Caldas Sport Clube 1954/55

Caldas Sport Clube 1954/55

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

1.ª Divisão - Época 1958/1959 - 2.ª volta

# 14.ª Jornada: CALDAS, 0 - SPORTING DA COVILHÃ, 0 (28 de Dezembro de 1958).

Na crónica do jornalista Guilhermino Rodrigues, do Jornal "Mundo Desportivo", editada no dia 29 de Dezembro de 1958, titulava-se: "Duas grandes virtudes da equipa serrana - Atacar - enquanto foi possível".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,

Árbitro: António Calheiros, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro, Saraiva e Anacleto; Tomás Dantas e Orlando; João Resende, Sarrazola, Mateus, António Pedro e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

SPORTING CLUBE DA COVILHÃ: Rita; Hélder, Lourenço e Couceiro; Martinho e Fernando Cabrita; Manteigueiro, Suárez, Di Lorenzi, Gabriel e Oscar Silva. Treinador: Janos Zorgo.



# 15.ª Jornada: BENFICA, 3 - CALDAS, 0 (04 de Janeiro de 1959).

Na crónica do jornalista José Ilharco, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 05 de Janeiro de 1959, titulava-se: "Rematar muito não chega para se marcar muitos golos...Cavém e Rita - o primeiro a rematar e o segundo a defender".

Estádio da Luz, em Lisboa,

Árbitro: Francisco Guerra, do Porto,

SPORT LISBOA E BENFICA: Costa Pereira; Serra, Artur Santos e Ângelo, Neto e Alfredo; Chino, Mário Coluna, José Águas, Mendes e Domiciano Cavém. Treinador: Otto Glória.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro, Saraiva e Rogério; Pastorinha e Orlando; João Resende, Anacleto, António Pedro, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

Golos: ÁGUAS, aos 4 minutos e CAVÉM, aos 28 e 59 minutos.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A indicação de António Pedro a avançado-centro e mera correspondência ao numero - o 9 - que ostentava na camisola, pois o hábil jogador caldense jogou a médio no jeito dos antigos médios-centros. Isso não significou que os visitantes denunciassem preconcebidas ideias defensivas. Nem isso nem mais tarde, o recuo acentuado de Orlando, que se integrou na linha defensiva da sua equipa...O Caldas só foi «team» á defesa quando o maior poder dos benfiquistas caia todo no seu meio campo. Isso sucedeu especialmente a meio da segunda parte. Desafio que de antemão contava perder, fosse qual fosse o processo que escolhesse para a luta, o Caldas optou por um jogo aberto, limpo de intenções, claro como a luminosidade do dia. Ofereceu, assim, á tarde de futebol, o melhor que poderia oferecer, para maior valia de espectáculo. Tirou, porventura, aos que gostam de emoções fortes, o prazer de uma pugna de «esfarrapar», de defesa extrema de cada palmo de terreno, o «suspense» o despique dos avançados do Benfica contra uma barreira formada não importa por quantos homens, cerrada, densa, de varrer a área, de fechar a área, de opor-se, de toda e qualquer maneira, ás infiltrações e aos remates. Em contrapartida, deu impressão, a agradável impressão de que também sabe jogar em suavidade, com esclarecimento, indo até mais longe do que naturalmente passaria, na exteriorização de uma maneira fácil, que acredita as equipas conscientes...Ao Caldas, que deliberadamente enjeitou a, se considerada antipática, legitima defesa intensa das suas redes, não era de exigir mais. Cumpriu a sua obrigação...dando ao adversário ensejo de jogar, se não completamente á vontade porque o Caldas também jogou, e também lutou e bem, ao menos descontraído, sem o espectro dos «ferrolhos» que tanto assusta as grandes equipas...[Na primeira parte] no período justamente em que houve mais equilíbrio territorial...Anacleto, duas vezes, e Mateus, outra, qualquer deles ingenuamente desperdiçaram oportunidades de igualar, o primeiro; de reduzir a diferença, o segundo, visto que quando da jogada do n.º 10 caldense [Mateus] já o Benfica vencia por 2-0. O tento foi marcado na sequência de um livre. Gerou certa confusão e Cavém atirou rasteiro, com Rita encoberto...[Na segunda parte] O Caldas foi forçado a recolher-se mais ao seu meio campo e isso dificultou as infiltrações benfiquistas - e o seu ângulo de tiro. Isso e o crescer de vigor da defesa visitante, todavia sempre calma, com calma suficiente para lançar contra ataques que António Pedro, João Resende e Mateus faziam progredir e ninguém sabia concluir. Por isso o marcador só funcionou mais uma vez. Aos 14 minutos (59 minutos) jogada de mérito total para Cavém - que fez o terceiro golo da sua equipa perante a tardia estirada de Rita...Já dissemos, ou deixámos compreender que Cavém e Rita foram as duas maiores figuras do encontro...A Rita, aos aplausos devidos à sua segurança e valentia(no terceiro golo esteve o seu único deslize), deve ser endereçado um bravo pela serenidade com que suportou durante todo o encontro...a hostilidade de parte do público.


