Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

2.ª Divisão (Zona Norte) - Época 1959/1960 - 2.ª volta

# 14.ª Jornada: CALDAS, 1 - ACADÉMICO DE VISEU, 1 (10 de Janeiro de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 11 de Janeiro de 1960, titulava-se: "O trabalho da defesa visitante justificou o resultado".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Eduardo Gouveia, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; João Resende, Amaro e Rogério; Vasco Oliveira e António Pedro, Orlando, Romeu, González, Bambo e Cardoso. Treinador: József Szabó.

ACADÉMICO FUTEBOL CLUBE (DE VISEU): Hélder; Mário, Silvino e Aniceto; Martin Ortega (Espanhol) e Sebastião; Amaro, Franco, Vaz, Orlando e Quintino. Treinador: Josef Fabian.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): ...A primeira parte decorreu em toada algo monótona com as duas turmas a estudarem-se mutuamente procurando jogar bem, sim, mas sem velocidade e sem garra...Apenas aos 18 minutos, uma boa jogada de António Pedro foi finalizada com um remate que parecia destinado a golo, mas a bola bateu na trave e acabou por sair para fora...Na segunda parte, o ataque caldense começou a jogar melhor e com mais rapidez e, aos 6 minutos (51 minutos), os locais obtiveram o seu golo com um pontapé fortíssimo de GONZÁLEZ que Hélder foi impotente para deter. Passados 6 minutos, o mesmo Gonzalez na marcação de um livre rematou com violência à barra e a recarga de António Pedro permitiu que o guardião visitante defendesse com grande brilho. O jogo ganhou, então, maior animação pois os viseenses começaram a procurar o empate e conseguiram-no aos 20 minutos (65 minutos) com um golo de ORLANDO [do Académico], que finalizou da melhor maneira uma grande confusão na grande área dos locais...O resultado acabou por estar certo. Embora os caldenses tivessem tido mais oportunidades de golo [e]...não foram perdidas pela chamada falta de sorte, mas sim por carência absoluta de cabeça e perícia. Na equipa local, que voltou a ter grandes dificuldades no seu campo, destacaram-se: António Pedro, Vasco Oliveira, Romeu, Cardoso e Bambo.


# 15.ª Jornada: CALDAS, 3 - SANJOANENSE, 1 (17 de Janeiro de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 18 de Janeiro de 1960, titulava-se: "Jogo agradável e vencedor certo".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Viriato Maximiano, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Djalma (ex: Sport Lisboa e Benfica-reservas), González e João Resende; Vasco Oliveira e António Pedro; Janita, Romeu, Bambo, Pittolo e Cardoso. Treinador: József Szabó.

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA SANJOANENSE: Ramiro; Juca, Alvarez e Palmeiro; Nélson e Rodrigues, Grilo, Macedo, Medina, Gomes e Silva. Treinador: António Rosato.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Contra o que seria de esperar, os visitantes iniciaram o encontro em toada e franco ataque e esta táctica pareceu surpreender um tanto a equipa local...[que] com o decorrer do tempo...foi-se impondo e com toda a naturalidade, marcaram o primeiro golo...[que aconteceu] aos 35 minutos. Ramiro executou um pontapé de baliza tentando, como é costume, passar a bola ao seu defesa para este a devolver. CARDOSO, no entanto, conseguiu apoderar-se da bola e atirou-a de ângulo difícil, para as redes desertas, fazendo assim o 1.º tento da partida. Cinco minutos depois, uma jogada de insistência de Janita colocou a bola á frente de ROMEU, que, em corrida, desferiu pontapé fortíssimo e estava feito o 2.º golo. Na segunda parte, os visitantes entraram, novamente, de rompante, tentando reduzir a desvantagem e, desta vez, foram mais felizes, pois conseguiram-no aos 11 minutos (56 minutos): centro comprido da direita encontrou MACEDO livre de adversários em frente da baliza caldense. O interior visitante sem parar a bola, rematou e bateu Vítor sem remissão. A partir desta altura o jogo ganhou ainda mais animação com os visitados, procurando o golo que lhes daria a tranquilidade e os visitantes tentando o golo que lhes daria o empate...[mas apareceu, isso sim, o terceiro golo para o Caldas] aos 30 minutos (75 minutos), quando JANITA levou a melhor em luta com Alvarez, correndo para a linha de cabeceira. Quanto tudo fazia esperar um centro, o dianteiro caldense resolveu tentar a sua sorte atirando à baliza. O guarda-redes visitante, surpreendido pela trajectória da bola, viu esta passar-lhe por cima acabando por bater no poste contrário, antes de se anichar nas redes...A equipa da casa que actuou desta vez com todos os jogadores nos seus respectivos lugares fez uma exibição que esteve mais de harmonia com as suas possibilidades. Distinguiram-se: González, João Resende, Vasco Oliveira, Cardoso e Janita.


A Equipa que ganhou à Sanjoanense, no Campo
da Mata. Em pé, da esquerda para a direita:
Aurélio (guarda-redes suplente); Djalma; João
Resende; Vasco Oliveira; António Pedro; González
e Vítor. Em baixo, pela mesma ordem: Romeu;
Cardoso; Janita; Bambo e Pittolo.


# 16.ª Jornada: ESPINHO, 2 - CALDAS, 0 (24 de Janeiro de 1960).

Na crónica do jornalista João Gomes, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 25 de Janeiro de 1960, titulava-se: "Ampla supremacia dos tigres da Costa Verde".

Campo da Avenida, em Espinho, tarde muito ventosa,

Árbitro: Francisco Silva, do Porto,

SPORTING CLUBE DE ESPINHO: Varela; Padrão, Walter Brandão e Alberto; Adriano e Alcobia; Loureiro, Pinho, Wladimiro, Bouçon e Luciano. Treinador: António Reis.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, González e João Resende; Djalma e António Pedro, Lenine, Romeu, Janita, Júlio [refere-se ao jogador argentino Pittolo] e Cardoso. Treinador: József Szabó.

Golos aos 24 minutos e aos 36 minutos, marcados por BOUÇON, a centro de Pinho, e por WLADIMIRO, também a centro do seu extremo-direito (Pinho).


CRÓNICA DE JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Na primeira parte, beneficiando dos favores do vento, os locais imprimiram grande velocidade ao jogo e impuseram-se nitidamente. No segundo tempo, quando se aguardava que os caldenses por seu turno, a beneficiarem do vento, se lançassem ao ataque, tal não aconteceu, sendo o Espinho quem manteve o comando do jogo e prosseguiu dominando...Só nos últimos 15 minutos os forasteiros procuraram reagir, mas o seu jogo miudinho permitia a recuperação dos defesas locais...No Caldas , João Resende, González, António Pedro e Lenine estiveram em evidência.


# 17.ª Jornada: CALDAS, 2 - PENICHE, 1 (07 de Fevereiro de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, correspondente, nas Caldas da Rainha, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 08 de Fevereiro de 1960, titulava-se: "Um justo vencedor e um excelente vencido".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Hermínio Soares, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; João Resende, González e Anacleto; Orlando e António Pedro, Romeu, Pittolo, Janita, Bambo e Cardoso. Treinador: József Szabó.

GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE: Alexandre; António Maria, Varela e Tito, Arturo e Aníbal; Correia Dias, Carapinha, Gonçalves, Duarte e Rogério. Treinador/Jogador: Ricardo Perez.


