Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

domingo, 16 de dezembro de 2018

2.ª Divisão (Zona Norte) - Época 1961/1962 - 2.ª volta

# 14.ª Jornada: TORREENSE, 1 - CALDAS, 1 (21 de Janeiro de 1962).

Na crónica do jornalista Augusto Silva, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 22 de Janeiro de 1962, titulava-se: "Resultado certo num encontro movimentado".

Campo das Covas, em Torres Vedras,

Árbitro: Pena da Silva, de Lisboa,

SPORT CLUBE UNIÃO TORREENSE: Pinheiro; Cacimbo, Humberto e Abílio; Bernardes e José da Costa; Bezerra, Aníbal, Carlos António, Narciso e Mendes. Treinador: Janos Hrotkó.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, João Resende e Quim; Orlando e Vasco Oliveira; Lenine, Rui, Gonzalez, António Pedro e Cardoso. Treinador/Jogador: António Pedro.

Ao intervalo: 1-0.

Estavam decorridos 28 minutos de jogo quando os locais obtiveram o golo. Dentro da grande área dos visitantes, CARLOS ANTÓNIO elevou-se muito bem e, de cabeça, tocou o esférico para as malhas sem possibilidades de defesa para Rita.

Os visitantes estabeleceram a igualdade aos 17 minutos (62 minutos), VASCO OLIVEIRA, de posse do esférico, correu pelo centro do terreno. Ao seu encontro veio Humberto, que falhou a entrada do lance. Como o caminho da baliza completamente livre, o médio caldense nada mais teve que correr para lá, Pinheiro saiu, mas Vasco Oliveira, habilidosamente, rematou fora do seu alcance.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Como era de prever, o sempre apreciado «derby» regional despertou uma onda de entusiasmo no enfraquecido interesse que esta época estão a demonstrar tanto os torrienses como os caldenses. Deste modo, houve toda aquela série de pequenos episódios que, dentro e fora do campo, costumam assinalar esta espécie de encontros. [No primeiro tempo] a equipa da casa, cheia de juventude, pareceu logo desde o início, disposta a dominar...A verdade é que, passados os primeiros minutos, os visitantes começaram a deparar cada vez com maiores dificuldades, não se adaptando de maneira alguma ao sistemático jogo alto que o adversário impunha...Durante muito tempo o Caldas foi uma equipa bastante desorganizada. Foi o período de brilhar a grande altura o seu defesa central João Resende, sempre uma barreira intransponível para os avançados de Torres Vedras. Demonstrando uma antevisão das jogadas verdadeiramente impressionante, não só mandou na sua zona como respondeu pela dos laterais, sempre que estes eram batidos…[No segundo tempo] os caldenses revelaram as suas intenções: foi na sistemática procura de um jogo organizado e rente ao solo capaz de envolver e enlear a defesa de Torres Vedras...António Pedro, no estilo discreto que a sua veterania ainda permite, passou a conduzir jogo a lançar passes em profundidade, a procurar meter o esférico nos espaços vazios…[dando origem ao golo aos 17 minutos, numa] finalização justa de uma série de jogadas bem concebidas daquelas em que tem tudo é músculo...O melhor jogador em campo, em plano superior mesmo, foi o cabo-verdiano João Resende…


# 15.ª Jornada: CALDAS, 0 - PENICHE, 2 (04 de Fevereiro de 1962).

Na crónica do jornalista Sousa Varela do Jornal "A Bola", publicada na edição de 05 de Fevereiro de 1962, titulava-se: "Quando os atacantes de atacantes só têm o nome".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Manuel Paiva, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita (substituído por Vítor, aos 31 minutos); Rogério e Quim; Orlando, João Resende e António Pedro; Lenine, Rui, Gonzalez, Vasco Oliveira e Cardoso. Treinador/Jogador: António Pedro.

GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE: Aurélio (ex: Caldas); Franco e Tito; Medeiros, Varela e Lídio; Rogério, Manuel Jorge, Rosário, Duarte e Correia Dias. Treinador: Ramon Ibãnez.