Carregado por Cavém, Rita (os dois principais
protagonistas durante todo o encontro)
defende com segurança. Águas, na expectativa,
também salta. Ao fundo, vê-se um Estádio da Luz
cheio de público para ver este Benfica-Caldas.
Fonte: Jornal "Mundo Desportivo".




# 16.ª Jornada: CALDAS, 1 - BELENENSES, 6 (11 de Janeiro de 1959).

Na crónica do jornalista Manuel Mota, do Jornal "Mundo Desportivo", editada no dia 12 de Janeiro de 1959, titulava-se: "«Recital» Matateu autor de quatro golos!...Contra a força não houve resistência...".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Aniceto Nogueira, do Porto,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita (foi substituído, devido a lesão na coxa direita, por Aurélio); Amaro, Saraiva e Rogério; Anacleto e Pastorinha; Josef Fabian, Löcsey Ferenc, António Pedro, Mateus e Lenine. Treinador/Jogador: Josef Fabian.

CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES": José Pereira, Pires, Figueiredo e Carlos Silva I; Carlos Silva II e Vicente Lucas; Dimas, Yaúca, Martinho, Matateu e Tonho. Treinador: Fernando Vaz.

Golos: LENINE (32 minutos); YAÚCA (35 minutos); MATATEU (44, 54, 68 e 71 minutos) e MARTINHO (77 minutos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O resultado é eloquente, sem dúvida. Mas houve, todavia, um momento que duvidámos do Belenenses. Foi quando a turma local obteve o seu golo, arrastando os visitantes para um período de desorientação...Naturalmente que o tento, para mais saído de «off-side», não constituía motivo de agrado para os visitantes, aliás porque a posição dos caldenses justificaria, da parte destes um redobrar de esforços capaz de ditar uma «solução» diferente da que o vice - «leader» [do campeonato] desejaria...Ainda que o Caldas não deixasse de lançar algumas ofensivas fazia-o sem disciplina de jogo, inexistente a ala direita, particularmente Löcsey, de modo que a sua acção se tornava inoperante...Á medida que o tempo decorria...o Belenenses acentuava a sua vantagem. Não dominava abertamente, instalado todo inteiro no meio campo dos caldenses, mas a sua manobra era envolvente, simples e fácil...Matateu e Yaúca ditavam a «lei» da superioridade incontestável dos «azuis». O n.º 8  (Yáuca) era uma «bola» a entrar na defensiva do Caldas, desnorteada (mesmo Saraiva) e sem força, Matateu dos grandes dias, não dava quartel...fizeram dele [com 4 golos!], no sentido objectivo do desafio, o «herói» das Caldas!...O Caldas bateu-se razoavelmente, muitas vezes bem, até à altura do terceiro golo dos lisboetas. Depois, os melhores, soçobraram...O «team» não denunciou condição física suficiente para se aguentar no debate com os «azuis» e a sua linha avançada não foi além de alguns rasgos de Mateus e Lenine, já que António Pedro jogou atrasado e o par de húngaros [o Treinador/jogador Fabian e Löcsey Ferenc] esteve longe de corresponder ás exigências de uma equipa que precisa de lutar. Löcsey foi um autêntico «verbo de encher»...Rita não deve ser acusado de culpas no terceiro golo. Francamente, não podia...A sua substituição demorou até. Aurélio que entrou para o seu lugar, denunciou qualidades.

No final do encontro ouviram-se ambos os Treinadores:

Do lado do Belenenses, Fernando Vaz afirmou: "O triunfo pertenceu à equipa mais poderosa".

E do lado do Caldas: "Rosto bem marcado pelo esforço produzido o Técnico Fabian afirmou-nos, terminado o encontro: - Não há dúvida. «Eles» têm uma grande equipa. O resultado está certo. Encontrado o caminho das balizas, o Belenenses foi irresistível. Só há que louvar o vencedor.

Perguntou-se: - Porque jogou hoje o Fabian?

- No intuito de ajudar os meus rapazes. No desejo de contribuir para a melhoria da equipa. Alguns demonstraram fadiga e saturação. Mas quem hei-de pôr a jogar? [interroga-se]".


Em acção, no pelado da Mata, o homem do
jogo, Matateu. Neste lance remata para um
dos quatro golos que converteu.
Fonte:"Mundo Desportivo".




# 17.ª Jornada: BARREIRENSE, 3 - CALDAS, 2 (18 de Janeiro de 1959).

Na crónica do jornalista António Dias, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 19 de Janeiro de 1959, titulava-se: "Um rasgo de Faia emergiu da sombra e derrotou a lógica...".

