHALICA); CORREIA DA SILVA e BARATA; ANÍBAL, CONSTÂNCIO e JOSÉ DA COSTA; BRÁS (depois BRUNO), NASCIMENTO, BRUNO (depois RANGEL), TABORDA e FLORIANO.

Resultado da 1.ª parte: 4-0.

MARCADORES: Aos 4 minutos do primeiro tempo, NEVES aproveitando uma hesitação da defesa do PENICHE, apanhou a bola em excelentes condições e cedeu-a acto contínuo a ORLANDO que verificando a impossibilidade de êxito, em virtude da sua posição de remate ser de ângulo dificil, a passou com o calcanhar a BARNABÉ que vinha em corrida, obtendo este jogador um tento de lindo efeito.

Passados 8 minutos, JANEIRO a meio campo passou a BARNABÉ, que centrou para NEVES, rematando este prontamente. 

Aos 29 minutos o mesmo jogador [NEVES] dominou o defesa à sua guarda e rematou às redes, fazendo um tento inesperado. 

Aos 40 minutos, ORLANDO rematou, mas o guardião de PENICHE não blocou com segurança, permitindo que BARNABÉ fizesse a recarga vitoriosa.

No segundo tempo, o PENICHE bem procurou modificar o resultado mas não o conseguiu, sendo o resultado final, portanto, de 4-0 a favor dos CALDENSES.


# GINÁSIO DESPORTIVO DE ALCOBAÇA, 2 - CALDAS SPORT CLUBE, 0 (26 de Abril de 1953).

Na sua edição de 03 de Maio de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas", comentava este quinto jogo da «TAÇA DO CENTRO», da seguinte maneira:

JOGO NO PARQUE MUNICIPAL DE ALCOBAÇA, sob a direcção de BRAGA BARROS,

ALCOBAÇA: HERNANI; MORGADO, AIRES (SISMEIRO) e CAPITÃO; JOÃO SILVA e COELHO; GAVIÃO, HUGO, ARTUR, ANTÓNIO MARIA e MANUELITO.

CALDAS: LOZANO; VASCO, ANACLETO e EVARISTO; ARMANDO COELHO (moçambicano) e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS (NEVES), JANEIRO, NEVES, PASCOAL, ANTÓNIO PEDRO e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Aos 21 minutos, 1.º tento por ARTUR, que batendo ANACLETO, correu para a balisa sem oposição, e frente a LOZANO rematou para o melhor sítio.

E aos 56 minutos o segundo, por HUGO, que finalizou rápido um centro da direita bem calculado.

Nos primeiros momentos os grupos mantiveram certo equilibrio, mas logo que o avançado centro do GINÁSIO começou a ganhar o despique com o defesa central do CALDAS, o jogo passou a pender mais insistentemente para o meio campo destes, e nessa toada se desenvolveu até quase ao fim do desafio pois só nos dez minutos finais os CALDENSES puderam sacudir a pressão do adversário e acercar-se da sua balisa com certa regularidade e perigo.


# SPORT CLUBE SCALABITANO «OS LEÕES», 1 - CALDAS SPORT CLUBE, 0 (03 de Maio de 1953).

Na sua edição de 10 de Maio de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas" comentava este sexto jogo da «TAÇA DO CENTRO», da seguinte maneira:

JOGO NO CAMPO DOS LEÕES, em SANTARÉM,

«LEÕES»: FEVEREIRO; LEONETO, FERREIRA e JUVENAL; LEÇA e RODRIGUES; LIMA, GARNACHO (CHOLO), JOÃO, CASTANHEIRA e PACHECO.

CALDAS: LOZANO (LOURO); VASCO, ARMANDO COELHO e OLIVEIRA; ANTÓNIO PEDRO e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS, JANEIRO, ANACLETO (NEVES e BARRETO), ORLANDO e PASCOAL. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Em SANTARÉM, o CALDAS foi perder pela tangente. Pelo que nos informaram a defesa caldense actuou em grande plano com maior destaque para o novo recruta do clube, o moçambicano ARMANDO COELHO. Mais uma vez o ataque CALDENSE teve actuação discreta, demonstrando o seu conjunto uma nitida quebra de faculdades, que se tem que aceitar devido às experiências de alguns novos elementos, entre os quais um vindo dos júniores [BARRETO] (...) O único golo da partida, [foi] alcançado aos 22 minutos por PACHECO com um potente e inesperado remate que LOZANO não pode deter apesar da sua magnífica estirada.


# GRUPO DESPORTIVO DE TORRES NOVAS, 4 - CALDAS SPORT CLUBE, 3 (10 de Maio de 1953).

O Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 15 de Maio de 1953, titulava este sétimo jogo da «TAÇA DO CENTRO», da seguinte forma: A Caravana CALDENSE foi recebida na Câmara Municipal. E continuava a análise a este encontro, assim:

CAMPO DO TORRES NOVAS,

ÁRBITRO: FREITAS MAIA,

TORRES NOVAS: NUNES; CAMPO II, ZECA e ANICETO; JOÃO e MATOS I; FRAZÃO, VALENTIM (JOÃO MARIA), GALAZ (JOÃO ANTÓNIO), VIRIATO e LEONEL.