O resultado foi feito na primeira parte com golos de MANUEL JORGE, numa recarga a um remate de Duarte rechaçado por Rita e CORREIA DIAS, de grande penalidade, aos 31 e 33 minutos.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "A Bola"): Iniciada a partida logo o Peniche, lançando-se para a frente com entusiasmo, conseguiu dois «cantos» quase seguidos, mas de cuja marcação nada resultou. Os jogadores de ambas as turmas acusavam grande nervosismo e as jogadas não se apresentavam ligadas, com muitos ressaltos de bola a provocar lances fortuitos mas por vezes perigosos...Na segunda parte, o Caldas fez alterações na equipa: João Resende passou para avançado-centro  e Faustino Gonzalez para defesa central. O jogo passou a ser disputado com mais equilíbrio mas não surgiram quaisquer oportunidades de golo às duas equipas.


# 16.ª Jornada: BOAVISTA, 2 - CALDAS, 0 (11 de Fevereiro de 1962).

Na crónica do jornalista Pereira Leite, do Jornal "A Bola", publicada na edição de 12 de Fevereiro de 1962, titulava-se: "Chicotada psicológica contra chicotada psicológica".

Campo Dr. Mascarenhas Júnior, no Porto,

Árbitro: Henrique Costa, de Aveiro,

BOAVISTA FUTEBOL CLUBE: Avelino (Rocha); Ribeiro e Pacheco; Jambane, Franco e Honório; Cipriano, Cabral, Germano, Rolando e Vieira. Treinador: Artur, em substituição de Bernabé Puertas Marco, mais conhecido por Berna.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; João Resende e Rogério; Orlando, Gonzalez e Vasco Oliveira, Fernando Bispo, Mirita, Janita, Lenine e Cardoso. Treinador: Josef Fabian (um regresso ao clube), em substituição de António Pedro.

Resultado da primeira parte: 0-0.

Marcadores: 1-0, aos 55 minutos, por VIEIRA; 2-0, aos 58 minutos, por CABRAL.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "A Bola"): Não correspondendo, inteiramente, ao que delas seria justo esperar, as equipas do Boavista e do Caldas substituíram, esta semana, os seus técnicos. Artur no Boavista e Fabian, no Caldas, foram as personalidades usadas para as chamada «chicotadas psicológicas», que se alguma virtude poderiam trazer às suas equipas, seria a de insuflarem confiança, a traduzir-se numa transcendente aplicação. Ora, ainda que não possamos ignorar a boa vontade de todos os elementos, que constituíram as duas equipas, a verdade é que não houve um único facto visível que caracterizasse ou identificasse o salvatério. Foi mesmo uma desilusão, quer nos aspectos técnico-tácticos, quer, ainda, no entusiasmo invulgar que a mudança de orientação sempre acarreta...O Caldas...desiludiu, até porque o adversário lhe entregou preciosos trunfos que não soube ou não ôde aproveitar, o principal dos quais foi o abandono do meio campo que o Caldas desprezou, em alarde de má visão táctica. O seu ataque, apenas uma vez, aos 38 minutos, teve ocasião de alcançar o golo, numa série de remates sempre rechaçados, aliás com muita dose de sorte para os defensores locais.


# 17.ª Jornada: CALDAS, 0 - SP. ESPINHO, 1 (18 de Fevereiro de 1962).

Na crónica do jornalista Sousa Varela, do Jornal "A Bola", publicada na edição de 19 de Fevereiro de 1962, titulava-se: "Como foi possível perder o jogo?".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: António Teixeira, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; João Resende e Rogério; Orlando, Gonzalez e Vasco Oliveira; Fernando Bispo, Mirita, Janita, Lenine e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

SPORTING CLUBE DE ESPINHO: Arnaldo; Padrão e Alberto, Adriano, Valter e Alcobia; Pinhal e Laranjeira, David, Vladimiro e Bouçon. Treinador: ?