Campo D. Manuel de Melo, no Barreiro,

Árbitro: Hermínio Soares, de Lisboa,

FUTEBOL CLUBE BARREIRENSE: Isidoro; Faneca, Pinto e Abrantes; Correia e Arturo Caballo (Argentino); Oñoro (Espanhol), Faia, José Augusto, Carlos Godoy (Argentino) e Carlos Alberto (ex: Ateneu de Leiria). Treinador: Oscar Tellechea.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro, Saraiva e Anacleto; António Pedro e Orlando; João Resende, Romeu, Janita, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

1.ª parte: 2-1. Golos de FAIA (8 minutos), ANTÓNIO PEDRO (9 minutos) e JOSÉ AUGUSTO (24 minutos). No segundo tempo marcaram: MATEUS (85 minutos) e FAIA (87 minutos).

CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Mais uma vez o Barreirense venceu, mercê de um rasgo genial do seu interior-esquerdo Faia...Neste desafio, porém, com a particularidade desse rasgo surgir no momento em que a equipa parecia irremediavelmente curvada perante a maior vontade e o indesmentível acerto dos caldenses. Com efeito, a cinco minutos do fim, como corolário de uma inegável superioridade mantida ao longo de toda a segunda parte, Mateus, num lance audacioso e inspirado, colocara nos pés de Janita o golo do empate. E aquela ansiedade vivida pelo público local até aí, transformara-se em desalento...A igualdade de 2-2, obtida elo grupo visitante, afirmava-se desfecho absolutamente lógico. Mas ainda a imagem dos abraços calorosos com que os rapazes das Caldas festejavam o seu golo não se havia diluído do meio do terreno quando um lampejo de classe de Faia, emergido da sombra que envolvera a acção do «team», do Barreiro após o reatamento, derrotou irresistivelmente os caldenses. Primeiro com uma finta desconcertante o n.º 10 local obrigara Saraiva a cometer falta mesmo em cima da grande área, para lhe travar a marcha; depois na marcação do «livre» por Godoy, que se limitara a pequeno toque para o lado, Faia, parecendo ter dinamite nos pés, arrancara remate imparável, o qual nem a «barreira» formada pelos adversários nem a atenção de Rita pôde deter...Tudo breve, tão breve que o inesperado desenlace a todos surpreendeu...O Caldas, era visível em todos os elementos poderia perder, mas não por carência de brio ou ausência de força de vontade. Residiu neste estado de espírito mantido pelos visitantes o despontar de certa inquietação entre os locais. Inquietação aumentada, primeiro pelo pouco que durou a vantagem obtida por Faia, logo aos oito minutos, pois acto contínui António Pedro repôs a igualdade; e mais adiante pela intranquilidade que Isidoro transmitiu aos seus companheiros, já visível na maneira como sofreu o golo, permitindo que a bola enviada por António Pedro tocasse primeiramente no terreno, á sua frente, não indo ao seu encontro captá-la. O certo é que, apesar da boa veia denunciada pelo referido trio barreirense [Faia-José Augusto-Godoy], o Caldas levava facilmente a parar ao reduto defensivo contrário, utilizando uma toada larga, com cruzamentos, por vezes, de extremo a extremo. A vantagem de uma bola ao intervalo expressava, no entanto, com justiça o trabalho realizado pelas duas equipas, porque se na verdade os caldenses tiveram por uma vez ou outra a possibilidade de empatar - e bastaria para isso que Janita se mostrasse com mais atenção ao jogo de Lenine- também a equipa da Outra-Banda somou várias «perdidas», ficando a reforçar esta ideia um disparo do talentoso Faia, que levou o esférico a fazer tabela na trave e a cair em cima do risco fatal, onde Saraiva conseguiu salvar a situação. Mas no segundo tempo a face da partida modificou-se. A prodigiosa actividade de António Pedro, sempre no caminho da bola, voltara a manifestar-se com tal clareza e poder contagiante que o Caldas pôde deixar na sombra o melhor recorte técnico aqui e ali patenteado pelos homens do Barreiro. O que faltou à turma do Oeste foi avançados rematadores. E tanto assim que António Pedro e Orlando, apesar de médios denunciaram ser, neste aspecto os únicos jogadores perigosos para Isidoro.


# 18.ª Jornada: CALDAS, 2 - SPORTING DE BRAGA, 2 (25 de Janeiro de 1959).

Na crónica do jornalista José Valente, do Jornal "Mundo Desportivo", publicado no dia 26 de Janeiro de 1959, titulava-se: "Futebol afogueado [do Caldas] contra futebol disciplinado [do Braga]".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha, numa tarde ventosa.