CRÓNICA DE JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Desde a bola de saída se notou que as duas equipas tinham entrado no terreno com o pensamento posto unicamente na vitória final...Embora usando sistemas de jogo diferentes, passes compridos os extremos com centros rápidos a pedir o remate final, por parte do Peniche e jogo «mais miúdo», com passes certos e procurando de preferência a infiltração pelo centro do terreno, por parte do Caldas, o domínio territorial repartiu-se...até nas oportunidades de golo...Apenas em golos feitos o Caldas teve vantagem. Aos 22 minutos, uma jogada de insistência de Cardoso proporcionou um passe a ROMEU, que rematando de ângulo bastante fechado fez o primeiro golo do Caldas. Aos 33 minutos, uma prisão de pés ao avançado-centro do Peniche na grande área caldense foi castigado com a respectiva grande penalidade, que CORREIA DIAS converteu no golo do empate. dez minutos volvidos, novo castigo máximo, desta vez contra os visitantes, por «mão» de um seu defesa. JOÃO RESENDE, encarregado de marcar o castigo, estabeleceu o resultado final. Distinguiram-se no Caldas: Pittolo, o melhor jogador no terreno, Vítor, João Resende e António Pedro.


# 18.ª Jornada: MARINHENSE, 1 - CALDAS, 0 (14 de Fevereiro de 1960).

Na crónica do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 15 de Fevereiro de 1960, titulava-se: "Num jogo emocionante os locais foram superiores".

Campo da Portela, na Marinha Grande,

ATLÉTICO CLUBE MARINHENSE: Serrano; Santos, Zeca e Remígio (ex: Farense); Malveira e Reis, Chino, Jacinto, Isidro, Carapinha e Armando (Caboverdiano e ex: Farense). Treinador: Julinho.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; João Resende, González e Anacleto; Orlando e António Pedro; Romeu, Pittolo, Janita, Cordeiro e Cardoso. Treinador: József Szabó.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Este encontro que era aguardado com justificado interesse devido à rivalidade existente e à pretensão que os dois clubes têm na prova foi emotivo e agradou...As ocasiões de golo surgiram com frequência mas a defesa visitante, fechando muito bem a sua baliza e a falta de sorte nalguns lances impediram os locais de justificarem o seu domínio em tentos. Iam decorridos 18 minutos quando Isidro teve uma jogada pelo lado direito culminada com um centro primoroso. JACINTO no centro do terreno, lançando-se em voo, marcou de cabeça um excelente golo que viria a ser o único do encontro e da vitória da sua equipa...[Este golo fez] com que a desorientação se apossasse dos visitantes que apenas se limitavam a defender e a contra-atacar esporadicamente, mas sem perigo, e com a nota lamentável de procurarem o adversário em vez da bola e a levarem o encontro para a dureza, dando azo até que João Resende fosse expulso aos 40 minutos. No segundo tempo...[os] visitantes [procuraram] equilibrar a partida, o que por vezes lograram. Mas foram ainda os marinhenses que tiveram as melhores oportunidades de marcar...


# 19.ª Jornada: CALDAS, 5 - U. COIMBRA, 1 (21 de Fevereiro de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 22 de Fevereiro de 1960, titulava-se: "...E a diferença poderia ser ainda maior".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Raúl Martins, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Rogério, González e Anacleto; Orlando e António Pedro, Lenine, Pittolo, Janita, Romeu e Cardoso. Treinador: József Szabó.

CLUBE DE FUTEBOL UNIÃO DE COIMBRA: Rogério; Luz, Juan Callichio e Cordeiro; Zeferino e Zeca, Picareta, Matiota, Betinho, Vieira e Costa. Treinador/Jogador: Juan Callichio.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O Caldas entrou a jogar em grande estilo, com rápidas e magníficas trocas de bolas, entre os seus avançados...O marcador começou a funcionar aos 20 minutos, quando numa magnífica jogada de Cardoso proporcionou a LENINE o remate vitorioso. Dois minutos depois, JANITA aproveitou uma bola repelida por Cordeiro, em cima do risco de baliza para elevar a marca para 2-0...No segundo tempo, a equipa local entrou a jogar com mais vagares, e disso se aproveitaram os visitantes para tentarem equilibrar a partida. Callichio foi expulso por agressão ao seu compatriota González e como consequência, o União quebrou novamente, enquanto o Caldas crescia...Aos 22 minutos (67 minutos), PITTOLO rematou de longe e obteve o 3.º golo, com culpas para Rogério. Aos 28 minutos (/3 minutos) LENINE alcançou o 4.º golo e, dois minutos volvidos JANITA aproveitando um percalço de Rogério, numa defesa a remate de Bitollo fez o 5.º tento. Os visitantes puderam reduzir depois a diferença, por intermédio de VIEIRA, aos 43 minutos (88 minutos). O Caldas realizou exibição de nível muito aceitável parecendo estar a melhorar de «forma»...


# 20.ª Jornada: VILA REAL, 2 - CALDAS, 0 (06 de Março de 1960).

Na crónica do jornalista Filinto Oliveira Baptista, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 07 de Março de 1960, titulava-se: "Ângelo e a força de vontade dos locais ditaram o resultado".

Campo Monte da Forca, em Vila Real,

Árbitro: Francisco Guerra, do Porto,

SPORT CLUBE VILA REAL: Vítor Cabral; Platas, Ângelo e Quim; Bibelino e Domingo Garófalo, Matos, Avelino, Tomé, Castanheira «capitão» e Guilherme. Treinador/Jogador: Domingo Garófalo.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Rogério, Gonzalez e Anacleto; Orlando e António Pedro «capitão», Lenine, Júlio, Janita, Romeu e Cardoso. Treinador: József Szabó.

Ao intervalo: 0-0. Golos de ÂNGELO, aos 63 e 83 minutos.

Antes do encontro Castanheira entregou a António Pedro um galhardete do Sport Clube Vila Real, comemorando a primeira visita do Caldas a esta cidade. As equipas alinharam nos seus respectivos lugares e foi guardado um minuto de silêncio pela vítimas [do terramoto, ocorrido em 29 de Fevereiro de 1960] de Agadir (Marrocos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Nesta primeira parte, os visitantes dominaram com passes perfeitos e bem medidos mas os seus dianteiros perderam-se na zona de tiro...Na segunda parte o Vila Real...começou a jogar com «alma» invulgar [o que os levou à vitória]...Júlio, Janita, Romeu e Gonzalez foram os melhores do Caldas.


# 21.ª Jornada: CALDAS, 1 - BEIRA-MAR, 1 (13 de Março de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 14 de Março de 1960, titulava-se: "A sorte do jogo esteve com os visitantes".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Maximino Afonso,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Djalma; Gonzalez e Anacleto; Orlando e António Pedro; Lenine, Pittolo, Janita, Romeu e Cardoso. Treinador: József Szabó.

SPORT CLUBE BEIRA-MAR: Violas; Pastorinha, Liberal e Evaristo; Marçal e Hassan-Ali; Correia, Laranjeira, Raimundo, Mota e Calixto. Treinador: Anselmo Pisa.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A equipa local podia ter conseguido na 1.ª parte, um resultado suficientemente amplo que a pusesse a coberto de qualquer surpresa, mas a falta de sorte e a bem organizada defesa visitante, evitaram que isso acontecesse. [Depois de duas bolas à trave, aos 13 minutos por González e aos 22 minutos por Romeu, além de três defesas magistrais do guarda-redes Violas]...O golo que o Caldas de há muito vinha a merecer surgiu aos 30 minutos, apontado com muita visão por LENINE...Na segunda parte...os locais continuaram a comandar a partida, de tal modo que só aos 20 minutos (65 minutos) Vítor foi obrigado a intervir. Mas aos seus jogadores faltou...a garra e a velocidade manifestados no 1.º tempo...E [os aveirenses], no quarto de hora final, começaram a assediar com mais frequência as balizas caldenses. Os seus esforços foram coroados de êxito, pois aos 40 minutos (85 minutos), Vítor entrou em falta sobre Correia dentro da grande área e a respectiva grande penalidade bem marcada por MARÇAL deu-lhes o golo do empate. Nos minutos finais, o Caldas procurou com afinco, mas atabalhoadamente, o tento da vitória mas a defesa visitante não o consentiu.