O único tento da partida foi marcado por DAVID, aos 26 minutos.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "A Bola"): Como foi possível o Caldas perder o jogo com o Sporting de Espinho?. Esta interrogação estava na boca de todos os que assistiram á partida. A turma local, que já durante a primeira parte tinha exercido acentuado domínio, só a espaços cortado por contra-ataques dos forasteiros, foi, na segunda metade do encontro, senhora absoluta do terreno…[Mas ainda na primeira parte] e contra a corrente do jogo surgiu o único golo da partida: avançada de Vladimiro pela esquerda e remate sesgado, a que Vítor só se pôde opor com uma palmada na bola; este descaiu para o lado direito onde estava David, isolado, e que não teve dificuldade em marcar. Na segunda parte, a feição da partida não se modificou. Aos 11 minutos, no entanto, os forasteiros quase viram aumentada a sua vantagem: João Resende, ao tentar passar a Vítor, lançou a bola contra o poste ficando esta a saltitar perto da linha de golo. Valeu a entrada de Faustino [Gonzalez] que conseguiu afastar o esférico.


# 18.ª Jornada: SANJOANENSE, 2 - CALDAS, 0 (04 de Março de 1962).

Na edição de 05 de Março de 1962, do Jornal "A Bola", titulava-se: "Tardou a confirmação".

Campo Conde Dias Garcia, em São João da Madeira,

Árbitro: Armando Faria, do Porto,

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA SANJOANENSE: Ramiro; Carlos e Almeida; Calhau, Alvarez e Gaspar; Gonçalvez, Lima, Augusto Baptista, Gomes e Grilo. Treinador: Daniel Duarte Silva.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; João Resende e Rogério; Carapinha, Gonzalez e Vasco Oliveira, Fernando Bispo, Orlando, Janita, Lenine e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

Ao intervalo: 0-0. 

Marcadores: AUGUSTO BAPTISTA e GRILO, respectivamente, aos 67 e 87 minutos.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "A Bola"): Exactamente como se refere no título, tardou a confirmação da superioridade, sobretudo do ponto de vista territorial, tomando como tal expressão a sua flagrante insistência sobre a grande área defendida pelos caldenses. E tardou a concretizar-se essa superioridade, porque até aos derradeiros minutos, se admitiu sempre a hipótese de o Caldas num contra ataque...conseguir a igualdade.


# 19.ª Jornada: CALDAS, 0 - BENFICA E CASTELO BRANCO, 2 (11 de Março de 1962).

Na edição de 12 de Março de 1962, do Jornal "Mundo Desportivo", titulava-se: "A defesa albicastrense garantiu uma vitória afortunada".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Arbitro: Mário Vidreiro, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; João Resende, Vasco Oliveira, Gonzalez; Rogério e Orlando; Janita, Carapinha, Fernando Bispo, Lenine e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

SPORT BENFICA E CASTELO BRANCO: Carujo; Ângelo, H. Silva e Inácio; Wilson e Bruno I; Mateus, Ramos, Lagarto, Bruno II e Cunha Velho. Treinador: ?.

Na primeira parte 0-1.

Aos 18 minutos por LAGARTO, na conclusão de uma iniciativa do extremo Cunha Velho, que centrou bem para Rogério falhar e o n.º 9 beirão não deixa fugir o claro ensejo.

Aos 70 minutos, a fortuna favoreceu os visitantes e com ela foi possível o 2.º golo, a definir posições. Um livre batido por Wilson parecia ir proporcionar defesa fácil de Vítor quando JOÃO RESENDE, interpondo-se no lance, marcou nas próprias redes.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O Caldas, com um novo arranjo nas suas linhas atrasadas, começou o desafio em boa cadência, perdendo Fernando Bispo, logo nos primeiros instantes da pugna, magnífica ocasião de marcar. Os visitantes aparentando maior robustez e desembaraço, foram assentando o eu jogo e não há dúvida que o facto de não ter tardado o 1-0 ajudou-os muito...O Castelo Branco jogou bem em contra ataque e quando o 1-1, se esperava a meio da 2.ª parte, veio o afortunado golo da confirmação, a fazer descoroçar os caldenses, garantindo aos «encarnados» os desejados 2 pontos...O Caldas «lanterna-vermelha», foi infeliz quando se lhe negara umas tantas oportunidades para o 1-1. A inoperância do ataque, mal antigo, foi notória.


# 20.ª Jornada: SERNACHE, 0 - CALDAS, 1 (18 de Março de 1962).

Na edição de 18 de Março de 1962, do Jornal "Mundo Desportivo", titulava-se: "A equipa visitante foi sempre superior".