Árbitro: Viriato Maximiano, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro, Pastorinha e Anacleto; Orlando e António Pedro; João Resende, Sarrazola, Janita, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

SPORTING CLUBE DE BRAGA: Cesário; Armando, Calheiros e José Maria II; Osvaldo Trenque e Pinto Vieira; Rafael, Ferreirinha, Teixeira, Amador e Fernando Mendonça. Treinador: José Valle.

Golos de JANITA (15 minutos), TEIXEIRA (19 e 36 minutos) e MATEUS (64 minutos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A equipa caldense [ajudados pelo vento], que teve um começo bastante animador pelo que deixava revelar de pertinácia e de intenção atacante, viu os seus esforços coroados de êxito quando á passagem de um quarto de hora o avançado-centro Janita atirou a bola para as balizas de Cesário, terminando da melhor maneira um centro de João [Resende] que foi desviado pelas costas de um defensor bracarense para a cabeça do rematador...Mas bastaram dois momentos...[que] se transformou em quase completo desnorte [no Caldas]...[que] foram a falha inacreditável de Mateus perante a baliza toda aberta (17 minutos) e o primeiro golo do bracarense: Teixeira (19 minutos)...[pois] o cariz do jogo pendia todo a favor dos caldenses e o golo de Teixeira foi fruto de um evidente erro colectivo da defesa. Pastorinha, Amaro e Rita, com a sua hesitação cada um facilitaram o centro de Fernando Mendonça e o remate do companheiro...[a partir deste lance] a supremacia dos visitantes até ao intervalo traduziu-se por mais um golo de Teixeira...[Na segunda parte o Caldas chegou ao empate através de] Mateus [que] rematou de cabeça e o «keeper» de Braga ainda chegou a tocar na bola. A magnífica estirada [de Cesário] não foi, porém, suficiente para evitar o empate...Ainda com quase meia hora para jogar e com o recrudescimento da emoção provocada pelo golo do buliçoso e perseverante meia ponta dos caldenses [Mateus] esperar-se-ia que o grupo visitado força-se o andamento da partida, desse tudo por tudo, já que a vitória seria o único resultado que as suas condições actuais impunham como objectivo essencial...[Mas não!!! jogaram sempre um jogo afogueado]...Raro se viu um esquema de bola no chão saído da defesa do Caldas...


Um avanço do Caldas, vendo-se, Mateus a
antecipar-se à entrada do guarda-redes bracarense,
Cesário. Fonte: Jornal "Mundo Desportivo".



# 19.ª Jornada: F.C. PORTO, 10 - CALDAS, 0 (01 de Fevereiro de 1959).

Na crónica do jornalista Carlos Barquinha, do Jornal "Mundo Desportivo", editada na edição de 02 de Fevereiro de 1959, titulava-se: "...E metade pertenceu a Teixeira!...Na 1.ª Parte, 1-0. Depois - Quem tal diria!...".

Estádio das Antas, no Porto,

Árbitro: Sousa Duarte, de Coimbra,

FUTEBOL CLUBE DO PORTO: Acúrsio; Virgílio, Miguel Arcanjo e Barbosa; Luis Roberto e Monteiro da Costa; Carlos Duarte, Gastão, Noé, Teixeira e Perdigão. Treinador: Béla Guttmann (Húngaro - que veio substituir Otto Bumbel, que tinha iniciado a época. Mais tarde tornar-se-ia Bicampeão Europeu, ao serviço do Benfica, equipa que serviu nas épocas 1959/60; 1960/61 e 1961/62).

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Amaro, Pastorinha e Rogério; Anacleto e Orlando; Mateus, António Pedro, Janita, Garnacho (que voltou a jogar, após um período longo de recuperação a uma operação ao menisco) e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

Golos: TEIXEIRA (6, 60, 64, 68 e 73 minutos); NOÉ (80 minutos); PERDIGÃO (87 minutos); MONTEIRO DA COSTA (56 e 89 minutos) e CARLOS DUARTE (47 minutos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Ao intervalo o resultado era só de 1-0. O golo de Teixeira fora a nota dominante desse período, não obstantes, dois falhanços de Noé aos 30 e 37 minutos. O Caldas, a jogar com muita cautela, merecera o resultado. Depois de meia hora, conseguira, até, ser visto junto das balizas de Acúrsio, e aos 39 minutos um remate de Janita passou com muito perigo ao lado do poste. Fora este o panorama geral da partida: maior domínio dos «azuis e brancos» e muitas precauções por parte do visitante. Pois bem: uma equipa que, até essa altura, aguentara o resultado na tangente veio a ser superada de um modo que teve tanto de rudez como de justiça. É que o F.C. Porto mereceu os 1-0. Até mais!.