CALDAS: LOZANO; VASCO, ARMANDO COELHO e OLIVEIRA; ANTÓNIO PEDRO e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS, JANEIRO, NEVES, ANACLETO e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Na partida realizada em TORRES NOVAS, o CALDAS fazendo uma exibição que há muito os seus adeptos não estavam habituados a ver, perdeu ingloriamente um jogo provocado em grande parte por uma arbitragem deficientissima do juiz de campo Sr. FREITAS MAIA. Os CALDENSES, que tiveram a vencer por 3-0, tiveram na segunda parte que sucumbir perante a maior vontade do grupo da casa que beneficiados por uma arbitragem infeliz, puderam construir o triunfo nos ultimos minutos da partida com um golo, de grande penalidade nunca existente.


# GRUPO UNIÃO SPORT DE MONTEMOR-O-NOVO, 2 - CALDAS SPORT CLUBE, 2 (24 de Maio de 1953).

Na sua edição de 31 de Maio de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas" analisava este oitavo jogo da chamada «TAÇA DO CENTRO», da seguinte forma:

JOGO EM MONTEMOR-O-NOVO no CAMPO 1.º DE MAIO sob a direcção de MADEIRA ROCHA, de ÉVORA.

UNIÃO: JOSÉ LUIS; SALGUEIRO (REIS), RITA e CLARO; MUÑOZ e PAULO; BENJE (CARNEIRO), QUIM, BALBINO (BENJE), PASCOAL e CARMO.

CALDAS: LOZANO (LOURO); ALEIXO (VASCO), VASCO (ANTÓNIO PEDRO) e OLIVEIRA; ANTÓNIO PEDRO (ALEIXO) e EDERLINDO; BARRETO (ANACLETO), JANEIRO (ARMANDO COELHO), ANACLETO (JANEIRO), ORLANDO e BARNABÉ MORROS. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Aos 19 m. 1.º tento dos locais; marcado pelo defesa central VASCO nas próprias balisas ao pretender fazer um passe ao seu guarda redes.

Aos 25 m. 2.º tento dos visitantes por PASCOAL.

Aos 42 m. 1.º golo dos CALDENSES por PAULO nas próprias balisas. Jogada perfeitamente igual à de VASCO de que resultou o 1.º ponto da partida.

Aos 89 m. 2.º tento dos CALDENSES por ORLANDO com um magnifico remate à entrada da grande área.

Para as pessoas mais exigentes o encontro não teve grandes primores (...) e atendendo especialmente às circunstâncias em que foi disputado, uma temperatura sufocante, podemos considerá-lo de bom nível, melhor até do que seria exigível.


# GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE, 0 - CALDAS SPORT CLUBE, 1 (04 de Junho de 1953).

O Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 21 de Junho de 1953, comentava este nono encontro da «TAÇA DO CENTRO», da seguinte maneira:

JOGO EM PENICHE sob a direcção de BRAGA BARROS.

PENICHE: OLIVEIRA MARTINS; CORREIA, CONSTANCIO e BARATA; ANIBAL e JOSÉ DA COSTA; LAMURIAS, NASCIMENTO, RANGEL, BRUNO e FLORIANO.

CALDAS: LOZANO; VASCO, ARMANDO COELHO e OLIVEIRA; JOSÉ LUIS e ALEIXO; BARNABÉ MORROS, ANTÓNIO PEDRO, ANACLETO (NEVES), ORLANDO e JANEIRO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

O único golo da partida foi marcado aos 14 m. por ANACLETO a finalisar uma das poucas jogadas bem ordenados havidos no desafio.


# CALDAS SPORT CLUBE, 3 - GINÁSIO DESPORTIVO DE ALCOBAÇA, 1 (07 de Junho de 1953).

O Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 21 de Junho de 1953, analisava este décimo encontro da «TAÇA DO CENTRO», da seguinte forma:

CALDAS: LOURO; VASCO, ARMANDO COELHO e OLIVEIRA; ALEIXO e EDERLINDO, BARNABÉ MORROS, ANTÓNIO PEDRO, ANACLETO (NEVES), ORLANDO e JANEIRO. TREINADOR: LOZANO.

ALCOBAÇA: HERNANI; MORGADO, AIRES e SISMEIRO, JOÃO SILVA e COELHO; GAVIÃO (MÁRIO), HUGO, ARTUR, MANUELITO e FERNANDO (GAVIÃO).

Aos 19 m. 1.º tento por ORLANDO.

Aos 22 m. 1-1 por ARTUR que nos pareceu em posição de fora de jogo.

Aos 59 m., 2-1 por BARNABÉ depois de uma série de remates que os defensores visitantes haviam milagrosamente conseguido deter.

Aos 87 m, 3-1 por ANTÓNIO PEDRO de grande penalidade que os jogadores alcobacenses contestaram de forma reprovável.

[Com este resultado terminou a TAÇA DO CENTRO] com a vitória dos «LEÕES» DE SANTARÉM, prova que fez movimentar 6 clubes pertencentes aos distritos de LEIRIA, SANTARÉM e ÉVORA. Os lugares de honra, além dos «LEÕES» DE SANTARÉM, que ficaram na posse do magnifico troféu, foram ocupados pelo TORRES NOVAS que ganhou a TAÇA «CAPRISTANO» e pelo CALDAS SPORT CLUB que obteve a TAÇA «FERNANDO JÁCOME».