# 22.ª Jornada: OLIVEIRENSE, 2 - CALDAS, 3 (20 de Março de 1960).

Na crónica do jornalista Francisco Landureza, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 21 de Março de 1960, titulava-se: "A equipa local teve o pássaro na mão e deixou-o fugir".

Campo Carlos Osório, em Oliveira de Azeméis,

Árbitro: Costa Martins, do Porto,

UNIÃO DESPORTIVA OLIVEIRENSE: Ferdinando; Pinho I, Pinho II e Armando; Júlio Pinto e André; Martins; Valente, Santos I, Celso e Santos II. Treinador: Pintos Rey.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Djalma, González e Anacleto; Orlando e António Pedro; Lenine, João Resende, Garnacho, Romeu e Cardoso. Treinador: József Szabó.

Ao intervalo: 2-0 a favor dos locais. Aos 21 minutos, SANTOS I abriu o activo e, aos 40 minutos, JULIO PINTO obteve o 2.º golo. No segundo tempo, aos 21 minutos (66 minutos), GONZÁLEZ reduziu a diferença para 1-2, e aos 29 minutos (74 minutos) e 40 minutos (85 minutos), ROMEU, (que marcou os dois golos da reviravolta) fixou o resultado em 2-3.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Os caldenses...saíram totalmente errados [ao intervalo perdiam por 2-0], pois a turma de Jozé Sezabo (o nome «aportuguesado» como ficou conhecido), com a desvantagem no marcador, longe de perder o norte, procurou disciplinar a sua manobra com António Pedro mais adiantado no terreno a organizar lances práticos, fazendo a equipa subir de poder e agressividade. Os golos dos forasteiros começaram a surgir como consequência lógica disso...a vitória dos caldenses aceita-se como corolário do seu labor no terreno, mas o empate não escandalizaria.


# 23.ª Jornada: CALDAS, 4 - VIANENSE, 0 (03 de Abril de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 04 de Abril de 1960, titulava-se: "Superioridade técnica da equipa visitante".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Jaime Pires, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, González e Anacleto; Amaro e Orlando; Lenine, João Resende, Garnacho, António Pedro e Cardoso. Treinador: József Szabó.

SPORT CLUBE VIANENSE: Desidério; Neto, Daniel Szabó e Pinho; Gonçalves e Gerardo; Lutero, János Hrotkó, Gelucho, Barros e Casimiro. Treinador/Jogador: János Hrotkó.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): [Num jogo que, curiosamente, opôs o pai, József Szabó do Caldas, ao filho, Daniel Szabó, do Vianense (que mais tarde, infelizmente, viria a morrer em Angola, no decurso da Guerra Colonial)]...Cedo começaram os remates á baliza de Desidério, como consequência do maior domínio caldense...O primeiro golo dos caldenses, corolário lógico da sua superioridade, surgiu aos 15 minutos, em recarga a uma bola largada por Desidério...[mas] foram os visitantes que perderam as melhores oportunidades falhadas...Na segunda parte, o melhor jogo caldense manteve-se e, aos 5 minutos (50 minutos), GARNACHO, a passe de Lenine, marcou o segundo golo...[numa jogada individual] veio a surgir o terceiro golo caldense, marcado por CARDOSO, aos 34 minutos (79 minutos). Quatro minutos depois (83 minutos), António Pedro foi carregado pelas costas dentro da grande área e a respectiva grande penalidade foi convertida por JOÃO RESENDE, fixando assim o resultado. A vitória do Caldas aceita-se sem relutância, pois a sua superioridade técnica foi evidente durante todo o encontro...apesar da defesa caldense ter revelado desta vez, certa vulnerabilidade, que não lhe é habitual.


# 24.ª Jornada: CALDAS, 2 - SALGUEIROS, 0 (10 de Abril de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 11 de Abril de 1960, titulava-se: "Vitória difícil mas justa".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: João Banheiro, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, González e Anacleto; Amaro e Orlando; Lenine, João Resende, Garnacho, António Pedro e Cardoso. Treinador: József Szabó.

SPORT COMÉRCIO E SALGUEIROS: Adelino; Geninho, Gabriel e Arnaldo; Lopez e Chau; Lalo, Silva Pereira, Edgar, Chico e Benje. Treinador: Artur Baeta.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Antes do encontro transmitiu-se pelos alti-falantes uma mensagem de saudação à equipa visitante pelo seu regresso à 1.ª Divisão [viria a ser o 1.º Classificado desta 2.ª Divisão - Zona Norte] e à sua entrada no terreno o Salgueiros foi recebido com uma prolongada ovação...O primeiro momento de emoção só surgiu quando faltavam dois minutos para o intervalo (43 minutos). Garnacho fez passar a bola por cima de Adelino, e quando o esférico se encaminhava para a baliza foi repelida por Gabriel, perdendo João Resende a recarga por rematar por alto...[O primeiro golo do Caldas só surgiu na segunda parte por intermédio do argentino GONZÁLEZ, que trocando de posição com João Resende, rematou de cabeça, com êxito, aos 70 minutos, num canto marcado por Lenine] Depois do golo, González trocou de novo com JOÃO RESENDE, e, foi este jogador que marcou o segundo golo do Caldas, rematando também de cabeça um «livre» marcado por António Pedro...Não há a dizer quanto á vitória do Caldas. Ela foi justa pois que á superior valia da equipa adversária, os caldenses souberam opor com mais genica, velocidade e vontade.


# 25.ª Jornada: TORREENSE, 1 - CALDAS, 1 (15 de Maio de 1960).

Na crónica do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 16 de Maio de 1960, titulava-se: "O guardião caldense [Rita] foi a grande figura do jogo".

Campo das Covas, em Torres Vedras,

Árbitro: Manuel Amaral, de Santarém,

SPORT CLUBE UNIÃO TORREENSE: Pinheiro; Narciso II, Abílio e Mergulho; José da Costa e Humberto; Narciso I, Bernardes, Mateus, Saldanha e Bezerra. Treinador: Mariano Amaro [que tinha substituído o anterior Treinador, Armando Carneiro].

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Djalma, João Resende e Anacleto; Amaro e Orlando; Lenine, Garnacho, Gonzalez, António Pedro e Cardoso. Treinador: József Szabó.