# 20.ª Jornada: CALDAS, 4 - V. SETÚBAL, 1 (08 de Fevereiro de 1959).

Na crónica do jornalista Alberto Ferreira, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 09 de Fevereiro de 1959, titulava-se: "Quem tem unhas...Ofensiva deliberada dos caldenses e tarde "não" da equipa visitante".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha, com pouco público,

Árbitro: Virgílio Leitão, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Anacleto e Rogério; Orlando, Saraiva e António Pedro; Romeu, Garnacho, Janita, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

VITÓRIA FUTEBOL CLUBE (DE SETÚBAL): Justino; Pedro Gomes Angolano) e Manuel Joaquim; Alfredo, Polido e Serra; Soares, Miguel, João Mendonça (Angolano), Fernandes e Mateus (Angolano). Treinador: Humberto Buchelli.

Golos: ORLANDO (9 minutos), LENINE (25 minutos), e JANITA (70 e 85 minutos), pelo Caldas e FERNANDES (48 minutos), pelo Vitória.

INCIDÊNCIA DO JOGO: Anacleto lesionou-se, voltando ao campo, inferiorizado, para jogar na extrema-direita.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): O Caldas olhou em redor - e viu, sem deslumbramento, que os golos podiam começar a aparecer dentro desse quarto de hora inicial. Não se equivocou. Aos 9 minutos estava na posição de vencedor-circunstância que correspondia à sua maior desenvoltura, à sua garra e á sua insistência no remate...Aos 25 minutos, o Caldas, afivelado ao ritmo inicial, distanciou-se mais no «marcador». Um pontapé rasteiro de Lenine levou a bola enrolada e falsa ao fundo da baliza de Justino, que foi traído pelo ressalto. Tudo certo. Tão certo que os locais, cientes do próprio valor, cresceram de um modo avassalador. Três ou quatro remates admiráveis de Mateus proporcionaram ao guardião setubalense outras tantas defesas de recorte surpreendente. Logo no reatamento o Caldas ficou reduzido [momentaneamente] a 10 unidades por lesão de Anacleto em lance confuso...Privado o seu defesa direito, o Caldas perturbou-se [e deixou-se empatar]...[E] ao contrário do que se esperava dado que o Caldas actuava com 10 elementos válidos foram ainda os donos do terreno quem, num esforço curiosíssimo, voltaram a trilhar insistentemente o caminho do golo...Mais dois golos do Caldas rubricaram essa superioridade territorial, imposta, mormente pelo irrequieto vaivém de Garnacho, a segurança e o fácil «despacho» de Saraiva e a codicia de Janita, sempre na brecha...e no ritmo preciso para meter a cabeça à bola. A pressão dos caldenses chegou a ser avassaladora, sobretudo á entrada da última meia-hora, com os sadinos a patentearem resignação. O Caldas jogou uma partida interessante. Corajoso na defesa, foi sempre uma equipa de melhor ataque, explorando com acerto a vivacidade de Mateus...[e] movimentação constante de Garnacho, irrequieto, buliçoso e felino...Brilharam, assim de novo alguns trechos daquele «livro de capa verde», abecedário futebolístico do Luís Garnacho, que foi, aos 16 anos, em Luanda, um dos mais discutidos jogadores locais. Saraiva, António Pedro, Romeu e Mateus acompanharam-no excelentemente.



 No Domingo (dia 08 de Fevereiro de 1959),
no Campo da Mata, não menos do que cinco
angolanos actuaram em defesa das cores
do Caldas e do Vitória de Setúbal. Em cima, da
esquerda para a direita: Mateus (Setúbal),
Mateus (Caldas) e Pedro Gomes (Setúbal).
Em baixo, pela mesma ordem: Garnacho (Caldas)
e João Mendonça (Setúbal).
Fonte: Jornal "Mundo Desportivo".



# 21.ª Jornada: LUSITANO, 3 - CALDAS, 1 (16 de Fevereiro de 1959).

Na crónica do jornalista Alberto Ferreira, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 17 de Fevereiro de 1959, titulava-se: "A velocidade de Fialho esteve na base do triunfo".

Campo Estrela, em Évora, numa tarde ventosa,

Árbitro: Joaquim Campos, de Lisboa,

LUSITANO GINÁSIO CLUBE DE ÉVORA: Dinis Vital, Teotónio, Falé e Paixão, Olmedo e Garcia; Fialho, Flora, Caraça, Vicente e José Pedro. Treinador: Lorenzo Ausina.

