Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

sábado, 18 de dezembro de 2021

O CALDAS obtêm RESULTADO HISTÓRICO perante a ACADÉMICA DE COIMBRA...em 15 de Maio de 1952.

No dia da Cidade de Caldas da Rainha, a 15 de Maio do ano de 1952, o CALDAS SPORT CLUBE convidou a ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA, que jogava no primeiro patamar do futebol português, para disputar um jogo particular, mas com a particularidade de disputar-se a chamada "TAÇA CAPRISTANOS" (não esquecer que o Presidente do CALDAS SPORT CLUBE era o Sr. Artur Capristano, proprietário da Estação Rodoviária, mais conhecida, pelos caldenses, como "Os Claras", que servia, por esta altura, a Cidade das Caldas da Rainha).

O Jornal "Gazeta das Caldas", na sua edição de 25 de Maio de 1952, titulava que este encontro teve um Nítido triunfo do CALDAS, sobre a ACADÉMICA, acabando o CALDAS SPORT CLUBE por ganhar por 4 bolas a zero a ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA. Assim as equipas alinharam, no CAMPO DA MATA, da seguinte forma:

Árbitro: ALFREDO GALRÃO,

CALDAS: ABEL; VASCO e DUARTE I; ARMANDO, LEANDRO e AMORIM (emprestado pelo BELENENSES); PASCOAL, ANTÓNIO PEDRO, ANACLETO, ORLANDO (mais conhecido pelo "BEN BÁREK DA MALVEIRA" (emprestado pelo BELENENSES) e DUARTE II (emprestado pelo BELENENSES). TREINADOR: MARIANO AMARO.

ACADÉMICA: POLLERI; MÁRIO TORRES e SOUSA; EDUARDO SANTOS, GUILHERME WILSON (que anos mais tarde viria a jogar pelo CALDAS, como já vimos) e MALÍCIA (depois MÁRIO WILSON, 2.ª parte); PINHO, NEVES PIRES, BENTES, DELFIM e DIÓGENES. TREINADOR: ÓSCAR TELLECHEA (ARGENTINA).

Resultado do 1.º tempo: 2-0.

MARCADORES: DUARTE II (2 golos), ANTÓNIO PEDRO e ORLANDO.

Esta visita da ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA à nossa cidade fez atrair ao CAMPO DA MATA do HOSPITAL, numerosa e correcta assistência, ávida de assistir a uma boa partida de futebol. Concorria também, para que o encontro fosse disputado com o maior entusiasmo por ambos os contendores, o facto de ser disputado um magnifico troféu, denominado TAÇA «CAPRISTANOS». Afinal, esse interesse pela partida não foi iludido, vendo-se os CALDENSES actuar em grande plano, como há muito não o viamos fazer, embora o adversário fosse de maior categoria. Os estudantes entraram no rectângulo de certo modo confiantes, possivelmente convencidos que os CALDENSES eram uma presa fácil, mas isso não aconteceu (...) Em toda a partida, os visitados foram superiores, actuando todos os sectores com uma magnifica conjugação de esforços, que surpreenderam o adversário. A velocidade imposta pelos locais, desorientou a defesa da BRIOSA, que se via em dificuldade para suster o impeto dos avançados CALDENSES e em especial da sua asa esquerda, onde DUARTE II foi sempre a arma mais mortífera. A ACADÉMICA desiludiu um tanto, pois o revés sofrido, perante uma equipa da 3.ª DIVISÃO, nada abona o comportamento dos seus jogadores que tiveram actuação inferior às suas possibilidades. Digamos também, em abono da verdade, que o resultado se pode considerar lisongeiro para os forasteiros, pois os CALDENSES foram sempre perigosos. A DEFESA CALDENSE com LEANDRO em plano superior, teve actuação de grande mérito, levando sempre a melhor sobre os atacantes adversários (...) O SECTOR MEDULAR LOCAL levou sempre a melhor, sobre o adversário, tanto ARMANDO e AMORIM, este muito especialmente, estiveram sempre superiores (...) [Assim] A energia e o apego à luta, que é um dos pontos mais fortes da equipa de COIMBRA, esteve muito arredada dos seus jogadores neste encontro, de que beneficiou o adversário, que obteve um resultado que se pode considerar histórico (...) 

À noite, no CASINO DO PARQUE [D. CARLOS I], realizou-se um BAILE dedicado à ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA, que esteve bastante concorrido, tendo no decorrer dele sido animado por alguns elementos da TUNA ACADÉMICA.

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