Campo Nuno Álvares, em Sernache,

Árbitro: José Calado, de Santarém,

GRUPO DESPORTIVO VITÓRIA DE SERNACHE: Vítor; Rocha, Manuel Costa e Isaac; Artur e Matiota; Duarte, Midões, Herculano, Salvado e Jerónimo. Treinador: Diogo.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; João Resende, Gonzalez e Quim, Orlando e Vasco Oliveira, Rogério, Pinto da Rocha, Mirita, Janita e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

O único tento da partida foi obtido por JANITA, aos dez minutos da primeira parte.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A equipa visitante, mais experiente e com melhor conjunto, patenteou bem esses predicados ao longo de toda a partida. Sem ter realizado exibição de vulto...jogou o suficiente para se impor a um adversário em dia de má inspiração.


# 21.ª Jornada: CALDAS, 2 - VILA REAL, 0 (01 de Abril de 1962).

Na crónica do jornalista Matos Serras, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 02 de Abril de 1962, titulava-se: "E foram muitos golos para avançados que não rematam".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: António Calheiros, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, João Resende e Quim; Vasco Oliveira e Orlando; Bispo, Mirita, Tomé, António Pedro e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

SPORT CLUBE VILA REAL: Vítor; Quim, Platas e Morais; Padilha e Bibelino, Amaral II, Abílio, Santos, Albano e Amaral I. Treinador: José João.

Os locais abriram o activo aos 19 minutos da primeira parte. O tento resultou de uma falta de serenidade dos defensores vila-realenses, que deixaram a sua baliza desguarnecida, permitindo assim que MIRITA, á vontade acorresse a receber um centro de Tomé e se antecipasse ao guarda-redes.

O golo que trouxe a tranquilidade aos vencedores só apareceu a escassos 5 minutos do final. Um remate de Mirita embateu no poste e do lance nasceu um «canto», que o mesmo jogador apontou. A bola foi repelida, mas, de longe, ORLANDO tentou a sua sorte e foi feliz, batendo Vítor, com certas culpas para este.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A explicação cabal da modesta posição conhecida pelo Caldas e Vila Real ficou bem expressa no padrão verificado nesta partida. Realmente quer visitados quer visitantes mostraram uma confrangedora ausência de remate, levando 90 minutos sem...qualquer delas, desferir meia dúzia de remates dignos desse nome...Foi, na verdade, um jogo disputado com uma vivacidade enorme, sem desânimo, antes com a incerteza do resultado a criar um clima de expectativa febricitante.


# 22.ª Jornada: CALDAS, 2 - FEIRENSE, 1 (08 de Abril de 1962).

Na crónica do jornalista Santos Costa, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 09 de Abril de 1962, titulava-se: "Modesta exibição do «leader» da prova nortenha".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Rogério de Melo Paiva, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Rogério, João Resende e Quim; Vasco Oliveira e Orlando; Lenine, Mirita, Janita, Tomé e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

CLUBE DESPORTIVO FEIRENSE: Martin; Dinis, Campanhã e Oliveira; Lopes e Ernesto; Raimundo, Brandão, Rui Maia, Ramalho e Eduardo. Treinador: Rui de Araújo.

Aos 26 minutos, um desentendimento entre João Resende e Rita, foi muito bem aproveitado por BRANDÃO para abrir o activo a favor do Feirense.

Aos 36 minutos, JANITA marcou, de cabeça, o golo do empate depois de receber a bola de Vasco Oliveira.

No segundo tempo, aos 11 minutos (56 minutos), JANITA aproveitou muito bem um falhanço de Campanhã, para marcar o segundo golo do Caldas.

INCIDÊNCIA DO JOGO: Aos 36 minutos, Dinis carregou irregularmente Cardoso dentro da área de rigor, tendo o árbitro assinalado «penalty», que marcado por João Resende, foi muito bem defendido por Martin.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O jogo aguardado com interesse desiludiu por completo todos os que esperavam ver o grupo visitante, «leader» da Zona Norte praticar um futebol de razoável categoria. Afinal, algum bom futebol que se viu foi por parte dos caldenses, que devem ter realizado  melhor exibição da época no Campo da Mata. Todos os seus sectores funcionaram como se fossem uma única peça. No entanto, houve três jogadores que se salientaram: Lenine, que embora com o número sete nas costas, fez todo o jogo no lugar de interior-esquerdo, com a missão de «armador», sendo o melhor jogador em campo; Rita com um punhado de boas defesas a dar confiança à equipa, e Vasco Oliveira.