CALDAS SPORT CLUBE: Rita; Anacleto, Saraiva e Rogério; Orlando e António Pedro; Garnacho, Romeu, Janita, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

Golos: CARAÇA (2) e FIALHO, aos 39, 65, 81 minutos, pelo Lusitano; e ANTÓNIO PEDRO, aos 24 minutos, pelo Caldas.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Muito sobre a meia-hora, o Caldas (aos 24 minutos), marcou o seu golo, num lance de pertinácia e de excelente visão de António Pedro, que rematou, admiravelmente, com o pé direito, à entrada da área de rigor eborense...Fruto da pressão (eloquente) que os lusitanistas estavam a exercer foi o golo do empate, em jogada inglória originada pela desatenção (ou medo!) do defesa direito caldense [Anacleto] que, tendo perdido o lance em luta, com José Pedro, agarrou o adversário pela camisola, provocando um livre á entrada da grande área. Aconteceu que José Pedro, indisposto com a «agarradela», sacudiu o defesa visitante com uma cotovelada que atingiu no rosto. O livre contra o Caldas [resultou no empate do Lusitano]...Até final do primeiro tempo o domínio do Lusitano acentuou-se  ganhou proporções avassaladoras...A segunda parte do desafio [mostrou um Caldas com uma inépcia e total ausência de garra, o que levou a que o Lusitano a colocar-se] na posição de vencedor. O lance [do 2-1] foi como que o testemunho cruel da insegurança que Saraiva, no eixo da defesa forasteira, vinha manifestando, deixando-se, repetidas vezes, atraiçoar pelos efeitos singulares de bola sempre que impelida pelo vento...E foram ainda os locais que, de novo, fizeram funcionar o marcador, num lance em que,, uma vez mais, a acção do vento foi preponderante. Fialho marcou um pontapé de canto e a bola, no ar «embicou» em cerco para dentro da baliza de Rita [estava feito o 3-1].


# 22.ª Jornada: CALDAS, 0 - SPORTING, 0 (22 de Fevereiro de 1959).

Na crónica do jornalista António Dias, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 23 de Fevereiro de 1959, titulava-se: "Jogo vulgar...Os locais poderiam ter vencido".

Campo da Mata, em Caldas da Rainha,


Árbitro: Carlos Duarte, de Coimbra,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Saraiva e Rogério; António Pedro e Orlando; Garnacho, Romeu, Janita, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL: Octávio de Sá; Mário Lino, Morato e Hilário (Moçambicano); Mendes e Julius; Hugo, Travassos, Martins, Diego e Quim. Treinador: Enrique Fernandez.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Apesar dos caldenses procurarem obstinadamente o golo da vitória, que lhes daria ainda um alento de esperança com vista à «derradeira» luta do campeonato não o conseguiram. Por falta de oportunidades? Não. Porque a despeito da vulgaridade em que o embate decorreu, envolvendo toda a equipa do Sporting como poucas vezes certamente terá acontecido, a «sorte do jogo» não se inclinou para o seu lado. Desta forma, o grupo que mais se pode lamentar do remate é o Caldas. Não que tivesse dominado o seu adversário com insistência bastante que só por si justificasse o êxito, ou mesmo até que a «triste» mediocridade que cingiu a partida do princípio ao fim acabasse por ser menos pronunciada através dos seus movimentos [E depois do jogo alguém gritava do público: "Adeus Sporting até daqui a dois anos - ou talvez não!..." - prognosticando(!) a descida do Caldas à II Divisão Nacional...infelizmente para, até aos dias de hoje, não voltar à I Divisão do nosso futebol].



# 23.ª Jornada: CUF, 1 - CALDAS, 3 (01 de Março de 1959).

Na crónica do jornalista José Valente, do Jornal "Mundo Desportivo", editada no dia 02 de Março de 1959, titulava-se: "O médio António Pedro valeu meia equipa dos caldenses".


Campo Santa Bárbara, no Barreiro,

Árbitro: Inocêncio Calabote, de Évora,

GRUPO DESPORTIVO DA CUF: José Maria; Durand, Palma e Vale; Oliveira e Carlos Alberto; Cravinho, Moreira, Bispo, Arsénio e Uria. Treinador: Cândido Tavares.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Saraiva e Rogério; António Pedro e Orlando; Mateus, Romeu, Garnacho, Janita e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

No primeiro tempo: 1-2. Golos de MATEUS (14 minutos), URIA (27 minutos) e ANTÓNIO PEDRO de «penalty» aos 39 minutos.