Aos 18 minutos CARDOSO, marcou o tento do Caldas, após hesitação da defesa para reclamar «fora de jogo» que o árbitro não atendeu. E dois minutos volvidos (20 minutos), NARCISO I, numa recarga a uma defesa de Rita, empatou a partida.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): ...A atenção de Rita, com algumas intervenções arrojadas, evitou que o esférico tocasse as redes à sua guarda. Um golo fortuito, só devido a um lapso indesculpável da defesa torriense, deu origem a que os visitantes se adiantassem no marcador. No entanto os locais não acusaram a desvantagem e tiveram o prémio da sua tenacidade três minutos depois, igualando o desafio. Animados com a proeza os torrienses apareceram mais decididos ao ataque e por várias vezes tiveram o golo à vista. Todavia, apesar dos seus esforços o intervalo chegou com o resultado de 1-1. Na segunda parte houve um domínio quase total dos homens de Torres Vedras. Mas a falta de sorte, em alguns lances de baliza aberta, e ainda o trabalho exaustivo e seguro de Rita, foram barreiras intransponíveis. Os caldenses souberam guardar bem o seu reduto e muito calmos, puderam atingir o final da partida com um precioso empate que lhes pode assegurar a sua entrada na «poule» de apuramento e, talvez o seu regresso à divisão superior.


# 26.ª Jornada: CALDAS, 5 - CHAVES, 0 (29 de Maio de 1960).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 30 de Maio de 1960, titulava-se: "Brilhante exibição da equipa vencedora".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Jaime Pires, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Djalma, González e João Resende; Orlando e António Pedro; Lenine, Garnacho, Janita, Bambo e Cardoso. Treinador: József Szabó.

GRUPO DESPORTIVO DE CHAVES: Martin; Quim, Toni e Amorim; Albano e Amandio, Paulino, Luis, Rosário, Cardoso e Vasconcelos. Treinador: António Feliciano.

Aos 2 minutos, BAMBO aproveitou uma bola jogada entre Lenine e Garnacho para, a passe deste último desferir sem preparação, um remate potente que deu o 1.º golo aos locais.

Aos 34 minutos, 2-0, LENINE aproveitou um cruzamento longo de João Resende e, á boca das «redes» fuzilou Martin.

Aos 52 minutos, marcado um «livre» contra os transmontanos, JANITA apoderou-se do esférico, caminhou para as balizas contrárias e, aguardando a saída de Martin, fez a bola passar-lhe por cima aumentando a vantagem para 3-0.

Aos 70 e 83 minutos, JOÃO RESENDE marcou duas grandes penalidades, a castigar rasteira a Bambo e «mão» de Amandio, respectivamente, e as quais transformou fixando o resultado em 5-0.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Os caldenses iniciaram o encontro numa toada que surpreendeu francamente pelo elevado nível atingido. A actuação de Garnacho, magnífico de visão e oportunidade inspirou os companheiros. Não admirou, por isso, que os locais iniciassem cedo a marcação de golos e proporcionassem ao «keeper» visitante um trabalho digno dos maiores elogios. A diferença de duas bolas ao intervalo afirmava-se mesmo lisonjeira para os flavienses...No Caldas, Garnacho, António Pedro, Orlando, João Resende, Rita e Lenine tiveram actuação de maior relevo.


FIM DA SEGUNDA VOLTA E DA ÉPOCA 1959/1960.


O CALDAS SPORT CLUBE, entre 14 equipas, ficou posicionado na 3.ª posição, com 31 pontos (os mesmos do 2.º classificado, ATLÉTICO CLUBE MARINHENSE, que viria a disputar o chamado Torneio de Competência de acesso à 1.ª Divisão, não conseguindo, no entanto, a ascensão ao escalão maior do nosso futebol. O Caldas, apesar de ter um melhor "goal-average" que o clube da Marinha Grande - estes tinham 42 golos marcados e 32 sofridos - não conseguiu ficar na segunda posição, devido ao facto de no confronto directo, com o Marinhense, ter ficado em desvantagem: 0-0, no Campo da Mata - ver 5.ª Jornada, e 1-0, no Campo da Portela, para os "vidreiros" - ver 18.ª Jornada), resultado de 12 vitórias, 7 empates e 7 derrotas, tendo marcado 50 golos e sofrido 36. Tendo sido o seu melhor marcador, o jogador JANITA, com 12 golos marcados. O SPORT COMÉRCIO E SALGUEIROS foi o vencedor desta Zona Norte, tendo ascendido à 1.ª Divisão Nacional. ACADÉMICO DE VISEU, SPORTING CLUBE DE ESPINHO E SPORT CLUBE VILA REAL (este, ficando em último no Torneio de Permanência na 2.ª Divisão, que disputou com TORRIENSE - manteve-se na 2.ª Divisão, FEIRENSE - que subiu de Divisão, e VITÓRIA DE CERNACHE, que não conseguiu subir, mantendo-se na 3.ª Divisão), acabaram por descer de Divisão. 



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Taça de Portugal 1959/1960

Pela primeira vez a edição da Taça de Portugal foi disputada intercaladamente com os respectivos Campeonatos Nacionais (como já vimos, anteriormente, as eliminatórias da Taça de Portugal só se realizavam depois de terminados os Campeonatos Nacionais da 1.ª e 2.ª Divisões). Continuando a ser disputada em duas mãos. Assim, nesta Época, o Caldas Sport Clube participou, na Taça, do seguinte modo:

1.ª ELIMINATÓRIA:


1.ª Mão: OLIVEIRENSE, 2 - CALDAS, 0 (29 de Novembro de 1959).

Na crónica do jornalista Francisco Landureza, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 30 de Novembro de 1959, titulava-se: "O dobro dos golos mereciam os visitados".

Campo Carlos Osório, em Oliveira de Azeméis,

Árbitro: Celestino Barbosa, do Porto,

UNIÃO DESPORTIVA OLIVEIRENSE
: Ferdinando; Pinho I, Pinho II e Armindo; Júlio Pinto e André; Valente, Branca, Santos I, Celso e Martins. Treinador: Pintos Rey (Espanhol).

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Orlando, Amaro e Coito [refere-se ao jogador Quim, pois este chamava-se Joaquim Coito]; Vasco Oliveira e António Pedro; Romeu, Nando, Janita, Cordeiro e Cardoso. Treinador: József Szabó.

O resultado ao intervalo era de 1-0. Os Golos: Aos 8 minutos, BRANCA, bem servido por Valente, não teve dificuldades em abrir o activo; e aos 72 minutos, na transformação de uma grande penalidade, ANDRÉ fez 2-0.

CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Os fortes aguaceiros que se fizeram sentir em diversos períodos do jogo «roubaram» ao espectáculo toda a beleza emocional, porquanto os atletas, com um terreno praticamente encharcado, não puderam praticar futebol de bom quilate...Os oliveirenses ganharam jus à obtenção de mais dois ou três golos mas não se pode negar que os visitantes mereciam o «ponto de honra».


2.ª Mão: CALDAS, 2 - OLIVEIRENSE, 2 (27 de Dezembro de 1959).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 28 de Dezembro de 1959, titulava-se: "Não foi feliz a equipa da casa".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Jaime Baptista, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Aurélio; Orlando, Amaro e Anacleto; Vasco Oliveira e António Pedro; Cordeiro, Romeu, Janita, Pittolo e Cardoso. Treinador: József Szabó.

UNIÃO DESPORTIVA OLIVEIRENSE: Ferdinando; Pinho I, Pinho II e Armindo; Júlio Pinto e André, Correia, Branca, Valente, Celso e Martins. Treinador: Pintos Rey.



CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Com a desvantagem de dois golos a ideia do Caldas teria de ser a de ataque constante para conseguir anular, e suplantar depois, o seu atraso. E realmente foi assim que a equipa começou a jogar: a todo o gás procurando que o golo surgisse cedo para maior tranquilidade. Mas as suas pretensões sofreram rude golpe quando logo nas primeiras jogadas, o interior (argentino) Pittolo se lesionou, a ponto de permanecer em campo apenas para fazer número. Esta lesão teve, sem dúvida, grande influência no rendimento da equipa, pois o argentino é um dos seus mais esclarecidos jogadores...[Mas mesmo assim] o Caldas conseguiu o seu primeiro golo aos 30 minutos, por intermédio de ANTÓNIO PEDRO, que, na grande área, depois de enorme confusão, atirou para o único sítio possível. A feição do encontro manteve-se até que, aos 14 minutos da segunda parte (59 minutos), ROMEU à entrada da grande área surpreendeu o guarda-redes visitante com um pontapé forte e bem colocado fazendo o segundo tento dos locais. Anulado o atraso, a turma caldense procurou com afinco o terceiro golo, que eliminaria o seu adversário. Teve, até várias oportunidades para isso, mas todas ingloriamente perdidas. Cordeiro e Pittolo [mesmo lesionado] falharam as mais flagrantes. E contra a corrente do jogo acabou por ser a Oliveirense a marcar [primeiro] aos 29 minutos (74 minutos) por VALENTE...[e o segundo] no derradeiro minuto (89 minutos) por CORREIA...O Caldas não foi feliz neste jogo...jogou...o suficiente, para eliminar o seu adversário, pois desfrutou de bastantes ocasiões para isso [e assim ficou, prematuramente, fora da Taça de Portugal]. Curiosamente o seguinte adversário da Oliveirense, na 2.ª Eliminatória, seria o Sport Lisboa e Benfica.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

2.ª Divisão (Zona Norte) - Época 1959/1960 - 1.ª volta

Na edição de 18 de Setembro de 1959, o Jornal "Mundo Desportivo", ouviu, antes do início da nova Época, Sousa Marques, o responsável pela Secção de Futebol do Caldas Sport Clube, afirmando este que: "A boa vontade de todos nas Caldas, é uma força que nos ajudará a vencer os pontos difíceis da caminhada [para um eventual regresso à 1.ª Divisão Nacional]" 

Entretanto, já não faziam parte do plantel do Caldas, para esta Época, os seguintes jogadores: Saraiva (foi contratado pelo Sport Lisboa e Benfica); o húngaro Kóvacs (transferiu-se para o Boavista Futebol Clube); Sarrazola e Pastorinha (transferiram-se, ambos, para o Beira-Mar); Mateus (deslocou-se para o Torriense); Tomás Dantas e o outro húngaro, Löcsey Ferenc. Além do Treinador/Jogador Josef Fabian.



# 1.ª Jornada: ACADÉMICO DE VISEU, 1 - CALDAS, 3 (20 de Setembro de 1959)

No Jornal "Mundo Desportivo", na edição de 21 de Setembro de 1959, titulava-se: "Um período de desmoralização nefasto à equipa visiense".

Estádio do Fontelo, em Viseu,

ACADÉMICO FUTEBOL CLUBE (DE VISEU): Nogueira (ex: Sporting Clube de Braga); Mário, Silvino e Amadeu; Aniceto e Sebastião, Baptista, Raúl, Josef Fabian (ex: Caldas Sport Clube, que curiosamente tinha sido o Treinador dos alvinegros na época anterior), Ramiro e Orlando. Treinador/Jogador: Josef Fabian.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Amaro e Rogério; António Pedro e Orlando; João Resende, Romeu, Janita, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó (voltou a treinar o Caldas, após ter sido o seu primeiro Treinador na primeira época dos caldenses na 1.ª Divisão - 1955/1956).

Ao intervalo: 0-0.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Registou-se uma das maiores enchentes de sempre. O primeiro tempo foi disputado de igual para igual, embora com leve ascendente técnico por parte dos caldenses. Nesses primeiros quarenta e cinco minutos sem golos, os locais mostraram-se certos na defesa, oscilando contudo, no ataque, precisamente o inverso dos visitantes. Na segunda parte, o Académico principiou com maior ligação na linha dianteira, forçando a defesa caldense a aturado trabalho, o que justificou o golo espectacular de ORLANDO (do Académico), aos 50 minutos. Todavia num bem delineado contra-ataque, os visitantes obtiveram um golo de surpresa, da autoria de JANITA, igualando, aos 60 minutos, o marcador. A partir desta altura, os visitantes fraquejaram em excesso, por desmoralização e ainda pelo menor rendimento do médio Aniceto. Assim foi fácil ao Caldas obter dois golos aos 63 minutos, por intermédio de CARDOSO e ANTÓNIO PEDRO, cabendo ao guarda redes viseense muitas responsabilidades no último golo.


# 2.ª Jornada: SANJOANENSE, 1 - CALDAS, 2 (27 de Setembro de 1959).

Na crónica do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 28 de Setembro de 1959, titulava-se: "O empate estaria mais certo".

Campo Conde Dias Garcia, em São João da Madeira,

Árbitro: Cid Gomes, do Porto,

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA SANJOANENSE: Ramiro; Juca, Alvarez (Espanhol) e Almeida, Gomes e António Rosato (Argentino, que jogou no Sporting Clube da Covilhã, na 1.ª Divisão Nacional, entre 1951 e 1955); Gabriel, Flávio, Augusto, Bastos e Grilo. Treinador/Jogador: António Rosato.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Amaro e Rogério; Orlando e António Pedro; Vasco Oliveira, Romeu, Janita, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Aos 2 minutos, GABRIEL aproveitou uma excelente oportunidade que se lhe deparou para fazer o tento da Sanjoanense. A segunda parte começou praticamente com o golo da igualdade, conseguido por intermédio de ROMEU. E, a cinco minutos do final do encontro, CARDOSO alcançou o golo da vitória do Caldas, aproveitando uma hesitação da defesa local...O Caldas apesar de não ter tido exibição de vulto, valeu-se daquilo que aprendeu no Nacional da 1.ª Divisão.


# 3.ª Jornada: CALDAS, 1 - SP. ESPINHO, 1 (04 de Outubro de 1959).

Na crónica do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 05 de Outubro de 1959, titulava-se: "O guarda-redes visitante justificou o resultado".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Viriato Maximiano, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Rogério e Quim; António Pedro e Orlando; Vasco Oliveira, Romeu, Janita, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.

SPORTING CLUBE DE ESPINHO: Varela; Padrão, Alberto e Adriano; Alcobia e Resende; Pinhal, Vladimiro, Walter Brandão (foi jogador do Sporting Clube de Portugal entre 1955 e 1958), Bouçon e Silva. Treinador: António Reis.

Ao intervalo: 0-0

O resultado foi feito no segundo tempo, sendo os visitantes a abrir o activo aos 56 minutos por WALTER. Aos 77 minutos, empataram por intermédio de CARDOSO.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Logo que o encontro começou, o grupo de Espinho remeteu-se a uma defesa cerrada, fazendo recuar o seu avançado-centro Walter, para quarto defesa. Por este motivo o Caldas sentiu dificuldades em passar a ofensiva contrária, devido ao aglomerado de jogadores colocados na grande área contrária...Contudo [os espinhenses] não deixavam de replicar em rápidos contra ataques...Distinguiram-se no Caldas: Rogério, António Pedro, Anacleto e Quim.


# 4.ª Jornada: PENICHE, 2 - CALDAS, 1 (11 de Outubro de 1959).

Na crónica do jornalista Carlos Oliveira, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 12 de Outubro de 1959, titulava-se: "O empate seria o melhor desfecho".