# 23.ª Jornada: MARINHENSE, 3 - CALDAS, 1 (15 de Abril de 1962).

Na crónica do jornalista António Garrido (seria futuramente um árbitro internacional, que esteve presente em dois Mundiais consecutivos, o de 1978, na Argentina e o de 1982, em Espanha), do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 16 de Abril de 1962, titulava-se: "Tarefa árdua coroada com um triunfo justo".

Campo da Portela, na Marinha Grande,

Árbitro: Renato Santos, de Coimbra,

ATLÉTICO CLUBE MARINHENSE: Serrano; Artur, Zeca e Pinho; Vaz e Reis, Isidro, Garcia, Coutinho, Guilherme e Cafum. Treinador: Mário Imbelloni.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Vasco Oliveira, João Resende e Quim, António Pedro e Orlando, Lenine, Tomé, Janita, Mirita e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

O primeiro golo surgiu, aos 43 minutos, por GARCIA, de cabeça, na sequência de um canto, apontado por Isidro.

Aos 47 minutos, o caldense MIRITA apontou o golo do empate.

2-1. Num centro de Garcia, o guarda-redes Rita não interceptou e VAZ não perdoou á boca das redes.

3-1. Aos 87 minutos, depois de uma boa simulação e Garcia e COUTINHO na passada atirou forte e colocado.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Os locais em excelente posição para discutirem o primeiro lugar da sua zona tiveram neste jogo com o Caldas tarefa difícil...Tentaram os marinhenses, logo nos primeiros minutos, fazer o resultado, começando a «todo o gás», mas os visitantes, com uma defesa bem escalonada, impediam que eles concretizassem em golos...Em contrapartida as respostas dos caldenses punham a defesa da casa em sobressalto, devido ás constantes trocas de bolas feitas pelos avançados...Impressionaram agradavelmente os caldenses, o eu nos leva a pensar que a sua classificação não é compatível com o seu real valor. Formam uma equipa experiente, com uma defesa rude, onde existe entreajuda, e um ataque habilidoso que apenas peca por não rematar.


# 24.ª Jornada: CALDAS, 1 - OLIVEIRENSE, 1 (13 de Maio de 1962).

Na crónica do jornalista Santos Costa, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 14 de Maio de 1962, titulava-se: "A defesa visitante actuou com inteligência".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Aníbal Oliveira, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Rogério e Quim; António Pedro, João Resende e Orlando, Lenine, Mirita, Janita, Tomé e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

UNIÃO DESPORTIVA OLIVEIRENSE: Ferdinando; Branca e Armindo; André, Pinho II e Costa; Vaz, Pires, Amandio, Celso e Martins. Treinador: Alexandre Peics.

Aos 43 minutos, JANITA, depois de receber um passe de Cardoso, fez passar o esférico por cima de Ferdinando, obtendo assim o primeiro golo do desafio.

Aos 60 minutos, AMANDIO, na sequência de um canto estabeleceu o empate.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Coube ao Caldas a escolha do campo e assim...principiou o jogo a favor do vento, que soprava bastante forte. Beneficiando desta circunstância o Caldas lançou-se deliberadamente ao ataque mas no entanto os seus avançados não conseguiram romper a boa organizada defesa visitante...No segundo tempo, com o vento a seu favor e com um golo de desvantagem, a Oliveirense aventurou-se mais ao ataque…[obtendo o empate]...A partir deste momento a Oliveirense fez recuar os seus interiores com nítida intenção de segurar o resultado. Ao ver a sua situação em perigo toda a turma da «casa» e lançou ao ataque, mas a defesa de Oliveira de Azeméis, agora reforçada com os seus médios, chegou para anular todas as situações de perigo. Notou-se na equipa da casa o efeito pernicioso da interrupção do campeonato, porquanto nos últimos jogos realizados antes desta forçada paragem notava-se nítida melhoria em todos os seus elementos.