Na segunda parte: 0-1. Golo de LENINE (89 minutos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Enquanto há vida, há esperança...Foi sob esta divisa, em cuja significação havia louvável intento para o melhor esforço, que a equipa das Caldas da Rainha começou o para si decisivo encontro com o grupo da CUF. E saiu-se bem. Teve o prémio da sua aplicação, da sua maneira abnegada como se entregou à luta e do elevado espírito desportivo com que vem encarando esta fase delicada da sua existência entre os melhores do futebol português...Aos poucos o «team» dos visitantes foi tacteando as oportunidades de se apoderar do jogo. Primeiro com as tentativas cautelosas, como que receando entusiasmos que abrissem a defesa e a possibilitassem os golpes do adversário. Depois, um pouco mais afoitos no ataque, começaram a tentar manobras largos de perfuração da defesa da CUF...[o que acabou por surtir efeitos pois] antes de se entrar no segundo quarto de hora de jogo o Caldas colheu o primeiro fruto da maneira inteligente como vinha actuando [chegando ao golo pelo] «elástico» Mateus...[Mas aos 27 minutos um tento (de livre) de grande espectáculo de Uria restabeleceu o empate]...Este tento estimulou o grupo barreirense, que se lançou para um assédio forte e persistente...Subjugada pelo domínio da CUF, a equipa do Caldas fechou-se na defesa. Mas este fechar não correspondeu nunca a perder a ideia de contra-atacar. António Pedro com oportunas retenções de bola, abrindo jogo largo aos seus extremos...era verdadeiramente o fulcro de toda a acção global da sua turma...[numa dessas aberturas largas] solicitou Mateus...A defesa da CUF estava muito adiantada no terreno...A bola galgou por cima da cabeça de palma, e o caldense Mateus partiu para o lance em posição de «off-side». A colocação do árbitro, dada a rapidez do lance não era favorável para julgar da legalidade da jogada. Mas a desatenção do fiscal e linha foi flagrante. Dele colheu benefícios o codicioso...Mateus [que] com o caminho aberto para o golo, entrou na grande área e Palma, que perseguiu carregou o irregularmente (saindo magoado do lance Mateus). António Pedro transformou o «penalty» com um chuto pouco forte mas colocadíssimo. Havia 39 minutos de jogo [com 6 minutos para jogar o Caldas ainda chegaria ao terceiro e último da partida, curiosamente no último minuto, por intermédio de Lenine]...tirando um peso de cima do coração daquelas duas dúzias de caldenses que nunca deixaram de sofrer e aplaudir a sua equipa. 

No final do jogo, ouvido Fabian este afirmou: «Estou satisfeitíssimo. Precisávamos desta vitória. Voltaram as esperanças, agora mais firmes...


A Equipa do Caldas comemora a vitória com a
CUF e o Jornal Mundo Desportivo perguntava,
e ao mesmo tempo alertava: "Teriam eles nessa
altura afugentado de vez o espectro da baixa
de divisão?!". O Caminho que lhes falta percorrer 
encontra-se ainda semeado de perigos".
Fonte: Jornal "Mundo Desportivo".




# 24.ª Jornada: CALDAS, 1 - V. GUIMARÃES, 2 (08 de Março de 1959).

Na crónica do jornalista Guilhermino Rodrigues, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 09 de Março de 1959, titulava-se: "A verdade do jogo ficou expressa no marcador".

Campo da Mata, nas Caldas da Rainha,

Árbitro: Rogério Paiva, de Lisboa,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Saraiva e Rogério; Orlando e António Pedro; Mateus, Romeu, Garnacho, Janita e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

VITÓRIA SPORT CLUBE (DE GUIMARÃES): Sebastião; Daniel, Silveira e Abel (jogou no Caldas na Época 1956/57); Barros e Virgílio; Bártolo, Edmur, Romeu, Carlos Alberto e Rola. Treinador: Mariano Amaro.

Ao intervalo: 1-0, golo de ROMEU aos 17 minutos. Na segunda parte, EDMUR, 68 minutos e 87 minutos, fixou o resultado.


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): A chuva, que impiedosamente caiu sobre o Campo da Mata, constituiu um factor de influência preponderante no encontro de ontem, que representava um momento decisivo para a correria dos caldenses...Em todo o primeiro tempo ressaltou o espírito de luta e indómita vontade dos jogadores locais que conseguiram mercê desse entusiasmo descontrolar o fio normal do quadro visitante [donde sobressaiam os excelentes jogadores brasileiros do vitória, Edmur e Carlos Alberto]...[O Caldas chegou entretanto ao golo] pouco passava do quarto de hora e nasceu do melhor remate que se registou em todo o encontro [por intermédio de Romeu]...[Mas] o Vitória, mais adaptado [ao terreno enlameado], mais consciente...e mais equipa, passou a assediar com maior frequência a área dos locais...[que provocou] no segundo tempo...á queda gradual da equipa do Caldas...No entanto, é curioso notar que nestes quarenta e cinco minutos [finais] o Caldas desfrutou das melhores e mais flagrantes oportunidades de golo, forjados, é certo, em lances fortuitos mas nem por isso menos dignas de melhor sorte. Iam decorridos dez minutos quando Mateus, acorrendo a um despacho longo de António Pedro, ganhou no despique a Silveira e desviou no último instante a bola do alcance de Sebastião mas ele caprichosamente roçou o poste e saiu. Até final, Mateus havia de transformar-se no símbolo de infelicidade do Caldas ao repetir mais duas vezes aquele lance. Sem forças, sem sorte e sem estímulo os locais acabaram por sair derrotados com toda a naturalidade, pois os dois golos que sofrera partira dos pés de um jogador, Edmur...Mas apesar disso, foi ainda o factor sorte que influiu na fixação do resultado, pois a bola tabelou em Anacleto antes de ultrapassar o risco fatal...