Campo do Baluarte, em Peniche,

Árbitro: Carlos Dinis de Lisboa,

GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE: Alexandre; Milucho (Espanhol), Varela e Tito; Arturo e Lídio; Correia Dias, Ricardo Perez (Argentino, que jogou no Clube Futebol "Os Belenenses", na 1.ª Divisão Nacional, entre 1953 e 1957); Salgueiro, Duarte e Rogério. Treinador/Jogador: Ricardo Perez.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, Amaro e Anacleto, Orlando e António Pedro, Vasco Oliveira Romeu, João Resende, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.

Ao intervalo: 1-1.

CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A rivalidade existente entre as duas equipas e as credenciais do Caldas levaram ao campo numeroso público. Os primeiros minutos foram de equilíbrio. Contudo, o lance infeliz de VARELA, aos 10 minutos, introduzindo o esférico na própria baliza, contribuiu para dar ao jogo maior entusiasmo. O Caldas aproveitou alguns momentos de precipitação dos locais para criar perigo. Todavia Perez, aos 20 minutos não concretizou um livre, por o esférico ter embatido na trave. Foi então que a equipa da casa começou a encontrar-se. Reposta a igualdade por PEREZ, aos 30 minutos, até ao final o primeiro tempo às ofensivas fizeram-se alternadamente. Após o reatamento os visitados ressentiram-se do esforço despendido na primeira parte, permitindo que a equipa forasteira atacasse consecutivamente. E foi contra a corrente do jogo que Duarte, aos 60 minutos, proporcionou a SALGUEIRO a fixação do resultado. Pelo jogo desenvolvido na segunda metade, a turma caldense merecia a igualdade. Mas o reduto defensivo e a linha de médios dos locais obstaram com brilhantismo às investidas caldenses.


# 5.ª Jornada: CALDAS, 0 - MARINHENSE, 0 (18 de Outubro de 1959).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 19 de Outubro de 1959, titulava-se: "Decepcionante exibição dos ex-primodivisionários".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Rogério Melo Paiva, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Anacleto, Amaro e Quim; Vasco Oliveira e António Pedro; Romeu, Orlando, João Resende, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.

ATLÉTICO CLUBE MARINHENSE: Serrano (ex: Torriense); Zeca, Vaz (ex: Sport Lisboa e Benfica-reservas) e Pinto; Cardoso (ex: Sport Lisboa e Benfica-reservas) e Reis; Isidro (ex: Sport Lisboa e Benfica-reservas), Chino (ex: Sport Lisboa e Benfica), Jacinto (ex: Naval 1.º de Maio), Malveira (ex: Vitória de Lisboa) e Carapinha (ex-Sport Lisboa e Benfica-reservas). Treinador: Julinho.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A equipa caldense não soube aproveitar o jogo aberto que os seus adversários lhe ofereceram. Principalmente a sua linha avançada de uma ineficácia confrangedora, complicou todos os lances e facilitou assim a tarefa da defesa adversária. Houve várias oportunidades de golo é certo, talvez a maior parte perdida pelos caldenses, mas estes nem para as aproveitar mostraram talento. No último minuto, um deslize de Serrano que Chino emendou ia concedendo a vitória ao Caldas mas deve-se dizer em abono da verdade que seria uma tremenda injustiça. O jogo foi pobre de ambos os lados...O Caldas como já dissemos, fez uma exibição paupérrima. Apenas há a distinguir dois jogadores: António Pedro e Rita. A sua linha avançada, sobretudo, precisa urgentemente de jogadores resolutos no capítulo do remate.


# 6.ª Jornada: U. COIMBRA, 3 - CALDAS, 5 (25 de Outubro de 1959).

Na crónica do jornalista Amadeu Correia, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 26 de Outubro de 1959, titulava-se: "O ataque dos caldenses teve uma recuperação sensacional".

Campo da Arregaça, em Coimbra,

Árbitro: Edmundo Carvalho, de Aveiro,

CLUBE DE FUTEBOL UNIÃO DE COIMBRA: Dias; Nicolau, Severino e Candeias, Matiota e Zeca (ex: Naval 1.º de Maio); Picareta (ex: Sporting da Covilhã), Aprígio (ex: Mortágua), Juan Callichio (Argentino, que jogou no Caldas, nas Épocas 1954/1955 e 1957/1958); Orlando Vieira e Costa. Treinador/Jogador: Juan Callichio.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Anacleto, Amaro e Abel, António Pedro e Orlando, Janita, Romeu, João Resende, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A expulsão de Severino, aos 3 minutos (48 minutos) da segunda parte, quando o Caldas momentos antes, diminuíra a desvantagem para 2-3, terá influído seguramente de maneira decisiva na reacção dos visitantes que passaram a dispor de uma unidade a mais. O beneficio que isto representou foi tão evidente que os caldenses jamais perderam o comando das operações, que se até essa altura não coubera totalmente aos locais, nem por isso fora pertença exclusiva dos visitantes. o golo de JOÃO RESENDE, a 4 minutos do início não representou surpresa para ninguém. No entanto, a pouco e pouco os caldenses foram consentindo que os locais se pudessem tornar mais velozes e decididos e, assim aos 18 minutos, também com a maior das naturalidades, apareceu o empate numa bola de CALLICHIO de cabeça, sobre um cruzamento da esquerda, anichou nas redes, elevando-se acima das mãos do guarda-redes. Mais tarde, um livre marcado por Nicolau levou o esférico a cair em frente de ORLANDO VIEIRA, quase sobre a linha de grande área. O interior-esquerdo dos «azuis» aproveitou o ressalto da bola e, de cabeça, também colocou-a fora do alcance de Rita. Aos 35 minutos, COSTA passou o resultado para 3-1. Dir-se-ia achado o vencedor...Mas no começo da segunda parte, o primeiro golo de JANITA, logo a um minuto (46 minutos), e a expulsão do médio centro local (Severino), abriram franco e seguro caminho á esclarecida reacção dos visitantes, proporcionando-lhe uma justa e preciosa vitória...João Resende, JANITA (autor de mais dois golos, aos 30 e 34 minutos do segundo tempo), e ANTÓNIO PEDRO (marcador da bola que resultou o empate 3-3) foram os elementos mais destacados no vencedor. Rita mal batido no 1.º e 3.º golo (dos unionistas).


# 7.ª Jornada: CALDAS, 1 - VILA REAL, 1 (01 de Novembro de 1959).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 02 de Novembro de 1959), titulava-se: "Os visitantes mereciam ganhar".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Álvaro Rodrigues, de Coimbra,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Anacleto, Amaro e Rogério; Orlando e António Pedro; João Resende, Romeu, Janita, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.

SPORT CLUBE VILA REAL: Vieira; Platas; Óscar e Quim, Domingo Garófalo (Argentino, que jogou no Caldas na Época 1956/1957) e Ângelo; Adelino, Tomé, Amaral, Castanheira e Guilherme. Treinador/Jogador: Domingo Garófalo.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Feito m balanço geral da partida, não podemos deixar de reconhecer que a melhor equipa no terreno foi o visitante, quer a atacar, quer a defender...e, aproveitando bem a liberdade concedida ao extraordinário jogador que é ainda Garófalo, deixou nesta cidade a melhor das impressões. O Caldas voltou a não ganhar no seu terreno (ainda o não conseguiu esta época) e se em parte o fracasso foi devido ao mérito do adversário é que também houve muito de culpa própria. Jogando sistematicamente com a bola pelo ar ou retendo-a tempo de mais com fintas e dribles os avançados caldenses, já de si frágeis, facilitaram imenso a tarefa dos seus adversários. O Caldas foi o primeiro a marcar aos 37 minutos do período inicial, numa boa jogada entre João Resende e JANITA, que proporcionou a este último vistoso golpe de cabeça...Pouco tempo depois do recomeço, havia 7 minutos (52 minutos), o Caldas beneficiou de uma grande penalidade que António Pedro atirou à figura...Aos 15 minutos (60 minutos), Garófalo marcou um livre e TOMÉ, esquivando-se muito bem rematou de cabeça, estabelecendo o empate. A partir desta altura e contra o que seria de esperar foram os visitantes que mais forçaram o ataque e perderam ainda algumas ocasiões de marcar...No Caldas, António Pedro, João Resende e Janita bem procuraram rumar contra a maré, mas nada puderam contra a tarde infeliz dos companheiros.


