Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

sexta-feira, 18 de março de 2022

No encerramento da Época de 1952/1953 o CALDAS jogou com uma equipa chamada de «MILIONÁRIOS de LISBOA» (!), que era na prática a equipa do CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"...

Na sua edição de 28 de Junho de 1953, o Jornal "Gazeta das Caldas", anunciava a realização de o seguinte encontro, realizado no dia 21 de Junho de 1953. Assim as equipas alinharam, do seguinte modo:

CALDAS SPORT CLUBE, 3 - «MILIONÁRIOS DE LISBOA», 1 

Sob a Arbitragem de REINALDO MATOS as turmas apresentaram:

CALDAS: LOZANO; VASCO e AMARO (ex: GRUPO UNIÃO SPORT DE MONTEMOR-O-NOVO); ALEIXO, AIRES (ex: GINÁSIO DE ALCOBAÇA) e EDERLINDO; BARNABÉ MORROS, TABORDA (ex: GRUPO DESPORTIVO DE PENICHE), BISPO (ex: SPORT LISBOA E BENFICA), DUARTE (ex: CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES") e ORLANDO. TREINADOR-JOGADOR: LOZANO.

Na 2.ª parte, ANTÓNIO PEDRO entrou para o lugar de EDERLINDO.

«MILIONÁRIOS» (que na prática era o plantel do CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"): JOSÉ PEREIRA; ROCHA, FELICIANO e SERAFIM; CASTELA e DIAMANTINO DA SILVA, DIMAS, MIGUEL DI PACE (argentino), ANDRÉ, MATATEU e NARCISO. TREINADOR: FERNANDO VAZ (que, como já vimos, seria Treinador do CALDAS, na Época de 1956/1957).

Na 2.ª parte entrou REBELO para o lugar de DIAMANTINO DA SILVA.

Resultado do 1.º tempo: 0-0.

MARCADORES: TABORDA, BISPO e ANTÓNIO PEDRO, pelo CALDAS e MATATEU pelos lisboetas.

Os CALDENSES fecharam a época com chave de ouro. Este é o primeiro comentário a fazer (...) Com dois estreantes na equipa - AIRES e BISPO - e três outros jogadores já vistos, mas sem treinos suficientes para oferecerem confiança quanto à sua integração no conjunto - DUARTE, TABORDA e AMARO - o grupo local excedeu toda a melhor expectativa exibindo-se de forma a merecer os melhores elogios. No principio ou talvez, durante os primeiros quarenta e cinco minutos, os alvi-negros apesar de não experimentarem dificuldades sérias, viram porém, com frequencia o seu reducto defensivo em certos apuros para conter as manobras do conjunto mais homogéneo ou mais afinado do adversário que gizava as avançadas com certo à vontade a partir da sua linha de defesa com passagem pela superior concepção, especialmente do médio CASTELA e em parte do interior DI PACE. (...) No segundo tempo com a entrada de ANTÓNIO PEDRO, tudo se compôs, e o CALDAS passou a ser uma verdadeira equipa de futebol, brindando a assistência com a excelente exibição que se viu (...) Pelo trabalho desenvolvido neste periodo, justificava-se perfeitamente um resultado final com quatro ou cinco tentos de vantagem para os CALDENSES. A sorte porém esteve com o adversário (...) porque afinal este actuou muito abaixo do seu verdadeiro valor, e uma tão grande diferença no marcador (...) [No CALDAS] todos actuaram de molde a merecer elogios (...) Dos visitantes (...) deve-se referir com a saliencia merecida a patenteada, real e incontestada classe de CASTELA, e o espectaculo que representa o extraordinário domínio de bola e poder de fintar de DI PACE.

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