Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Taça de Portugal 1956

1.ª ELIMINATÓRIA

MONTEMOR, 1 - CALDAS, 3 (02 de Maio de 1956).

No Jornal "A Bola", de 03 de Maio de 1956, titulava-se: "O golo da confirmação surgiu no 86.º minuto".
Estádio 1.º de Maio, em Montemor-o-Novo,

UNIÃO SPORT MONTEMOR: André; Claro e Pinho; Cartas, Félix e Quim; Frazão, Balbino, Vinueza, Raul e Carmo.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro e Fragateiro; António Pedro, Leandro e Romero; Anacleto, Romeu, Bispo, Martinho e Lenine.


Na primeira parte: 1-2

Pertenceu aos montemorenses (que pertenciam à II Divisão Zona Sul) a abertura do marcador. Um «canto» apontado por Carmo aos 9 minutos, proporcionou o vitorioso remate, de cabeça, de CARTAS, que se antecipou bem à saída de Rita.

Decorridos oito minutos (aos 17 minutos), o Caldas empatou. Descida pela esquerda, a abrir a defesa alentejana, MARTINHO recolheu o esférico dominou-o e terminou com potente remate indefensável.

Aos 21 minutos, Lenine derivou para o lado direito. Daí, centrou perigosamente, e o remate de ROMEU não se fez esperar.

No segundo tempo: 0-1.

Aos 13 minutos (58 minutos), Bispo saiu, por determinação do «capitão» da sua equipa (Leandro), decisão motivada, supomos pela notória apatia e desinteresse manifestados por aquele dianteiro (um caso insólito, o que provocou que o Caldas jogasse com menos um jogador - ver desenvolvimento num outro texto, intitulado: O caso insólito ocorrido entre o acusador Leandro e o réu Bispo)

O golo da confirmação da vitória dos caldenses (e consequente passagem aos oitavos de final desta competição) surgiu apenas a quatro minutos do fim (aos 86 minutos), por intermédio de ROMEU, a finalizar um bom cruzamento o extremo-esquerdo da turma visitante.


OITAVOS DE FINAL (1/8)

CALDAS, 2 - TIRSENSE, 1 (06 de Maio de 1956)

No Jornal "A Bola" titulou-se, em 07 de Maio de 1956: "Santo Tirso sai da prova de cabeça bem erguida...O Caldas nos Quartos-de-Final"

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: Joaquim Campos, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro e Fragateiro; António Pedro, Leandro e Piteira; Orlando, Romeu, Anacleto, Martinho e Lenine.

FUTEBOL CLUBE TIRSENSE: Pardiñas; Carriço e Joaquim; Boavista, Chelas e Dieste; Samuel, Falcão, Eduardo Vital, Valdemar e Martins.

Aos 10 minutos, o Caldas obteve o primeiro golo. Bom trabalho de Martinho no lado esquerdo, centro atrasado e remate de ANACLETO, com toda a calma.

Os Tirsenses (que pertenciam à II Divisão, Zona Norte) empataram 17 minutos (27 minutos) mais tarde. Descida pela esquerda e centro para Vital, que deixou seguir a bola para a direita, proporcionando a FALCÃO excelente abertura para o pé vitorioso.

Ao intervalo: 1-1.

Aos 10 minutos (55 minutos) da segunda parte, MARTINHO deu a vitória à sua equipa. Depois e trocar dois passes com o extremo-direito, o calmo e experiente interior-esquerdo local passou a bola de um pé para o outro e visou a baliza acto contínuo. Remate feliz, de 20 metros, que levou o esférico a entrar junto ao ângulo superior das redes, sem possibilidade de defesa.


No quarto de hora final os tirsenses queimaram os «últimos cartuchos», em busca do empate, mas debalde.


QUARTOS DE FINAL (1/4)


BELENENSES, 3 - CALDAS, 2 (13 de Maio de 1956)

No Jornal "A Bola", em crónica assinada pelo Director Ribeiro dos Reis, titulava-se: "Arrancada a ferros esta vitória dos azuis...A Meia hora do prolongamento foi um suplício para os Belenenses" (14 de Maio de 1956).

Campo das Salésias, em Lisboa,

Árbitro: Inocêncio Calabote, de Évora,

CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES": Nogueira; Pires e Moreira; Carlos Silva, Figueiredo e Vicente Lucas; Pellejero, Dimas, André, Miguel Di Pace e Matateu.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita, Amaro e Fragateiro; Romero, Leandro e António Pedro, Orlando, Romeu, Anacleto, Martinho e Lenine.

Ao intervalo: 2-1.

1-0: Aos 25 minutos por ANDRÉ, na transformação de grande penalidade com que o árbitro puniu o Caldas, quando um dos seus defesas «agarrou» Matateu dentro da área, no momento em que o moçambicano se preparava para visar a baliza.

2-0: Aos 9 minutos, por MATATEU, com um «tiro» fortíssimo, apontado a uns bons vinte metros da baliza. André, demarcado na extrema-esquerda, recebera um bom passe em profundidade, endossou  bola a Dimas e este cedeu o remate a Matateu, que não deixou fugir a ocasião.

2-1: Aos 35 minutos, de ROMEU, também com um remate de longe, com grande surpresa dos «azuis» e do próprio guarda-redes, que ficou parado, a olhar para a trajetória da bola, como e o jogo tivesse sido interrompido e não valesse apena fazer-se ao lance.

No segundo tempo: 1-1.

2-2: Aos 8 minutos (53 minutos), por LENINE, numa jogada de insistência, concluída com êxito. Romeu bem servido em profundidade, desmarcou-se a tempo, caminhando com intenção para a baliza e aproveitando a má saída de Nogueira atirou para as redes. O defesa do Belenenses, Pires, salva a situação quando a bola ia a transpor o risco, mas o esférico fez tabela no corpo doutro jogador e ficou ainda próximo da baliza. O extremo-esquerdo do Caldas que não deixara de acompanhar o lance entrou a tempo e empurrou a bola para as redes.

Em virtude do empate (2-2) que se registou no final dos 90 minutos, houve que recorrer a meia hora de prolongamento, nos termos do regulamento da prova.

O golo que passou o resultado para 3-2 e deu a vitória aos «azuis» foi obtido logo no primeiro minuto deste período extra.


O grupo das Caldas estava incompleto quando o árbitro apitou para o recomeço. O Belenenses atacou logo com ímpeto e fez uma descida perigosa pelo lado direito. Dimas, que aproveitara o campo aberto na sua frente, para fugir para a baliza, foi vitima de uma irregularidade perto do limite da área da grande penalidade, que o árbitro puniu com um «livre». Antes de ser executado o castigo entraram os cinco retardatários do Caldas (António Pedro, Martinho, Amaro, Romero e Lenine). A bola foi cruzada para «o monte», em frente da baliza, e aproveitando a grande aglomeração de jogadores, CARLOS SILVA fez uma recarga oportuna que o guarda-redes, tapado, não pode salvar. A bola entrou quase a roçar o poste e as redes, e estava feito o golo que assegurou a passagem do Belenenses às meias-finais (e a consequente eliminação do Caldas Sport Clube).
 
 

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