# 8.ª Jornada: BEIRA-MAR, 3 - CALDAS, 1 (15 de Novembro de 1959).

Na crónica do jornalista do Manuel Castro, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 16 de Novembro de 1959, titulava-se: "Três olhos de Diego puseram os visitantes K.O."

Campo Mário Duarte, em Aveiro,

Árbitro: António Ferreira Santos, de Coimbra,

SPORT CLUBE BEIRA-MAR: Violas; Pastorinha (ex: Caldas); Liberal e Evaristo; Marçal e Hassan-Ali; Raimundo, Mota, Diego (Argentino); Sarrazola (ex: Caldas) e Calisto. Treinador: Anselmo Pisa (Argentino).

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Orlando, Amaro e Quim, Vasco Oliveira e António Pedro; João Resende, Romeu, Janita, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A grande expectativa do encontro fez atrair ao estádio «Mário Duarte» grande assistência...Aos 37 minutos o novo elemento dos locais - argentino DIEGO - marcou o primeiro golo, num remate de longe, com culpas para o guardião Rita, que se lançou a destempo...Na segunda parte, o Beira-Mar entrou ao ataque e aos 12 minutos (66 minutos) DIEGO aproveitou um centro de Calisto para, de cabeça, elevar a conta para 2-0. Talvez ressentindo-se da velocidade da primeira parte, a linha da frente dos locais acusou baixa de rendimento e o Caldas apareceu então a dominar. Como resultado desse facto os visitantes marcaram, á passagem da meia-hora, o seu ponto de honra. CARDOSO sobre a linha de cabeceira, executou um centro e a bola foi embater nas pernas de Hassan-Ali e entrou na baliza de Violas. O Caldas continuou a exercer vantagem, consentida pelos aveirenses, mas aos 43 minutos (88 minutos) a bola foi aliviada pela defesa local e encontrou DIEGO adiantado. Este acossado pela defesa caldense, correu para a baliza, chamou Rita e atirou para as redes desertas. Estava feito o resultado.


# 9.ª Jornada: CALDAS, 2 - OLIVEIRENSE, 1 (22 de Novembro de 1959).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 23 de Novembro de 1959, titulava-se: "Ferdinando (guardião visitante) foi a grande figura". 

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Mário Vidreiro, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Anacleto, Amaro e Rogério; Vasco Oliveira e António Pedro; Orlando, Romeu, Janita, Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.

UNIÃO DESPORTIVA OLIVEIRENSE: Ferdinando; Pinho I, Pinho II e Armindo; Júlio Pinto e André; Valente, Branco, Santos, Celso e Martins. Treinador: Pintos Rey (Espanhol).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O empate, que já parecia ser o resultado crónico conseguido pelos caldenses no seu campo, esteve mais uma vez prestes a repetir-se. Mas agora seria uma tremenda injustiça. Na realidade, o Caldas durante todo o encontro, jogou e criou as oportunidades suficientes para vencer por margem folgada. A equipa local encontrou, no entanto, pela frente, um guarda-redes inspiradíssimo que, com uma exibição portentosa e alguma sorte à mistura, relegou até ao último minuto da partida a vitória que se desenhara...Havia 15 minutos de jogo, quando o Caldas marcou o primeiro golo por JANITA, emendando da melhor maneira um remate de Cardoso que Ferdinando defendera para perto...Havia 30 minutos quando CELSO, que apareceu isolado diante de Rita, evitou a saída deste e marcou com facilidade o golo da Oliveirense. A segunda parte foi diferente...O domínio dos caldenses foi, então, avassalador, com António Pedro absolutamente integrado na linha avançada...Foi então que vieram ao de cima as excelentes qualidades de Ferdinando, que mal amparado pela sua defesa, foi anulando, uma após outra, todas as oportunidades criadas pelos caldenses. Os últimos minutos foram mesmo dramáticos com toda a equipa caldense no meio campo adversário, até que (faltavam poucos segundos para terminar o encontro) Orlando fintou vários adversários e acabou por entregar a CARDOSO que estava bem colocado e que fez passar a bola por cima de Ferdinando que se lhe lançou aos pés. A bola fez tabela na parte inferior da trave e acabou por entrar na baliza com grande alegria no campo dos caldenses, justificando desespero dos visitantes. Ferdinando foi o melhor jogador em campo com uma exibição que lhe valeu no final uma grande ovação por parte da assistência e os cumprimentos dos seus adversários.


# 10.ª Jornada: VIANENSE, 4 - CALDAS, 1 (06 de Dezembro de 1959).

Na crónica do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 0 de Dezembro de 1959, titulava-se: "Só a equipa de arbitragem e a chuva destoaram".

Campo Dr. José de Matos, em Viana do Castelo, tempo chuvoso,

Árbitro: Fernando Silva, do Porto,

SPORT CLUBE VIANENSE: Hipólito; Melo e Gonçalves e Pinho; János Hrotkó (Húngaro, que foi Treinador/Jogador no Caldas, durante a Época de 1957/1958) e Lomba; Lutero, Carneiro, Gelucho, Barros e Carlos Ferreira. Treinador/Jogador: János Hrotkó.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; João Resende, Orlando e Anacleto; Vasco Oliveira e António Pedro; Janita, Nando, Cordeiro (ex: Futebol Clube de Serpa), Cardoso e Lenine. Treinador: József Szabó.


Antes do início do encontro foram guardados minutos de silêncio pelas mortes do dirigente federativo Dr. Torres Vieira e do Tesoureiro do Vianense, Armando Couceiro, e vítimas do naufrágio ocorrido na barra de Viana do Castelo.


Aos 20 minutos HROTKÓ, a passe de Carneiro, fez o primeiro golo do Vianense. Dois minutos depois, BARROS, aproveitando uma excelente abertura de Carneiro fez o segundo golo dos locais. A quatro minutos do intervalo, CARNEIRO, em seguimento a um livre marcado por Hrotkó, obteve o 3.º golo da sua equipa. No segundo tempo, aos 34 minutos (79 minutos), BARROS elevou a marca para 4-0 e, aos 36 (81 minutos), num «penalty» por mão de Gonçalves, os visitantes obtiveram o seu ponto de honra por intermédio de JOÃO RESENDE.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A equipa caldense jogou de molde a não sofrer tão duro castigo e, apesar de tudo, pode sentir-se satisfeito com o resultado...Os visitantes mostraram-se quase iguais aos donos da casa. Foram melhores no centro do terreno, movimentaram-se em bom sentido quando lançados ao ataque, mas fraquejavam na defesa, onde só Rita deu boa conta de si, cotando-se como o melhor jogador sobre o terreno.