25.ª Jornada: SP. BRAGA, 7 - CALDAS, 0 (20 de Maio de 1962).

Na edição de 21 de Maio de 1962, o Jornal "Mundo Desportivo", titulava: "A boa exibição de Rita evitou maior revés dos visitantes".

Estádio 28 de Maio, em Braga,

Árbitro: Clemente Henriques, do Porto,

SPORTING CLUBE DE BRAGA: Vítor; Antunes, Narciso e José Maria, Armando e Portugal; Palmeira, Bártolo, Rafael, Carlos e Teixeira. Treinador: Manuel Palmeira.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita (Vítor); Rogério, João Resende e Quim, António Pedro e Gonzalez; Pinto da Rocha, Orlando, Janita, Lenine e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

Aos 12 minutos, Teixeira foi solicitado em profundidade por Bártolo, que centrou em boa conta e Rita...socou a bola para perto, possibilitando desta maneira que ARMANDO obtivesse o primeiro golo.

2-0. Aos 31 minutos, Caldeira serviu RAFAEL em boas condições e este, acercando-se da baliza contrária, desferiu potente remate tornando impossível a Rita a sua defesa.

3-0. Aos 40 minutos, TEIXEIRA recebeu a bola do seu meio-campo, driblou, em grande velocidade, os adversários que se lhe opuseram e, ainda e fora da área, rematou imparavelmente o terceiro golo.

Aos 61 minutos, TEIXEIRA fez o 4-0 ao aproveitar da melhor maneira um ressalto de bola por defesa incompleta de Rita, a pontapé violento de Palmeira.

Aos 72 minutos, Rafael serviu PALMEIRA, este bateu em corrida o defesa que o marcava e quando Rita saiu ao seu encontro fintou-o com maior mestria e atirou para as balizas desertas, fazendo o 5-0.

6-0. Aos 79 minutos, novamente PALMEIRA, a solicitação e Carlos marcou o seu sexto golo.

7-0, pelo defesa JOSÉ MARIA adiantado no terreno driblou dois adversários, aplicando um remate rasteiro a um canto e tornando infrutífera a estirada de Vítor.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): No Caldas, Rita foi a grande figura e sem dúvida o mais saliente jogador em campo. Não teve a mínima culpa nos golos que sofreu e evitou outros com excelentes intervenções. A defesa, por sua vez, não mostrou grande segurança…


26.ª Jornada: CALDAS, 5 - VIANENSE, 0 (27 de Maio de 1962).

Na crónica do jornalista Santos Costa, do jornal "Mundo Desportivo", publicada na edição de 28 de Maio de 1962, titulava-se: "Contra a força não há resistência".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Salvador Garcia,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita (Vítor), Rogério e Quim, António Pedro, João Resende e Orlando; Pinto da Rocha, Mirita, Janita, Lenine e Cardoso. Treinador: Josef Fabian.

SPORT CLUBE VIANENSE: Desidério (depois Henrique); Ramos e Soares; Pinho, Domingos e Gerardo; Palhares, Pepe, Amaral, Passos e Quintino. Treinador: Eduardo Melo.

1-0. Aos 2 minutos, JANITA aproveitou bem uma defesa para perto e Desidério para efectuar a recarga vitoriosa.

Aos 11 minutos, CARDOSO elevou para 2-0 num bom lance individual.

Aos 17 minutos, novamente, CARDOSO, á entrada da grande área, desferiu potente remate e com ele surgiu o 3.º golo dos locais.

Aos 61 minutos, JANITA fez o 4-0.

Aos 71 minutos, novamente, JANITA fixou a marca em 5-0.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A equipa caldense necessitava de vencer este jogo para evitar a sua descida automática. E não há dúvida eu ao entrar no rectângulo todos os jogadores iam compenetrados da responsabilidade que iam assumir...No Caldas todos os seus jogadores cumpriram bem a missão que lhes tinha sido incumbido, não havendo por isso a salientar este ou aquele jogador.


FIM DA SEGUNDA VOLTA E DA ÉPOCA 1961/1962.

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