Mariano Amaro, treinador do Vitória e antigo Técnico do Caldas, no final disse: "Viemos para ganhar e conseguimo-lo com justiça. Tenho pena que tivesse acontecido com o Caldas, um clube que eu levei á 1.ª Divisão, mas o futebol é assim".


# 25.ª Jornada: CALDAS, 2 - TORREENSE, 1 (15 de Março de 1959).

Na crónica do jornalista António Dias, do Jornal "Mundo Desportivo", publicada no dia 16 de Março de 1959, titulava-se: "O golo de Mário chegou tarde demais".

Campo das Covas, em Torres Vedras,

Árbitro: Manuel Lousada, de Santarém,

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Amaro, Saraiva e Anacleto; António Pedro e Orlando; Mateus, Sarrazola, Garnacho, Janita e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

SPORT CLUBE UNIÃO TORREENSE: Pinheiro; António Costa, Forneri e Mergulho; José da Costa e António Manuel; Narciso, Saldanha, Mário, Azevedo e Bezerra. Treinador: Evaristo Silva.

Golos: LENINE (3 minutos), SARRAZOLA (27 minutos) e MÁRIO (33 minutos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): Ante o esboço do jogo fica a pairar de que sendo o Torriense o grupo que conseguiu impor durante mais tempo a sua vontade, esse seu esforço não teve a devida compensação. O empate talvez fosse o resultado mais lógico. É, porém, de salientar que, enquanto os avançados visitantes pouco ou quase nada rematavam. O Caldas evidenciou-se neste aspecto...O grupo vencedor contou com dois homens Orlando e Sarrazola em bom nível. O primeiro «empurrando» a equipa para a ofensiva e o segundo impondo ao ataque uma toada essencialmente objectiva.


# 26.ª Jornada: ACADÉMICA, 11 - CALDAS, 0 (22 de Março de 1959).

Na crónica do jornalista Cunha Martins, do jornal "Mundo Desportivo", editada em 23 de Março de 1959, titulava-se: "O contra-ataque [da Académica] rendeu onze golos".

Estádio Municipal de Coimbra,

Árbitro: Hermínio Soares, de Lisboa,

ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA: Cristóvão; Delfim, Torres e Bento; Samuel e Marta, Duarte, Daniel Chipenda (Angolano), Miranda, André e Rocha. Treinador: Otto Bumbel.

CALDAS SPORT CLUBE: Vítor; Anacleto, Saraiva e Rogério; Pastorinha e Orlando, João Resende, Garnacho, António Pedro, Mateus e Lenine. Treinador: Josef Fabian.

Marcadores: DANIEL CHIPENDA (3, 8, 9, 33 minutos); DUARTE (22, 45, 55 minutos); ROCHA (47 e 88 minutos); ANDRÉ (50 minutos) e MIRANDA (59 minutos).


CRÓNICA DO JOGO (Jornal "Mundo Desportivo"): [No último jogo do Caldas Sport Clube no Campeonato Nacional da I Divisão de Futebol, verificou-se que] Na verdade a correcção e aprumo e dignidade com que António Pedro e seus camaradas(!) aceitaram a penosa marcha de uma partida que «à priori» derrubava as melhores esperanças de um melhor futuro merece mais vivos encómios e sinceras felicitações. A equipa vai para a 2.ª Divisão mas sai de cabeça erguida que no final dos 11-0 ainda possuí força moral e nobreza para felicitar os seus vencedores...Se é possível o Caldas sentir qualquer consolação nesta hora, somos nós que de algum modo para tanto contribuíramos com os sinceros parabéns pela forma dignificante como a turma [caldense] se portou no último acto entre os grandes [do nosso futebol].


FIM DA SEGUNDA VOLTA E DA ÉPOCA 1958/1959.

O CALDAS SPORT CLUBE, entre 14 equipas, ficou posicionado na 13.ª posição (penúltima posição), com 16 pontos conquistados, não conseguindo garantir a sua permanência na Divisão principal do futebol nacional (esteve, como já vimos, 4 Épocas na I Divisão), com 5 vitórias; 6 empates; e 15 derrotas, tendo marcado 33 golos, mas sofrido 76. Tendo sido o seu melhor marcador, o jogador LENINE, com 8 golos marcados. Numa Época, em que o FUTEBOL CLUBE DO PORTO se sagrou Campeão Nacional (e, curiosamente só ganharia o próximo título de Campeão, passados 19 anos, na época de 1977/78), acabaram por descer à II Divisão Nacional, por terem ficado em 12.º, 13.º e 14.º lugar respectivamente, o BARREIRENSE (por ter perdido o jogo de permanência com o BOAVISTA, da II Divisão), CALDAS e TORRIENSE (estes dois últimos, com a curiosidade de terem ascendido à I Divisão na mesma época, a de 1954/1955).




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