# 11.ª Jornada: SALGUEIROS, 4 - CALDAS, 1 (13 de Dezembro de 1959).

Na crónica do jornalista Augusto Vilela, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 14 de Dezembro de 1959, titulava-se: "Dia e Noite - diferença que explica o resultado".

Campo Engenheiro Vidal Pinheiro, no Porto,

Árbitro: Henrique Silva, de Vila Real,

SPORT COMÉRCIO E SALGUEIROS: Adelino; Geninho, Gabriel e Pinho, Lopez (Espanhol) e Chau, Lalo, Benje, Edgar, Chico (Brasileiro) e Taí. Treinador: Artur Baeta.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; João Resende, Anacleto, Vasco Oliveira, Amaro e António Pedro; Orlando, Nando, Janita, Cordeiro e Cardoso. Treinador: József Szabó.

Depois de terem-se enfrentado na 1.ª Divisão, durante a Época 1957/58, Salgueiros e Caldas voltam-se a reencontrar, mas agora na 2.ª Divisão. Assim...Aos 19 minutos, BENJE, após uma insistência obteve o primeiro golo, com um pontapé colocadíssimo no ângulo inferior direito...Aos 43 minutos, desenvolveu-se uma jogada ofensiva dos atacantes do Caldas. Adelino não conseguiu captar uma bola que cruzou a baliza, quase rente ao solo e JANITA oportuno, estabeleceu o empate. No reatamento do jogo, o segundo golo dos locais foi obtido de cabeça, aos 8 minutos (53 minutos) por LALO. TAÍ aumentou a vantagem do Salgueiros aos 25 minutos (70 minutos), após uma recarga. A 3 minutos do final (87 minutos), EDGAR fez o quarto golo, com um bom toque de cabeça...


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O Caldas constituiu um adversário perigoso. Mostrou-se turma que sabe destruir jogo, mas absolutamente incapaz de ordenar uma jogada intencional, susceptível de provocar um mínimo de perigo. O resultado de 1-1 que se verificava ao intervalo, embora não traduzisse fielmente a feição do jogo era, pelo menos, o prémio da generosidade posta na luta pelos visitantes...[que] destruindo bem e atacando de surpresa, tinham, todavia, aguentado a superioridade adversária de maneira a impedirem que as suas redes fossem [invioladas]...Mas o segundo tempo foi de domínio absoluto do Salgueiros...A melhor estruturação do Salgueiros e a sua melhor objectividade...determinaram ao Caldas uma derrota sem qualquer atenuante. Os forasteiros mostraram-se equipa sem outros recursos que não os de saber destruir jogo e tentar surpreender a defesa contrária em contra-ataques.


# 12.ª Jornada: CALDAS, 3 - TORREENSE, 0 (20 de Dezembro de 1959).

Na crónica do jornalista Pedro Mesquita, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 21 de Dezembro de 1959, titulava-se: "Diferença exagerada mas vitória merecida para os caldenses".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Freitas Maia, de Santarém,

CALDAS SPORT CLUBE: Aurélio; Anacleto, Amaro e Rogério; Vasco Oliveira e Orlando, Janita, António Pedro, González (Argentino, ex: Club Atlético Vélez Sarsfield, tendo chegado à Selecção B da Argentina); Pittolo (Argentino, que também aparece referenciado com os nomes de Bitollo ou Di Tollo, mas o seu verdadeiro nome é: Julio Valentino Pittolo) e Cardoso. Treinador: József Szabó.

SPORT CLUBE UNIÃO TORREENSE: Montero (Espanhol, que voltou a representar o Torriense); Gilberto, Humberto e Mergulho; Belchior e João da Costa; Mateus (Angolano, ex: Caldas); Saldanha, Hermínio, Rui Silva e Bezerra. Treinador: Armando Carneiro.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A linha avançada do Caldas que tem sido o ponto fraco apresentou-se neste encontro notavelmente reforçada com a inclusão de António Pedro e de dois jogadores argentinos [Gonzalez e Pittolo], recentemente chegados. Talvez por isso, a equipa caldense iniciou o jogo a toda a velocidade, lançando ataques sobre ataques, actuando com uma velocidade e desenvoltura pouco habituais e obrigando a defesa visitante a trabalho muito apurado. Na base destes ataques estavam sempre os dois argentinos, que se mostraram bons e úteis jogadores. Este período de supremacia caldense durou té aos 15 minutos, altura em que o Caldas obteve o seu primeiro golo por intermédio de GONZÁLEZ com um pontapé fortíssimo indefensável no seguimento de um canto.  partir desta altura, inexplicavelmente, os médios locais recuaram e o comando do jogo passou  pertencer aos torrienses...No entanto, os avançados de Torres mostraram-se ineficazes diante da baliza de Aurélio e este não foi chamado a nenhuma defesa difícil. [Na segunda parte] Aos 24 minutos (69 minutos), Hermínio foi expulso do terreno por falta sobre Cardoso...No minuto seguinte os caldenses marcaram o seu segundo golo. Cardoso, no seu corredor, desenvencilhou-se de todos os jogadores que lhe apareceram e sobre a linha de cabeceira teve um passe para JANITA que não teve dificuldade em marcar. A partir deste momento, acentuou-se novamente a supremacia do Caldas. António Pedro teve um remate a um poste e Janita perdeu outra oportunidade flagrante por rematar para fora uma bola largada por Montero... [E] aos 43 minutos (88 minutos) JANITA fixou a marca em 3-0. António Pedro teve uma jogada de insistência sobre a linha de cabeceira e centrou atrasado para o seu ponta-direita que rematou com êxito. A vitória caldense está certa. Mas os torrienses, pelo que jogaram e dominaram, não mereciam desnível tão acentuado...Os melhores caldenses foram os dois argentinos (Gonzalez e Pittolo) que, apesar de não estarem ainda bem preparados fisicamente mostraram-se excelentes executantes e virão decerto a ser muito úteis ao seu novo clube.


# 13.ª Jornada: CHAVES, 2 - CALDAS, 2 (03 de Janeiro de 1960).

Na crónica do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 04 de Janeiro de 1960, titulava-se: "Partida correcta e resultado aceitável".

Campo Municipal de Chaves,

Árbitro: Clemente Henriques, do Porto,

GRUPO DESPORTIVO DE CHAVES: Martin; Quim, António Feliciano e Coelho; Anselmo e Amândio; Luís, Vasconcelos, Rosário, Cardoso e Paulino. Treinador/Jogador: António Feliciano.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; João Resende, Amaro e Anacleto; Vasco Oliveira e António Pedro; Rogério, Romeu, Faustino [penso que refere-se ao argentino González, pois o nome completo deste jogador era: Eduardo Faustino González Rodriguez, desconhecendo, nesta época, um outro Faustino a jogar no Caldas Sport Clube], Carlos Bambo (Angolano e ex: Sport Lisboa e Benfica) e Cardoso. Treinador: József Szabó.

Golos: Aos 20 minutos BAMBO iniciou a marca; aos 23, LUÍS igualou o resultado da primeira parte. Aos 48, LUÍS [novamente] marcou o segundo e último tento para a sua equipa e, aos 73 minutos, ROMEU fixou o resultado.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O Campo enlameado, impróprio para o futebol, obrigou os jogadores a grande esforço que mais se notou no decorrer do jogo. Perto do final o cansaço foi notório, mostrando qualquer das equipas quebra evidente. Do Caldas os melhores [foram] António Pedro, Romeu e Bambo.


FIM DA PRIMEIRA VOLTA.